BLOG DO TOTONHO

  • PROCURANDO O ALMOÇO

    Evangelos Pagalidis

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia

    O mais votado

    Assíduo leitor do Blog fez uma nota corrigindo uma informação dada aqui pelo editor: “Apenas para esclarecer. O mais votado dos partidos de centro-esquerda e esquerda foi o Oseias do PV eleito com 1814 e não o Lucas Muller. Apesar de não ver nenhum traço ideológico de esquerda no perfil do vereador. Oseias foi o mais votado desses partidos”. Lucas, candidato pelo PSOL teve 1008 votos.

    O PV de Cabo Frio

    É evidente que o leitor, apesar da ressalva, indica o Partido Verde (PV) como um partido de esquerda, ao menos progressista, teoricamente ele tem razão. Na prática, entretanto, após a intervenção desastrada do “baronato petista” assumiu as práticas e o governo de Magdala Furtado, trocando o PL pelo PV. Convenhamos, uma troca radical. Não?

    A votação proporcional 1

    Mais uma vez os partidos considerados de esquerda tiveram uma performance pífia, em Cabo Frio, nas eleições proporcionais (Câmara Municipal): o PSOL – 1,02% (1.265 votos) e a REDE – 0,69% (851votos) somaram 1,71% dos votos ( 2.316). Cresceu em relação a 2020, quando fez apenas 0.9%, certamente carregado pela candidatura majoritária do professor Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade). Mesmo assim, muito pouco.

    A votação proporcional 2

    Ainda no campo da eleição proporcional a Unidade Popular (UP) teve 0,63% (778 votos). O percentual , reunindo o total de votos dos três partidos (PSOL/REDE/UP) chegou a 2,34%, (2894 votos), Realmente, só um milagre permitiria algum candidato alcançar a Câmara. É preciso repensar a atuação política/eleitoral dos partidos com a população.

    De olho na Câmara

    PL – 18,87% (23.327 votos)
    PODEMOS – 13,33% (16.481 votos)
    PP – 13,07% (16.157 votos)
    REPUBLICANOS – 9,64% (11.915 votos)
    UNIÃO – 8,11% (10.032 votos)
    PSB – 8,05% (9.947 votos)
    PRTB – 6,48% (8.009 votos)
    AVANTE – 5,42% (6.704 votos)
    PDT – 2,51% (3.106 votos)
    MDB – 2,49% (3.073 votos)
    PV – 2,45% (3.023 votos)
    PT – 1,45% (1.795 votos)
    CIDADANIA – 1,39% (1.723 votos)
    PSDB – 1,16% (1.439 votos)
    PC do B – 1,08% (1.330 votos)
    PSOL – 1,02% (1.265 votos)
    REDE – 0,69% (851 votos)
    SOLIDARIEDADE – 0,66% (822 votos)
    UP – 0,63% (778 votos)
    NOVO – 0,44% (544 votos)

    Na majoritária

    Na majoritária, a Federação PSOL/REDE , com a candidatura do professor Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade), teve 5,49%, com 6.689 votos, chegando em terceiro lugar, a frente de Vinícius Seguraço da UP, com 0,91% (1.115 votos) e Fernando Cardoso (NOVO) foi o último colocado com 0,46% (560 votos).

    Não dava para chegar a Câmara

    Com exceção de Rafael Peçanha, da Federação PSOL/REDE, com quase sete mil votos, tanto o estudante Vinícius Seguraço da UP, como o engenheiro Fernando Cardoso do partido NOVO não tiveram votos sequer para sonharem em chegar a Câmara de Vereadores. Afinal, nessa eleição de 6 de outubro 25 candidatos a Câmara tiveram mais de 1.500 votos.

    A vitória de Serginho Azevedo

    A candidatura do deputado Serginho Azevedo (PL) e uma grande aliança, chegou a beirar os 85 mil votos, com 84.317, com o percentual de 69,19%. O projeto de reeleição do grupo político da prefeita Magdala Furtado (PV) foi derrotado e teve apenas 29.188 votos, com percentual de 23,95%. A derrota não foi uma surpresa e refletiu as pesquisas feitas em todo o município.

    Os números & percentuais

    Essa edição não teria sido realizada se não tivesse o luxuoso auxílio do Professor Alessandro Teixeira, que municiou o editor com números e percentuais desse processo eleitoral, terminado em 6 de outubro.



  • AS ELEIÇÕES NA REGIÃO

    Eduardo Monteiro

    Para quem tinha dúvidas da influência da máquina administrativa nas eleições, elas acabaram nessas eleições.

    Dos 9 municípios analisados, 4 prefeitos se reelegeram, 3 elegeram seus candidatos e apenas 2 a “máquina publica” perdeu. Rio das Ostras onde o candidato do prefeito perdeu e Cabo Frio onda a Prefeita perdeu a reeleição.

    Vale ressaltar os percentuais dos votos e os ” caciques”, que perderam para a máquina.

