BLOG DO TOTONHO

  • BAIA DA GUANABARA

    Baia da Guanabara – 2019 – Antônio José Christovão.

    Baia da Guanabara – 2019 – Antônio José Christovão.

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Notícias falsas?

    Após insistentes rumores de crise nas suas relações com a prefeita Magdala Furtado (PV), o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) gravou vídeo, taxando o noticiário de “Fake News” (Notícias Falsas). Segundo ele os adversários produzem notícias falsas, com o intuito de desestabilizá-lo, temendo a derrota eleitoral, em 6 de outubro.

    Como as asas da graúna

    O vídeo mostrou o ex-prefeito irritado com o noticiário, mas jovial. Aos 66 anos Marquinho Mendes aparece na gravação, com o cabelo pretinho, sem um mísero fio de cabelo branco, como as asas da graúna. Os amigos e gozadores de plantão atribuem o feito a miraculosa “Loção Camélia do Brasil” ou mesmo a loção progressiva Grecin 2000, de uso mais contemporâneo, digamos assim.

    A aliança e o Diário Oficial

    A aliança entre o grupo político da prefeita Magdala Furtado (PV) e o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) foi forjada através do Diário Oficial: o ex-prefeito tem muitos agregados políticos em cargos de confiança (“portarias”) no governo. O grupo da prefeita espera que Marquinho Mendes consiga transferir votos para que sua candidatura possa levantar voo: por enquanto, continua taxiando.

    Aguardemos

    Eleger a chapa Magdala/Léo Mendes e colocar na Câmara Municipal a sua esposa Kamila Mendes (MDB) não será tarefa ‘hercúlea’ em demasia para o ex-prefeito? Até o momento da publicação do Blog ainda não apareceram os efeitos eleitorais da aliança entre os dois grupos, faltando apenas duas semanas para a eleição. Mas, em política eleitoral tudo pode acontecer. Aguardemos!

    Maioria na Câmara?

    O Bloco Conservador espera fazer a maior parte dos vereadores e dentro dele o grupo específico do deputado Serginho Azevedo (PL) acredita em maioria, com certa tranquilidade, dentro da Câmara. Alguns nomes tem sido bastante citados: Alfredo Gonçalves, Davi Souza, Luis Geraldo, Milton Alencar Júnior, Roberto de Jesus (único do grupo de Magdala), Rodolfo Machado, Vaguinho e Vinícius Corrêa Colocados aqui em ordem alfabética para que ninguém venha “encher o saco” do editor.

    Baixo nível

    O deputado Serginho Azevedo (PL) tem se queixado em círculos mais íntimos dos ataques de baixo nível que vem sofrendo. Tomou a iniciativa de responder, mas se manteve aparentemente tranquilo. Afinal, as enquetes e pesquisas, além da opinião de diversos observadores dão conta que o líder do chamado ‘Bloco Conservador’ tem larga vantagem no processo eleitoral. Assim, o desgaste é para quem bate “abaixo da linha da cintura”.

    Enfrentamento não interessa

    O enfrentamento através de ataques e endurecimento do discurso não interessa a quem lidera a corrida eleitoral para 6 de outubro. Essa tem sido a orientação, que tem balizado a postura do candidato Serginho Azevedo. Denúncias, troca de acusações e bate-boca, interessa a aqueles que buscam a audiência e no caso da internet, os “likes”.

    Alegria dos ortopedistas

    Apesar das melhorias no visual introduzidas na tradicional Praça Porto Rocha pela paisagista Isabel Grubel, o piso continua a ser a alegria das clínicas de ortopedia e fisioterapia. Basta chover e fica bastante escorregadio: são comuns os tropeços, escorregões e tombos, com os resultados previsíveis. A praça é sem dúvida exemplo de arquitetura urbana de péssima qualidade.

    “Filho feio não tem pai” ou “Toma que o filho é teu”

    Desde que sofreu a última reforma nos estertores do penúltimo governo de Marquinho Mendes (MDB) a configuração da “nova” Praça Porto Rocha foi rejeitada pelos cabofrienses. Profundo mau gosto, comparada a mausoléus no centro da cidade. A repulsa da sociedade foi tamanha, que a reforma da praça não tem pai e muito menos padrinho.

