É importante que o eleitor valorize mais o seu voto no legislativo. As pesquisas eleitorais têm mostrado que a maioria escolhe logo o prefeito a ser votado, mas deixa o voto no vereador muitas vezes para ser pensado em cima da hora. Isso pode fazer com que a escolha seja prejudicada e erros do passado sejam repetidos.
Temos visto composições passadas da Câmara aqui na cidade com vereadores que não fiscalizam o executivo, uns porque não querem e outros porque não sabem. Na composição atual isso é uma rotina. Temos visto também, além do despreparo, uma total subordinação ao prefeito, deixando de lado o dever de representar a população com a independência necessária.
Não existe supremacia entre os poderes executivo e legislativo. Ambos têm a mesma importância. As funções e prerrogativas é que são diferentes. O momento crítico que a cidade vive exige do eleitor mais uma vez um maior critério, apuro e responsabilidade na escolha dos seus vereadores para 2024. O pensamento norteador tem que ser o coletivo e não a vantagem individual que a escolha vai proporcionar. Os candidatos que possuem grande poder econômico, muitas vezes com dinheiro de origem duvidosa, vão tentar por todos os meios continuar viciando o processo eleitoral. Já passou da hora de rompermos este ciclo vicioso que tanto mal tem ocasionado para nossa cidade.
O poder na Câmara precisa emanar do povo. Precisamos nos conscientizar e fazer de tudo para isso acontecer. Esta é uma das grandes tarefas para esta próxima eleição. Mudar o perfil clientelista que ocorre na Câmara há décadas na cidade. O vereador precisa nos REPRESENTAR e não apenas nos SUBSTITUIR no exercício pleno de um mandato.
Claudio Leitão é economista e professor de história.