    ARARUAMA: Venceu a candidata da atual Prefeita.
    54,44 % – Daniela de Lívia MDB
    38,63% – Penha Bernardes PL

    ARMAÇÃO DOS BÚZIOS: O prefeito foi REELEITO.
    67,77% – Alexandre Martins – Republicanos
    28,88 – Rafael Aguiar – PL

    ARRAIAL DO CABO: Prefeito REELEITO.
    75,85 – Marcelo Magno – PL
    22,94 – Andinho – União Brasil

    CABO FRIO: Prefeita PERDEU a reeleição.
    69,19 – Dr. Serginho PL
    23,95 – Magdala – PV

    IGUABA – Venceu o candidato do atual prefeito
    95,09 – Fabinho – PL
    3,60 – Marco Antonio – PSB

    MACAÉ: Prefeito REELEITO
    85,60 – Welberth – Cidadania
    8,04 – Dr. Aluísio – PDT

    RIO DAS OSTRAS: Novo Prefeito ELEITO
    52,33 – Carlos Augusto – PL
    35,82 – MAURICIO BM – União Brasil

    SAO PEDRO ALDEIA: Prefeito REELEITO
    76,28 – Fábio – PL
    11,92 – Chumbinho – Republicanos

    SAQUARENA: Candidata da Prefeita ELEITA
    81,68 – LUCIMAR – PL
    12,03 – Paulo Melo – MDB

    OBSERVAÇÕES:
    . O alto percentual do Prefeito eleito em Iguaba Grande 95 %.

    . Ex-prefeitos que perderam as eleicoes: Andinho, Dr. Aluísio, Chumbinho e Paulo Melo.

    . Saquarema, Arraial, Araruama e Saquarema, cidades que passaram a receber Royalties volumosos, a máquina funcionou.

    . O PL fez 6 Prefeitos, MDB, Cidadania e Republicanos fizeram 1 cada.

  • SAL & AÇÚCAR

    O que é melhor para mim é necessariamente melhor para você e, consequentemente para nós?
    Certamente que não, pois somos tão diferentes em tantas coisas!
    Qual será, então, a receita para a gente conviver melhor?
    Ou seriam várias receitas para várias situações nas quais nos relacionamos?
    A minha humilde conclusão é que não há receita, assim como o sal e o açúcar.
    Existem ingredientes que funcionam bem para alguns pratos mas para outros não, são totalmente inadequados!
    Já foram escritos muitos livros de autoajuda e muitos deles tentando fazer com que as pessoas se relacionem melhor com o mundo a sua volta.
    Mas existirá uma fórmula a ser seguida por todos?
    O que fazemos então diante de tanta diversidade que cada um traz em seu armário, para virarem pratos que todos gostem?
    Eu acho melhor preservar a qualidade dos ingredientes que guardamos, zelar para que estejam dentro do prazo de validade e lembrar que podemos fazer pratos deliciosos com ingredientes simples.
    A diferença de fazer um prato delicioso e bem elaborado é o amor, amizade, compreensão que misturamos.
    No final das contas, o que menos importa é o que juntamos na panela e sim como fazemos dos ingredientes que temos o prato mais saboroso!
    Assim devemos fazer os pratos nossos de cada dia!

    Ângela Maria Sampaio de Souza é Professora.

  • FORTE SÃO MATHEUS

    Evangelos Pagalidis

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Pós-eleição

    Nas redes sociais são diversos os chamados “memes” pós-eleição. Não se sabe exatamente se são “fakes” ou acontecimentos tragicômicos explorados a exaustão. Em um deles é explorado o calote que um candidato a Câmara, não eleito, teria dado em numerosos cabos eleitorais. Toda eleição um caso desse explode para gargalhada geral.

    Comemoração & Chororô

    A época é de comemoração para os vencedores e de chororô para os derrotados. Faz parte do jogo político, mas não deve durar muito tempo. Afinal, a vida prossegue e até mesmo novas alianças estão sendo costuradas, porque as novas eleições não estão tão longe assim. O quadro político/eleitoral é renovado diariamente.

    Eleições para a Câmara

    As especulações sobre as eleições para a nova mesa diretora da Câmara, por incrível que pareça, começaram. O nome do vereador Vaguinho, o mais votado na história do Legislativo municipal, tem sido o mais falado para a presidência, mas é ainda muito cedo para avaliar o impacto que a eleição possa ter para o governo de Serginho Azevedo (PL).

    Feminismo ou desculpa esfarrapada?

    Realizar a transição democrática não deve ser nada fácil com o governo de Magdala Furtado (PV), caracterizado pela falta de transparência. Impactada pela acachapante derrota a prefeita levou 48 horas para reconhecer a vitória do adversário e mesmo assim falou mais de si mesma, tentando atribui-la ao fato de ser mulher. Para quem nunca levantou, nem de raspão, a bandeira feminista, ficou a impressão de desculpa esfarrapada.

    MDB & PDT 1

    O MDB de Marquinho Mendes e o PDT de Janio Mendes sofreram duras derrotas e a recuperação promete enfrentar terra de difícil semeadura. A vitória eleitoral de Serginho Azevedo (PL) agravada pelo fato dos dois partidos não terem conseguido eleger vereador, torna a recuperação mais complicada, mas vai exigir muito trabalho.

    MDB & PDT 2

    A engenharia política para a recuperação eleitoral do MDB e do PDT passa, certamente, por uma recomposição com os partidos mais a esquerda do espectro político. Exige renúncias e acima de tudo muita paciência para que o chamado “bloco progressista” possa ter novamente a perspectiva de poder dentro de Cabo Frio e Região dos Lagos.