  • EXCESSO DE TRABALHO

    Nelson Rodrigues – 1912/1980.

    Era um pai muito escrupuloso. Sabendo que a filha estava com um romance, não perdeu tempo: — tratou de saber, direitinho, quem era o namorado. Durante quatro ou cinco dias, andou de baixo para cima, de cima para baixo, fazendo sindicâncias. Aconteceu, sistematicamente, o seguinte: — as pessoas interrogadas sobre os predicados do rapaz diziam sempre a mesma coisa:
    — Muito trabalhador!
    No fim de certo tempo, o velho estava crente de que nada caracterizava tanto o futuro genro como a sua fenomenal capacidade de trabalho. Deu-se enfim por satisfeito. Chamou a esposa e a filha. Andando de um lado para outro, ia dizendo:
    — Bem. Andei tomando informações.
    Fez uma pausa proposital. A filha, expectante, prendeu a respiração. Veio a pergunta:
    — Que tal?
    Seu Juventino estaca:
    — Parece que é um bom rapaz, trabalhador e outros bichos.
    Laurinha, que estava sentada, ergue-se, de olho aceso:
    — O senhor então consente, papai?
    Respirou fundo:
    — Consinto.

    O Trabalhador
    Seu Juventino sempre tivera particular e feroz ojeriza pelos ociosos e pela ociosidade. A perspectiva de um genro laborioso o deslumbrou: “Esse é dos meus”, disse, esfregando as mãos, numa satisfação profunda. Laurinha, radiante, foi correndo dizer ao namorado: — “Papai é teu fã! Teu admirador!”. Raimundo, grave, pigarreia:
    — Antes assim! Antes assim!
    O namoro durou um ano e meio, pouco mais ou menos. Durante esse espaço de tempo, Raimundo vinha ver a namorada três vezes por semana. Chegava depois do jantar, passava meia hora com a pequena e partia, célere, afobado, para outro emprego. Trabalhava em três lugares diferentes e andava procurando uma quarta atividade. Dormia, todos os dias, às três horas da manhã e levantava-se às seis. Tanto trabalho teria que devastá-lo. E, de fato, o rapaz tinha um sono medonho, incoercível. Dormia no bonde, no ônibus, no lotação, sentado ou em pé. E, sobretudo, dormia ao lado da namorada. Parecia um cansado nato e hereditário. Impressionada por tamanha fadiga, Laurinha levanta certa vez a hipótese:
    — Você não está trabalhando demais, hein, meu filho?
    Era óbvio que sim. Raimundo, na ocasião, cochilava espetacularmente, recostado ao ombro de Laurinha. Despertou, porém, quase indignado:
    — Minha filha, parte do seguinte princípio: — não existe o excesso de trabalho, percebeste? Nunca se trabalha demais!

    Herói
    Toda a família, com seu Juventino à frente, aplaudia esse dinamismo pavoroso de Raimundo. E Laurinha também, é claro. O máximo que a garota podia alegar é que, ao peso de tantos empregos e de tanto serviço, não sobrassem ao rapaz nem tempo, nem ânimo para o namoro. Ele passava semanas, meses, sem um carinho, um beijo, um galanteio. Laurinha, porém, tinha bastante discernimento para aceitar e compreender. De resto, o pai, a mãe, todo mundo vinha sugestioná-la: — “Tiraste a sorte grande! O Raimundo é um partidão!”. E quando, em pleno namoro, vencido pelo cansaço, ele se punha a dormir, o sogro ou a sogra corria a desligar o rádio com a recomendação:
    — Não faz barulho, que o Raimundo está dormindo!


    Enlace
    O fato era o seguinte: — o cansaço imenso, inenarrável do rapaz passava a ser um orgulho, uma vaidade para a família. Quando os dois ficaram noivos, foi até comovente. Seu Juventino abraçou-se chorando ao futuro genro. E soluçava: — “Meu filho! Meu filho!”. Assoa-se e declara, em alto e bom som:
    — Eu sei, tenho certeza que um rapaz como você, trabalhador como você, fará a felicidade de minha filha!
    Raimundo, com a exaustão de sempre, balbucia:
    — Deus é grande! Deus é grande!
    Três meses depois, houve o casamento.

    Romântica
    Laurinha era, como ela própria dizia, “muito romântica”. Duas coisas a atraíam, no casamento, de uma maneira irresistível: — primeiro, a cerimônia religiosa, com o fabuloso vestido de noiva e toda a pompa nupcial; segundo, o que ela chamava, num arrepio, de “primeira noite”. Tinha uma amiga casada, aliás, desenvolta e sabidíssima, que afirmava:
    — Todo o futuro do casamento depende da “primeira noite”!
    Laurinha, trêmula, perguntava: — “É batata, é?”. A amiga suspirava: — “Espera e verás!”. Com o espírito trabalhado pela sugestão da conhecida, Laurinha sonhava, de olhos abertos: — “Se eu tiver que morrer, que seja depois da ‘primeira noite’. Antes, não”.
    Pois bem. Casou-se e, depois da cerimônia religiosa, em grande estilo, com música, luminárias, partiu com o noivo para o apartamento do Grajaú, onde passariam a residir. Chegam, entram. Diga-se, a título ilustrativo, que, no carro iluminado, Raimundo chegara a cochilar. Laurinha, aflita, de véu, grinalda, o sacudira: — “Que coisa feia, meu filho! Acorda!”. Enfim, estão no apartamento. E chegou o momento em que Laurinha entreabre a porta do quarto e avisa:
    — Pode vir, meu bem.
    Em seguida, ela se coloca em pé, no meio do quarto. Veste a camisola do dia, transparente, um decote ideal. Nunca se sentira tão nua. Seus pés calçam chinelinhas brancas. Na sua imaginação de noiva, antevê o deslumbramento do ser amado. Mas os minutos se escoam e nada. Para si mesma faz o espanto: — “Ué!”. Até que vem espiar na porta. Eis o que vê: — o noivo, sentado numa poltrona, a cabeça pendida, dorme de uma maneira profunda, irremediável. No maior espanto de sua vida, e sem se lembrar de cobrir-se com um quimono, aproxima-se. Sacode-o: — “Dormindo, meu filho?”. O pobre-diabo levanta-se, em sobressalto. Vê, identifica a noiva, coça a cabeça: — “És tu?”. Diante dela, tem um desses bocejos medonhos. Laurinha, atônita, não sabe o que dizer, o que pensar. Raimundo a enlaça:
    — Vamos, meu anjo?

    Primeira Noite
    Estão dentro do quarto. A fadiga acumulada do homem que trabalha muito, trabalha demais, dá um ritmo lerdo a tudo o que ele diz, pensa ou faz. Não obstante, Laurinha comove-se outra vez. Oferece a boca fresca e linda:
    — Beija, me beija!
    Ainda não foi desta vez. Pois o noivo bate na testa:
    — Cadê o despertador?
    E ela:
    — Pra quê?
    Raimundo, aflito, anda de um lado para outro, procurando: — “Onde está a droga do despertador?”. Só falta olhar debaixo da cama. Laurinha insiste: — “Mas pra que o despertador?”. Ele para no meio do quarto, irritado:
    — Tenho que acordar cedo, carambolas! Tenho que trabalhar!
    Laurinha recua:
    — Você vai trabalhar amanhã? Vai? Amanhã?
    Explode:
    — Claro! Vou, sim! Tenho um serviço urgentíssimo. Marquei com o chefe às sete da manhã!
    A pequena senta-se numa das extremidades da cama. Custa a acreditar: — “Não é possível!”. Ele, porém, acaba de descobrir o despertador detrás de uma jarrinha de flores. Exulta, aperta o relógio de encontro ao peito; e vira-se, eufórico, para a mulher:
    — “Agora eu posso dormir tranqüilo!”. Coloca o despertador em cima da mesinha-decabeceira. Laurinha, de braços cruzados, sem uma palavra, acompanha os movimentos do marido. Ele se põe de cócoras diante do camiseiro, apanha o pijama e vai mudar de roupa no banheiro. Volta, de pijama e descalço, bocejando que Deus te livre. Diante da mulher, Coçando o peito, propõe:
    — Queres me fazer um favor? De mãe pra filho? É o seguinte: — eu estou num prego danado. Vamos fazer o seguinte:— tu me deixas dormir uma meia hora e, depois, me acordas. OK?
    — OK.