    Nova configuração

    A nova configuração eleitoral pós 6 de outubro vai demandar muito estudo e análise por parte do PT, PC do B, PV, PSOL, REDE e UP. Afinal, o candidato a Câmara mais votado entre todos esses partidos foi Lucas Muller (PSOL), com apenas 1008 votos. Pode ter sido uma vitória particular, como foi comemorado, mas apenas a expressão de dura derrota coletiva.

    Panorama geral

    O panorama geral dos “progressistas” é de fragorosa derrota eleitoral. É difícil assumi-la! Tem um gosto amargo! Leva, entretanto, a necessidade de uma profunda reavaliação. Por que a linguagem e propostas socialdemocratas, trabalhistas e ambientalistas não ecoam no eleitorado cabofriense? O que os partidos políticos e as principais lideranças tem a dizer?

    Disparidade de recursos?

    A disparidade de recursos não explica por si só a derrota, que foi geral e em todas as urnas. Não explica tudo embora tenha influência. É mais cômodo explicar por esse viés, não exige autocrítica, debates e estudos e muito menos mobilizar a massa cinzenta, digamos assim. Mas vale a pena, sempre vale a pena.

    Rafael – 3º lugar

    A candidatura de Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) foi atrapalhada pela intervenção desastrada do “baronato petista”, aliado ao triste governo de Magdala Furtado (PV), rejeitado pela sociedade cabofriense. Obrigado a mudar para a Federação PSOL/REDE, Rafael teve que enfrentar a campanha, com pouquíssimos recursos e chegou em terceiro lugar, sem condições de ocupar o espaço vazio deixado pelo desgoverno Magdala.

    Refinaria

    Escrever poesia não foi uma escolha. A poesia se impôs na minha escrita devido a uma necessidade de me expressar por meio de imagens, recortes, melodias descompassadas, delírios. Acredito que a poesia é, também, lugar da criação e da desordem, da alucinação por meio da palavra, da invenção desinventada. Um grito de vida analógica contra dias cada vez mais maquinais e automatizados.

    O livro é uma tentativa de apreender o que está lá fora. Ele não guarda poesia em sua totalidade, portanto. Poesia está no que foi vivido, experimentado. Acredito na arte que se aproxima da vida e de toda sua complexidade, controvérsia e mistério.

    Concebo o livro, portanto, como refinaria. Não em busca de compreender, tampouco de decifrar, mas, sim, de contemplar os processos de transformação do território, da memória, do texto. E, também, de analisar com a ponta dos dedos aquilo que não evapora — aquilo que permanece.

    Refinaria, meu primeiro livro, está em pré-venda no site da SophiaRodrigo Cabral – www.sophiaeditora.com.br

  • O FOGO EGOÍSTA

    Luciana G. Rugani

    O morro verde arde em chamas.
    O fogo destrói a vida pujante,
    Bem como a vida latente.
    Observe a queimada ao longe.
    Ali, o retrato daqui.
    A ignorância, vestida de arrogância,
    Queima o que resta da admiração cega.
    O desprezo das entrelinhas
    Queima a alegria,
    Resta o cinza da dor, da apatia.
    O fogo egoísta, que a tudo consome,
    Reflete o ser que devora,
    Que destrói almas sem piedade,
    E deixa rastros de dor onde passa.
    E a ânsia devoradora segue,
    Por fim devorando a si mesma,
    Pois chegou à exaustão.
    Não há mais verde a devorar,
    A combustão se desfaz,
    E o fogo se apaga.
    Aquele fogo agora é vazio,
    Oco, apagado.
    Aquele fogo não vive mais,
    Mas o verde se refaz, pouco a pouco,
    da dor de suas cinzas.
    E ele revive!
    Há marcas, há cicatrizes,
    Mas não há lembranças,
    Não há passado,
    O que era, simplesmente…
    Já foi!

    Poema do livro “Mar de Palavras“, de minha autoria

    Luciana G. Rugani
    Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF e Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA

  • CANAL PALMER 2

    Evangelos Pagalidis

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Apareceu a Magdala … olê, olê, olá!!!!

    Demorou, mas finalmente a prefeita Magdala Furtado (PV) veio a público para, obviamente reconhecer a derrota. O redator do texto embrenhou-se em um rosário de desculpas e logo depois para um samba de autoelogio de uma administração, que pouco tem a comemorar. Lamentável! Se estivesse em uma escola, com professor exigente, a nota seria bem abaixo de cinco e mais próxima a zero.

    Hostilizou o legado

    A prefeita assumiu hostilizando o legado de José Bonifácio (PDT) ao qual como vice fazia oposição. Novata na política pensou que ganharia espaço através da ingratidão, mas encontrou como obstáculo a grandeza da história do falecido prefeito. Tentou então um novo espaço com o apoio do “baronato petista”; mais um fracasso somado a outros tantos.

    Esfarinhando

    Há quem garanta que o grupo do qual Magdala faz parte vai se esfarelar em pouquíssimo tempo. Outros acreditam que com o resultado da eleição, principalmente para a Câmara, o grupo entrou no “salve-se quem puder”, também conhecido por “cada um por si, Deus por todos”

    Ruins de voto?

    É inegável que os vereadores Roberto de Jesus e Átila Motta, em especial o primeiro, tiveram estruturas, que nenhum dos demais candidatos apoiados pelo governo municipal teve. Mesmo assim a votação de ambos não correspondeu e ficaram fora da Câmara Municipal. Certamente, vão sentir falta das confortáveis poltronas do Plenário Oswaldo Rodrigues.

    O projeto enferrujou antes do tempo

    O definhamento eleitoral do projeto de reeleição da prefeita ficou evidente desde o princípio, mas alguns “barões da máquina” acreditaram que, mesmo que Magdala afundasse eles se salvariam pelos privilégios em relação a outros candidatos. Ledo engano! A máquina enferrujou e foi emperrando ao longo do tempo, parando em 6 de outubro.

    Nova configuração 1

    A eleição trouxe nova configuração política para a cidade, em particular para a Câmara de Vereadores. Antes, um grupo de amigos e militantes se reunia, trabalhava um determinado nome e tentava alcançar a eleição. Hoje, para conquistar uma vaga na Câmara, são necessários recursos e o desenvolvimento de programas de conquistas de votos, baseados em pesquisas mercadológicas.

    O choro é livre

    Toda eleição é a mesma coisa, os perdedores ensaiam aquele velho chororô, usando todas as argumentações possíveis. O pessoal de Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) e Vinícius Seguraço (Unidade Popular), campanhas com parcos recursos, se entende, mas os candidatos de Dona Magdala não podem reclamar. Podem? Claro que sim, o choro é livre.

  • MULHERES DETENTAS

    João do Rio – 1881/1921.

    Quando entramos, algumas detentas lavavam a primeira sala, sob o olhar severo de um guarda.

    – Tudo limpo?

    – Saiba V. Sa que ainda não.

    – Pois apresse, apresse estas mulheres.

    O chão de pedra estava cheio de lama. A água suja escorria da soleira da sala em dois grossos fios e as mulheres, de saia arregaçada, com pulos estranhos, davam gritinhos estridentes. Um cheiro especial, esquisito, pairava naquela galeria batida de sol, em que os metais reluziam. Os guardas tinham a fisionomia fechada.

    – Quantas presas?

    Há atualmente cinqüenta e oito, divididas por três salas, uma das quais é enfermaria. À falta de lugares, a promiscuidade é ignóbil nesses compartimentos transformados em cubículos. A maioria das detentas, mulatas ou negras, fúfias da última classe, são reincidentes, alcoólicas e desordeiras. Olho as duas salas com as portas de par em par abertas e fico aterrado. Há caras vivas de mulatinhas com olhos libidinosos dos macacos, há olhos amortecidos de bode em faces balofas de aguardente, há perfis esqueléticos de antigas belezas de calçada, sorrisos estúpidos navalhando bocas desdentadas, rostos brancos de medo, beiços trêmulos, e no meio dessa caricatura do abismo as cabeças oleosas das negras, os narizes chatos, as carapinhas imundas das negras alcoólicas. Alguns desses entes, lembra-me tê-los visto noutra prisão, no pátio dos delírios, no hospício. É possível? Haverá loucas na detenção como há agitados e imbecis? O Dr. Afrânio Peixoto, o psiquiatra eminente, dissera-me uma vez, apontando o pátio do hospício, onde, presas de agitação, as negras corriam clamando horrores aos céus: — Há algumas que têm quatro e cinco entradas aqui. Saem, tornam a beber e voltam fatalmente.

    As mulheres tinham corrido todas para os fundos das salas, casquinando risinhos de medo. Naquela tropa, as alcóolicas andavam trôpegas, erguendo as saias com um ar palerma. Indiquei ao guarda uma delas.

    – Venha cá, gritou ele.

    As mulheres agitaram-se. Eu? Sou eu? Seu guarda, posso ir? O guarda tornou a chamar a massa abjeta e foi quase empurrada pelas outras que ela veio, meio envergonhada.

    – Quantas vezes esteve no hospício?

    A negra olhou para nós. Os seus olhos amarelos, raiados de sangue, abriram-se num esforço e ela balbuciou.

    – Duas, sim senhor.

    O álcool ou a preparava para a tísica rápida ou, dias depois, atiraria írremissívelmente para o manicômio.

    As outras criaturas, dotadas de curiosidade irresistível, tinham-se aproximado das portas entre risadinhas e cochichos depravados, e eu pude assim, com calma e tranqüilidade, apreciar e interrogar todas as flores de enxurrada, todas essas venenosas parasitas do amor torpe num campo perdido do jardim do crime. Essas mulheres estão na detenção por coisas fúteis, coisas que cometem diariamente até à cólera final dos inspetores tolerantes ou a vingança de algum soldadinho apaixonado.

    São moradoras do morro da Favela, das ruelas próximas ao quartel general, dos becos que deságuam no Largo da Lapa, das Ruas da Conceição, S. Jorge e Núncio. Quase sempre brigavam por causa de uma “tentação” que tentava e pretendia satisfazer as duas. Outras atiraram-se à cara dos apaixonados num desespero de bebedeira.

    – Saiba V. Sa que da outra vez que estive aqui foi por causa do inspetor. Eu tinha o meu bajoujo; o bobo cheio de “fobó” estava-se endireitando. Mas veio de carrinho. O diabo vingou-se!

    E logo outra, apoplética:

    – Cá comigo é nove. Não gosto de presepadas. Ele era um rodelista. Quando a gente gosta de um homem, gosta mesmo, nem que bata o trinta e um.

    Falavam uma língua imprevista e curiosa, cuspinhando; e olhando as pobres coitadas, não sabia eu bem se falava a mulheres velhas ou a mulheres novas, de tal forma aquelas faces e aqueles corpos estavam arruinados. Perguntei a uma pardinha cujos dentes eram brancos e que devia Ter sido bonita:

    – Como se chama?