    Alucinação
    Foi até interessante. Uma vez obtida a autorização, ele desaba na cama, como que fulminado pelo sono. Laurinha contempla aquele homem com certo espanto e asco. Levanta-se; marca o despertador de seis para doze. Em seguida apaga a luz e vem para a janela, espiar a rua e a noite. Assim permaneceu, em dilacerada vigília. Pensa: — “Foi-se por água abaixo a minha primeira noite!”. Três ou quatro horas depois, continuava na janela. Súbito, ouve um rumor embaixo: — era o leiteiro que, naquela manhã, começava o fornecimento dos novos fregueses. Então, dá nela uma fúria súbita, uma cólera obtusa e potente. Sem rumor, deixa o quarto e desce, pela escada, os dois andares do apartamento. Leva o quimono em cima da camisola diáfana. Abre a porta da rua e sai para o jardim; alcança o leiteiro, quando este partia, empurrando a carrocinha. Ele vira-se, assombrado. Laurinha se põe na ponta dos pés e o beija na boca, com loucura.

  • A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988

    A Constituição Cidadã de 1988.

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Calçadas, para que te quero

    Circular no centro de Cabo Frio pelas calçadas é um exercício de cuidado e paciência, com altos e baixos, depressões e buracos, para a alegria das clínicas e médicos da área de ortopedia, alguns, inclusive foram prefeitos: Marquinho Mendes e Adriano Moreno. O desrespeito é total: as mesas ocupam toda a calçada e o cidadão que passe pelo meio da rua, com o risco de ser atropelado.

    No meio da rua

    No bairro da Passagem (centro gastronômico?) certos bares e restaurantes, em flagrante desrespeito as normas, ocupam as calçadas e até mesmo a metade da rua, sob o olhar complacente das autoridades municipais, que de autoridade mesmo não tem nada ou se tem não a exercem. Uma bagunça ou seria uma vergonha? O leitor e/ou eleitor pode escolher ao seu bel prazer.

    Reorganização

    Não há dúvida que Cabo Frio precisa, com urgência, de um choque de ordem. O problema é que esse projeto é anunciado durante a campanha e todo mundo diz que quer, mas na hora de realizar, a gritaria contra faz com que o novo gestor desista da empreitada. O pior é que a oposição ao reordenamento e reorganização parte de empresários e vereadores, que falam em reorganizar, mas no quintal do outro.

    Cientistas políticos?

    Foi tempo que analistas eram, verdadeiramente, cientistas políticos capazes de mensurar cada respiro dos candidatos e dos grupos que o apoiavam com precisas e preciosas avaliações. Agora, não! O diagnóstico não é sem pé, nem cabeça. É uma centopeia, tal a quantidade de doideiras e absurdos que surgem a todo instante.

    Quadro eleitoral

    O quadro eleitoral da majoritária em Cabo Frio não tem sofrido alterações, que possam ser dignas de nota, mas é sempre bom ficar atento, porque como dizem os experientes observadores do céu, as nuvens podem mudar de formato, ao sabor do vento, de uma hora para outra. Até aqui as campanhas de Magdala Furtado (PV) e Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) não encontraram a pista livre e desimpedida para decolar.

    Propostas diferentes

    Os outros dois candidatos, o engenheiro Fernando Luís Cardoso (NOVO) e o estudante e motorista de aplicativo, Vinícius Seguraço (UP) parecem apenas compor o quadro eleitoral democrático. Ambos estão colocados em campos políticos e ideológicos diametralmente opostos, embora o município ainda não tenha tido a oportunidade de um grande debate para ouvir a todos.

    Faz falta

    A prefeita Magdala Furtado (PV) tem tido pouco a dizer na sua campanha eleitoral, além da dancinha com o seu vice, o vereador Léo Mendes (MDB). Embora tenha o título de coordenador político da campanha o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) não parece muito habituado ao “cargo”. Afinal, o ex-prefeito não tem mais ao seu lado a habilidade e inteligência de Roberto Pillar.

    Do outro lado do rio

    Enquanto isso, “do outro lado do rio”, o deputado Serginho Azevedo (PL) vai se equilibrando em meio a sua extensa e diversa aliança e até o momento não sofre defecções tão típicas do projeto de reeleição da prefeita. As diferentes “coordenações” tem a amarrá-las o próprio candidato que dá mostras de não abrir espaço para qualquer forma de dissenção.