    – Quantos anos tem?

    – Francisca Maria.

    – Tenho vinte.

    E estava havia cinco naquela vida de horror. E assim a Carmem da Rua Morais e Vale, e assim a Carmelina com uma navalhada na face, vibrada pela rival enquanto dormia, e assim a velha Rosa Maria à espera da liberdade apenas para continuar o seu fadário e voltar à detenção. Todas estão tatuadas, tatuadas nos seios, ombros, tatuadas nos braços, nas pernas, no ventre, tatuadas nas mãos, algumas até tatuadas na testa. Esses riscos azuis e essas manchas negras dão-lhes um aspecto bárbaro, um ar selvagem. Nenhuma decerto tem mais família ou amizades duradouras. A tatuagem para os seus pobres corações apodrecidos é como a exteriorização da saudade. Muitas têm, entre espadas, cristos, sereias, peixes, coroas imperiais, o nome dos que lhes deram o ser, o nome dos irmãos, o dos filhos perdidos e dos amantes que se foram: muitas, nas horas de solidão, têm na própria pele a recordação da eterna dor.

    Cavalhada da luxúria, correndo nos recantos da cidade ao lado da morte e do assassinato, destinada aos fins trágicos da miséria, da sífilis ou do ciúme feroz, os seus próprios corpos são como o perpétuo símbolo das suas adorações, os altares onde se confundem todos os sentimentos. A cabocla Carmelina, uma das mais tatuadas, tem de tudo no corpo e até as falanges formam com iniciais o nome do irmão. Os braços, ela os dedicou ao amor. Há nomes e nomes, uns por cima dos outros, alguns apenas em iniciais, outros por extenso. Examinando esses dois braços de Vênus asquerosa, que com o mesmo delírio e a mesma alma apertaram na chama da paixão apaixonados diversos, o guarda perguntou, como quem quer decifrar um enigma:

    – E qual destes é querido agora?

    Carmelina esticou o braço esquerdo, e todos nós lemos, enquanto ela sorria, o nome de Narciso, com uma cedilha de mais por baixo do c. A criatura amava um Narciso, e decerto naquele momento aos seus olhos surgia a imagem desse seu deus temporário.

    Eu porém já me nauseara, e Antônio Barros, chefe dos guardas, sempre solícito, levou- me à enfermaria, onde havia apenas três doentes —a Herculana assassina, a negrinha Gabriela do Pontes e uma pequena, feia, magra, olheirenta, espapaçada na cama como uma das múmias americanas que o museu guarda na sua seção de etnografia. Essa criaturinha tem quinze anos e parece ter mil. É dolorosamente irreal. Está condenada por crime de infanticídio. Matou o próprio filho ao nascer, mas antes devia ter matado outros, como matará os futuros com o seu olhar de círio perpetuamente ardendo na negridão das olheiras. Ao vê-la, lembra-se a gente das teorias dos criminalistas passados e principalmente das idéias de Maudsley sobre o crime e a loucura.

    – Como te chamas?

    – Olívia.

    – Você não gosta das crianças? Um gesto negativo de cabeça.

    – Antes já procurara tomar remédios para abortar, não?

    É uma pergunta sem razão de ser. A menina curva a cabeça e desata a chorar. Tudo quanto se lhe perguntar sobre o seu horror à maternidade, Olívia é incapaz de negar. Não deve estar nessa enfermaria de detenção, mas num dos pátios do hospício. E, encolhida, com os cabelos esparsos nos travesseiros, a pele ressequida como um pergaminho muito tempo esfregado por óleos bárbaros, essa infanticida de quinze anos arreganha a face num ricto de angústia como um cadáver de asteca ao ressurgir à face da terra.

    Neste momento, porém, houve um rebuliço. Chegavam os presos da colônia de Dois Rios à disposição do chefe. Fora ouviam-se os rugidos de um negro abjeto, o Bronze, enleado numa camisola-de-força, esperneando, espumando. Dois outros adolescentes bem dispostos, de chinelos novos que sorriam perfeitamente contentes com a sorte, perfilavam-se ao longe entre os guardas.

    Não tivemos tempo de chegar à janela. Pelo corredor vinham vindo três mulheres. Traziam toda a roupa de zuarte e um lenço cobrindo o crânio pelado. A primeira era magra, magríssima, tossindo a cada instante, com as mãos em cruz sobre o peito. De vez em quando parava e a sua face exprimia a horrenda e inexprimível dor de uma agonia sem fim. A segunda, apagada, com os braços abertos, parecia não sentir mais as pernas. A última, com uma face de burguesa honesta na miséria, tinha um ventre enorme, um ventre hidrópico, um ventre colossal. Os guardas iam-nas tocando.

    – Eia! pra diante! eia!

    As duas primeiras passaram sem ver, com o olhar insensível. A última parou.

    – Não posso mais. Vim para fazer operação. Oh! o meu martírio! De qualquer forma, sr. guarda, eu morro, mas deixe-me ao menos morrer quando chegar a hora definitiva.

    – Mas esta mulher é inteligente!

    – Pois se até ensina a ler. Aproximei-me:

    – Ah! meu caro senhor, por piedade, peça ao ministro o meu perdão. Há três anos que sofro. O ódio de um inspetor, a falta de amigos e de proteção reduziram-me a este lamentável estado. Venho da colônia. Não me trataram como uma presa, trataram-me como uma pessoa digna de piedade. E apesar disso eu estou assim. Perdão para mim!