    Antes Moscouzinha …

    O envelhecimento da população, o crescimento do setor de serviços, os efeitos das políticas neoliberais e o abandono dos trabalhadores pelas legendas socialdemocratas são apontadas como causas do crescimento do conservadorismo na sociedade. Em Cabo Frio, que antes de 1964 foi apelidada de “Moscouzinha”, o efeito é bastante evidente.

    Refinaria

    O jornalista e escritor, Rodrigo Cabral, filho do fundador da Folha dos Lagos, Moacir Cabral, marcou para outubro, 25, o lançamento do seu primeiro livro, “Refinaria”. Será no Espaço Cultural da Sophia Editora, na rua Major Bellegard, centro de Cabo Frio. Rodrigo Cabral tem ampliado consideravelmente o espaço editorial, em Cabo Frio e Região dos Lagos.

  • UM NOVO OLHAR PARA A PAISAGEM DE TODO DIA

    Luciana G. Rugani

    Os moradores de uma cidade costumam se acostumar com as paisagens e com a rotina do dia a dia e acabam se esquecendo de observar detalhes. Os encantos naturais acabam sendo banalizados e a grandiosidade que representam acaba sendo esquecida. Assim percebo, por exemplo, quando observo pessoas que passam pela beira-mar, seja em automóveis ou mesmo a pé, e seguem seu rumo sem um mínimo gesto, nem mesmo um rápido olhar, de admiração ou de gratidão àquela natureza exuberante. Ou quando vejo, no fim de tarde, pessoas que seguem pelas ruas em suas costumeiras impaciências, enquanto, um pouco mais alto, um brilho de sol poente atravessa a folhagem criando um foco mágico. Ou ainda, quando esse foco mágico vem de uma construção antiga em que damos o zoom para uma bela foto.
    Essas pequenas observações, quando tornam-se conduta habitual, criam em nós o costume da gratidão e o aprendizado da valoração da natureza e do ambiente urbano em que vivemos. Aprendemos a perceber e a dar valor ao que, de belo, temos.
    É lamentável quando ouvimos cidadãos desvalorizando seus espaços ou suas praias, cidadãos que costumam passar anos e anos sem ao menos sentar à beira-mar e observar por alguns minutos, ou anos e anos sem ir à praia de sua cidade. Claro que em toda cidade há problemas, isso é inquestionável. Mas criar o hábito de generalizar o mal, e nem perceber a preciosidade com a qual a vida nos brinda gratuitamente, acaba levando a um sentimento geral de desalento e de silêncio, de uma postura do tipo “a mim pouco importa” perante aqueles que conhecem o valor de nossa região, porém dela querem apenas sugar e explorar para seus próprios interesses.
    Há poucos dias, um porto-alegrense, que, pela primeira vez, esteve a trabalho aqui na cidade, foi conhecer a nossa Praia do Forte. Pisou na areia, molhou os pés e disse: “Não acredito!! Água limpa!! Uma praia dessa na cidade e com água limpa!”. Essa fala dele gerou em mim essa reflexão, e eu pensei: “Olha só, ele valoriza algo que, para tantos cabo-frienses que transitam por aí, nem é percebido, tampouco admirado!”.
    Em muitas cidades praianas, inclusive em algumas capitais, o banho de mar costuma não ser recomendado em razão de poluição. As praias frequentáveis ficam bem mais afastadas. Por isso, muitos turistas se encantam tanto com nossa região, pois ainda temos, bem perto de nós, praias lindas e frequentáveis. Ainda podemos observar um pôr-do-sol colorido, podemos sentir uma brisa quase que constante e suave, que torna possível uma vida mais saudável. Se não fosse essa brisa, a sensação térmica seria assustadora!
    Há aqueles que valorizam positivamente e se encantam, como foi o caso do porto-alegrense que mencionei. Entretanto, há também aqueles que conhecem o valor dos espaços, sejam eles naturais ou urbanos, porém os enxergam com olhos de ambição e ganância, ideias de “acessos exclusivos”, “privatizações”, “especulação”. Esses, quando encontram uma sociedade que pouco valoriza seus espaços, que neles não marca presença, que se acostumou a realizar comparações sempre negativas e até preconceituosas, esses acabam contando com um solo farto para suas ações especulativas e seus propósitos destrutivos. Ao contrário, uma sociedade cujos membros são mais presentes nos espaços naturais, valorizando-os, observando as necessidades e pleiteando-as adequadamente, porém sem falas e sem comparações pejorativas e depreciativas, cujos membros sabem perceber a importância dos pequenos detalhes que fazem toda a diferença em prol de um ambiente mais saudável, certamente a “turma” dos especuladores encontraria uma dificuldade muito maior para se apoderar desse ambiente.
    É essencial e urgente que resgatemos, ou que criemos, o hábito de olhar a cidade nossa de todo dia com um olhar mais profundo, empático e consciente.

    Luciana G. Rugani
    Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF e Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA

  • A normalização de Bolsonaros e Marçais flerta com fim da própria democracia… –

    Reinaldo Azevedo

    Que coisa, não é?

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF, segue na mira da extrema direita. Uma tal Marina Helena, por exemplo, candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, participa de um debate e diz que o impeachment de Moraes é a coisa mais importante do Brasil, a exemplo do que fez no do UOL/RedeTV. Até aí, vá lá… A gente sabe o que esperar dessa turma. Não decepciona nem surpreende. Curioso, aí sim, é que “analistas” ditos liberais também tenham escolhido o ministro como inimigo da República…

    E o que foi que ele fez mesmo? Bem, teve e tem tido a coragem de aplicar a lei, seja no comando do TSE, seja na relatoria de inquéritos. Há uma espécie de mantra, muito simples, que esclarece boa parte de suas decisões: “O que é crime fora da rede também é crime na rede”. E isso pode causar muita indignação. Mais: sempre nos limites da lei, Moraes não permite que bandidos utilizem os instrumentos da democracia para fraudar a própria democracia.

    A delinquência analítica que o acusa de aplicar censura prévia quando derruba páginas de criminosos contumazes, por exemplo, finge ignorar o funcionamento da indústria de “fake news” e de ataque às instituições. Não se trata de uma produção artesanal. Há verdadeiras organizações criminosas articuladas com esse fim.

    Retirar uma página no ar por reiterada veiculação de “fake news” corresponde a fechar um desmanche clandestino de carros ou uma central para dar golpes bancários via Internet. O que os críticos de Moraes gostariam que se fizesse em casos assim? Punir-se-iam os responsáveis pelo desmanche ou pela central a cada caso denunciado, mas sem interferir no seu regular funcionamento? E, no caso, funcionariam para quê? Ora, para praticar novos crimes.

    O show de horrores a que se assiste na disputa eleitoral de São Paulo — e parece que poucos se dão conta disto — também é fruto do laxismo na aplicação da lei. Estamos constatando, à luz do dia e em cena aberta, o que pode acontecer numa disputa sem regras — ou pior: as regras objetivamente existem, mas há pouca disposição subjetiva — dos sujeitos — para aplicá-las.

    Sem a força coativa da lei, as coisas se complicam. E isso só demonstra a importância da atuação de Moraes — e, mais amplamente, do TSE — em favor da lisura no pleito de 2022. É compreensível que os bolsonaristas e a extrema direita cultivem um ódio tão dedicado e fanático ao ministro. Em larga medida, ele responde pela lisura da eleição porque não permitiu — ou a mitigou no limite do possível — que a pistolagem tomasse o lugar da vontade do eleitor. Não espero que mereça o apreço de bandidos. Infelizmente, há os que, não sendo bandidos, deixaram-se capturar pela “banditização” do pensamento.

    Por que Pablo Marçal (PRTB) faz o que faz na campanha eleitoral e nos debates em São Paulo? Porque age na certeza de que nada vai lhe acontecer, de que a legislação é frouxa o suficiente para permitir uma interpretação relaxada e de que eventuais sanções serão pouco gravosas. E pronto! A patuscada está contratada.

    Os tempos, convenham, já não ajudam. Os “clowns” sempre apareceram nas disputas. Mas, como é evidente, na era pré-redes, não tinham como ir muito longe — não, ao menos, na disputa por um cargo no Executivo. Hoje em dia, um malandro pode saltar das redes para a cabeça nas pesquisas de intenção de votos num piscar de olhos. E, não raro, o que ele tem a oferecer? Resposta a problemas? Propostas inovadoras? Um entendimento original do mundo? Nada! Bastam discurso de ódio e ataque às instituições, apresentando-se como uma novidade que vai mudar “tudo isso que está aí”.