    – E a senhora chama-se?

    – Maria José Correia. Fui professora pública. .

    Deus misericordioso! Que fatalidade sinistra arremessara aquele pobre ente inteligente, descendente de uma família honesta, à tropilha de uma colônia correcional? Que destino inclemente impele na sombra o homem, forma os vagalhões da popularidade, afoga uns, atira outros às estrelas e emaranha no dissabor e na tristeza a marcha do maior número? A essa mulher bastara perder o apoio da sociedade, para acabar no horizonte fechado de correcional todos os sonhos de ambição, todas as idéias felizes que os pais depositaram no seu espírito. Que lhe servia a visão superior do mundo na cloaca do crime e da luxúria? Que lhe servia ter ensinado às crianças o amor das coisas dignas, se o seu fim era acabar no eito da colônia, cavando a terra entre as desordeiras e as perdidas varridas da cidade?

    Tomou-se uma espécie de medo, de fobia neurastênica. Recuei. O guarda dizia:

    – Deixa de lambança, Maria. Todos te conhecem. Saiba V. Sa que é popular nos quiosques da Estrada de Ferro Central. Vai às cinco da manhã, e só deixa de beber quando os quiosques fecham. Antigamente servia-se da barriga para dizer que estava grávida e ser bem tratada na delegacia. Agora não há mais disso. É uma alcoólica mais malcriada que qualquer outra.

    A mulher calou-se. As outras tinham parado e de repente a tísica, a que tinha na face a expressão horrenda de uma agonia sem fim, caiu de joelhos soluçando.

    – Se eu tivesse o meu perdão. Nossa Senhora! não morreria aqui! Se eu tivesse o meu perdão, eu ia morrer sossegada.

    Fora o sol enchia todo o pátio de um esplendor de puro líquido.

  • ESPERANDO O LANCHE

    Valéria Nogueira

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Virada histórica

    Segundo meu amigo Duca Monteiro essa eleição representou uma virada histórica, para a política de Cabo Frio: votação de Serginho Azevedo (PL), com mais de 80 mil votos, um vereador eleito (Vaguinho) ultrapassando a casa de 6 mil votos, 25 candidatos com mais de 1.500 votos e ampla hegemonia na Câmara.

    O que esperar de Magdala? 1

    A população cabofriense, espera da prefeita Magdala Furtado (PV), de imediato, duas coisas: um pronunciamento oficial reconhecendo a derrota eleitoral e anunciando o início do processo de transição política e administrativa para o novo governo, que se instala a partir de 1º de janeiro de 2025.

    O que esperar de Magdala? 2

    Grande parte dos servidores e contratados da Prefeitura tem receio quanto o recebimento dos salários de novembro, dezembro e 13º. As notícias que chegam são bastante controversas e impactam o dia-a-dia dos funcionários, que precisam ouvir da prefeita, que há recursos para pagamento da obesa folha, que engordou ainda mais, em 2024.

    Mudança geracional

    A eleição de 2024 está marcando mesmo uma mudança geracional. José Bonifácio faleceu e Alair Corrêa é um coadjuvante na vitória de Serginho Azevedo (PL). O ex-deputado Janio Mendes (PDT) não conseguiu uma cadeira na Câmara, com votação muito abaixo da expectativa e o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) deu a esposa Kamilla apenas 285 votos.

    Janio & Marquinho

    Ambos, Janio e Marquinho terão que repensar profundamente suas atuações e estratégias políticas caso queiram continuar na vida pública em posição de liderança e influência na sua cidade. Janio foi deputado por dois mandatos e Marquinho foi prefeito de Cabo Frio por três vezes. A pergunta a ser feita é: o que aconteceu?

    Expectativa X Realidade

    O PSB, partido da aliança de apoio a prefeita Magdala Furtado (PV) tinha a expectativa de fazer três cadeiras na Câmara, segundo o coordenador político da legenda, Juninho Caju. Não deu! Elegeu apenas um vereador, André Jacaré, que não era a princípio um dos mais cotados pela direção do partido. Inclusive, o próprio presidente do partido, o professor André Carvalho, não conseguiu uma cadeira na Câmara.

    Nova Organização

    O prefeito eleito tem revelado em seus pronunciamentos após a vitória eleitoral que pretende organizar a cidade. É um desejo que toca a boa parte da população incomodada com a bagunça em que a cidade vive: dos flanelinhas aos barraqueiros e quiosqueiros, tudo está exigindo uma nova estrutura organizacional.

    Nota de falecimento: Professora Hildézia Alves de Medeiros – ex-diretora e fundadora do Sepe RJ

    O Sepe RJ comunica com pesar o falecimento da professora Hildézia Alves de Medeiros, fundadora e militante histórica do sindicato, com participação e liderança na histórica greve da categoria em 1979.  Hildézia, que nos deixou aos 84 anos, foi uma percussora e lutadora nos debates sobre gênero no mundo sindical, tendo participado e sido homenageada durante a realização do 41º Encontro Estadual de Aposentados da Educação, realizado em 2019, na cidade de Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro.

    No dia 30 de outubro de 2019, na comemoração dos 40 anos da histórica greve da educação estadual de 1979, Hildézia participou de uma mesa redonda sobre o tema, juntamente com os professores Maria da Dores Mota, Ítalo Moriconi, Lia Faria e Marlene Fernandes, os quais, juntamente com ela, participaram naquele movimento que mobilizou dezenas de milhares de profissionais de educação no Rio de Janeiro e se tornou fundamental para a consolidação do nosso sindicato e para a  luta dos trabalhadores em nosso estado.

    Seguem as informações do velório e cremação da professora Hildézia:

    Velório, a partir de 11h30 de amanhã (terça-feira, dia 8 de outubro), com cremação às 14h30, na Capela SL 4. Cemitério da Penitência. Rua Monsenhor Manoel Gomes 307 – Caju.

    O Sepe se solidariza com todos os familiares e amigos de Hildézia neste momento de dor e pesar.

    Hildézia, presente! Hoje e sempre!

  • CRESCEU O SARRAFO

    Eduardo Monteiro

    Na analogia com a política, as eleições de 2024 “aumentaram o sarrafo” ou seja, elevou o nível da votacão necessária para se eleger.

    Na votação histórica de Dr. Serginho ( 84.317 votos ), por diversos motivos, demorará muito a ser batido, a não ser pelo mesmo, dependendo de sua condução a frente da prefeitura.

    Quanto aos Vereadores, surpreende não ter votação eleitos com menos de 1.680 votos, ou seja, aquele tempo que alguém tinha esperanças de se eleger com 800 a 900 votos, acabou.

    Foram 25 candidatos com mais de 1.500 votos. Aumentou o cacife necessário para entrar nesse grupo.

    O futuro Prefeito terá, inicialmente, 13 vereadores na bancada.

    Não terá também, nenhuma “oposição sistemática” ao governo. Terá com isso os 6 meses tradicionais de administração em sintonia com a comunidade.

    Provavelmente o grupo político da futura ex-prefeita Magdala, irá se esfarelar assim que acabar o governo, não tendo nenhuma liderança forte que conduza esse espaço.

    Pena que as mulheres perderam seu espaço não elegendo nenhuma vereadora. Pena também o grande volume financeiro que envolveu candidaturas, eleitas ou não, a níveis antes nunca atingidos.

    O novo governo tem tudo favorável para funcionar. Receitas de 1,7 bilhão de reais, Câmara favorável, oposição limitadíssima, apoio da sociedade e experiência administrativa.

    Esperamos que no final do mandato, o atual governo pague os salários, não suspenda atendimentos médicos e, principalmente, não defina gastos exorbitantes como R$ 47 milhões de merenda ou R$ 17 milhões de curativos.

    Como se dizia no passado “O Rei morreu, Salve o Rei”.

  • SERGINHO É O PREFEITO DE CABO FRIO

  • FRAGILIDADE POLÍTICA

    A participação da prefeita Magdala Furtado no debate promovido pela InterTV repetiu e agravou sua má atuação na sabatina promovida pelo Programa Sidnei Marinho, na Litoral News. Revelou desconhecer seu próprio governo, vacilou em respostas importantes e não conseguiu responder outras.

    Por outro lado, o debate foi muito sem graça, em grande parte pelas restrições que as regras estabelecidas pela emissora impõe aos participantes, mas também pela falta de explicitação das diferenças entre os programas dos candidatos. Tudo fica muito pasteurizado e as ideias centrais não são debatidas pra valer.

    Enfim, mas uma água de salsicha.

  • ILHA DA DRAGA/CANAL DO ITAJURU

    Evangelos Pagalidis

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Centro movimentado

    Cafés e lanchonetes no centro da cidade viveram dia de muita animação. A eleição está batendo a porta e os candidatos a Câmara estão catando votos em todos os cantos. Com exceção dos candidatos com maior vivência eleitoral, com esquemas políticos sólidos e há muito estabelecidos, os outros estão correndo atrás e isso movimenta a cidade.

    Judas fora de época

    Com o horizonte eleitoral de certa maneira definido, digamos assim (nunca se sabe), os candidatos a Câmara Municipal estão na rua direto pedindo votos. Boa parte espalha pela cidade que a eleição é certa e os candidatos adversários se transformam em Judas fora de época, com uma intensa troca de acusações e boatos quentes.

    Engorda do D.O

    A folha de pagamento do governo de Magdala Furtado (PV) cresceu cerca de 104% entre janeiro e agosto, justamente o ano eleitoral onde a prefeita busca a reeleição. Apesar do grande regime de engorda do Diário Oficial a campanha da prefeita não decola, continua estacionada. O “baronato petista” mais uma vez errou feio.

    Aparição bisonha

    A participação da prefeita Magdala Furtado (PV), na sabatina do Programa Sidnei Marinho, na Litoral News, revelou o grande desconhecimento por parte da prefeita não apenas da cidade que deveria estar governando, como dos mecanismos e números da sua própria administração. Foi uma aparição bisonha.

    Maioria expressiva

    É muito difícil avaliar a eleição para a Câmara Municipal, tal a quantidade e diversidade de candidatos, mas uma coisa é certa, o “bloco conservador” deve ter maioria expressiva. Significa que o próximo prefeito (a) terá maioria folgada no legislativo, mas não é sinônimo de ausência de problemas na relação.

    Oposição!

    Parte do grupo político progressista tem difundido a ideia que a candidatura do professor Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) pode penetrar entre as candidaturas do deputado Serginho Azevedo (PL) e Magdala Furtado (PV) e conseguir se firmar na segunda colocação. Essa estratégia, se alcançar sucesso, permitiria ao professor se tornar a principal figura de oposição a partir de 2025.

    A Crítica!

    A crítica a essa ideia diz que essa oportunidade estaria posta caso o candidato tivesse o controle sobre o PT e a Federação Brasil da Esperança (PT/PV e PC do B). Assim teria mais recursos, tempo de TV e estrutura política capaz de derrotar Magdala e se tornar oposição caso o deputado Serginho Azevedo (PL) venha a ganhar a eleição.

    Fragilidade política

    Os defensores dessa ideia acreditam que a prefeita Magdala (PV) por sua fragilidade política não tem condições de liderar a oposição caso o deputado Serginho Azevedo (PL) vença o pleito em 6 de outubro. Segundo esse mesmo grupo, fora do poder, o esquema político da prefeita tende a se desmanchar e desaparecer da vida pública de Cabo Frio.

    Caminhão de mudança

    A parte mais severa e insatisfeita da opinião pública de Cabo Frio, insatisfeita com o governo da prefeita e de seu projeto de reeleição acredita que o grupo político não vai permanecer na cidade. É a turma que diz abertamente que os seguidores da prefeita, beneficiados pelo D.O contratarão rapidamente o caminhão de mudança e vão pular fora.

  • VIVÊNCIAS

    Diariamente somos colocados pela vida às mais diversas situações, que temos que agir com diversas posturas.
    Como um grande aprendizado, é preciso ficar atento a cada possibilidade que temos para vivenciar situações para aprendermos as lições necessárias.
    Cada um tem sua forma de aprender.
    Acredito que para aprender não é necessário sofrer, mas sim ter boa vontade, humildade e alegria.
    Por experiência própria, podemos aprender através da energia que trocamos com outras pessoas, tentando conhecer muitas pessoas e transmitir boas energias, formando com essas pessoas uma grande corrente de positividade.
    Nem sempre é possível, pois o relacionamento é uma via de mão dupla, mas não sofro com isso e tampouco não desisto de exercitar.
    Sigo assim, tentando dar o meu melhor a cada pessoa que cruza o meu caminho e tirar delas o que tem de melhor para dar, fazendo de cada uma dessas aulas eventos emocionantes e divertidos!
    Por isso temos que ser felizes em aprender com os outros!

    (*) Ângela Maria Sampaio de Souza é Professora.

    (**) Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Blog.

  • ELEIÇÃO É A ÚLTIMA CHANCE PARA EVITAR QUE CRIME SEQUESTRE DE VEZ A POLÍTICA

    Leonardo Sakamoto (*)

    Desde a redemocratização, o Brasil não vive uma eleição tão tensa. Em 2018, os ânimos se armaram; em 2022, eleitores foram mortos por eleitores. Mas, em 2024, facções criminosas estão se dedicando a atingir o poder de uma forma nunca vista. E isso deveria ser motivo de pânico. Afinal, se acham que a vida é ruim com políticos que agem como criminosos, imagine com criminosos que agem como políticos.
    A expansão das milícias e do crime organizado na política não é novidade, basta ver a barafunda na qual se tornou o estado do Rio de Janeiro. A política já está contaminada por milícias e facções, mas a questão agora é outra: a entrada forte do crime no comando de municípios e de suas Câmara dos Vereadores pode representar o fim do período de política pacificada no Brasil.
    Em São Paulo, a cúpula do PRTB, partido de Pablo Marçal, se orgulha da relação com o PCC – que, por sua vez, usou empresas de transporte urbano para lavar dinheiro na gestão Ricardo Nunes, segundo o Ministério Público. Em João Pessoa, líderes da Nova Okaida são pegos em conversas promíscuas com a gestão do prefeito Cícero Lucena, candidato à reeleição, discutindo suas demandas políticas para ajudar no pleito. O Comando Vermelho ajuda a eleger políticos em Arraial do Cabo para garantir estrutura de lavagem de dinheiro, de acordo com o MP-RJ. Em Manaus, o mesmo CV determina quais candidatos a prefeito e a vereador podem fazer campanha eleitoral em comunidades, além de onde e quando. E, para adentrar em seus territórios, há um preço a ser pago pelas campanhas.
    Quem acha que o fundo do poço é um grupo político tentar um golpe de Estado ao perder a eleição, como o bolsonarismo entre o segundo turno de 2022 e 8 de janeiro do ano passado, precisa urgentemente rever seus conceitos. Sim, no fundo do poço há um alçapão que nos leva muito mais fundo, talvez em direção a um narcoestado. E a infiltração que vivemos até agora não é nada se comparada com o que deve vir.

    (*) UOL

  • ENTARDECER NO CANAL DO ITAJURU

    Evangelos Pagalidis


179 respostas em “BLOG DO TOTONHO”

Bom dia Totonho. Acho que já tinha comentado aqui sobre as atitudes da Mag pós eleição, se não foi neste prestígioso e bom blog, foi com amigos em algum café por aí……rrrsss . Ela , a Mag , rrrrssss, vai meter o pé, e não é na jaca, pois os burros já estão cheios e dizem que é para Portugal. Coitado desse país , só recebe resto. E ainda vai logo de cara se candidatar a prefeita……é coitado ,desse país. Quem sabe já não dá uma sorte e cai uma prefeiturinha no colo??????

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