    É possível, vamos ver, que Marçal não vá para o segundo turno na maior cidade do país. Isso não quer dizer que as instituições e mesmo a imprensa fizeram o que estava a seu alcance para impedir que personagem assim prosperasse. Ademais, sua participação em eleições não é inócua. A contribuição deste senhor ao rebaixamento do debate público é enorme. E, como já experimentamos na pele, os “palhaços macabros” podem, sim, vencer eleições. O custo é gigantesco.

    E não aposte que isso vai passar. Iremos deste ponto para pior. As redes continuarão a vomitar essas personagens tóxicas no processo político. “Mas, afinal, se já ganham tanto dinheiro enganando otários, por que anseiam o poder do Estado?” Porque ali está a fonte da norma. Mais do que a democracia, o que está sob ameaça é a própria concepção republicana de sociedade, daí que um criminoso global como Elon Musk se atreva a se lançar em campanhas contra governos, contra o Poder Judiciário de países, contra qualquer força que imponha algum limite a seus interesses.

    Moraes não trava uma luta contra o bolsonarismo ou contra o X, de Musk. Trata-se de fazer valer uma concepção republicana de poder, em oposição aos que entendem a sociedade como um aglomerado de seres voluntariosos, de modo a que triunfe a vontade daqueles que se mostrarem mais fortes ou mais aptos no jogo do vale-tudo.

    Nessa perspectiva, não há nada de engraçado, jocoso ou irrelevante num Pablo Marçal. Ele é uma figura deste tempo. Consegue ler com rara habilidade as fragilidades do sistema que deveria pôr limites a seus apetites e a seus atos delinquentes. E isso inclui, sim, a imprensa.

    Essas personagens se fazem nas redes, mas contam com a nossa colaboração para normalizá-los. Nota à margem: a ideia de que poderiam ser devolvidas à irrelevância por reportagens esclarecedoras sobre seus malfeitos ficou para trás. Coisa dos tempos pré-Internet. Vejam o que se deu com Donald Trump nos EUA ou com Jair Bolsonaro no Brasil. A extrema direita, habilmente, soube demonizar a própria imprensa, de modo que uma reportagem-denúncia contribui pode fortalecer os vínculos dos “palhaços macabros” com os seus fanáticos, em vez de fazer o contrário.

    Há leis para conter elementos como Marçal. A questão é saber por que não são aplicadas.

    Quanto ao jornalismo, renovo o meu convite à reflexão. Pertencemos, em essência, a um sistema que garante direitos individuais e públicos e que não faculta a ninguém a licença para solapar justamente os fundamentos que asseguram a nossa existência.

    A normalização de Marçais e Bolsonaros estabelece um diálogo com a destruição do próprio regime de liberdades, que é nossa razão de ser.

    Faz sentido?

    Cria corvos, e eles te arrancarão os olhos!

    • Colunista UOL.

  • DARCY RIBEIRO
    Assunto: Darcy Ribeiro (Montes Claros, 26 de outubro de 1922 — Brasília, 17 de fevereiro de 1997) foi um antropólogo, escritor e político brasileiro conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país. Foi ministro-chefe da Casa Civil do presidente João Goulart, vice-governador do Rio de Janeiro de 1983 a 1987 e exerceu o mandato de senador pelo Rio de Janeiro, de 1991 até sua morte.

    Finalmente descoberto o autor dessa foto antológica. Quando foi publicada na autobiografia Confissões (1997) procuravam a autoria! (Página Darcy Ribeiro)

    © Foto de Ayrton Camargo/ Tyba. Darcy Ribeiro na Praia de Copacabana comemorando seu retorno do exílio. Rio de Janeiro, 1976

    “Esta é uma histórica imagem do fotógrafo Ayrton Camargo, da Agência Tyba. Fundada em 1989, a Tyba que é administrada pela jornalista Mayra Rodrigues e pelo fotógrafo Rogério Reis foi eleita a melhor agência de fotografias do Brasil, pela revista francesa Photo, na edição de junho de 2005”. (Fernando Rabelo, 13/09/2023)

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    O PSB 1

    Considerado pelos analistas o partido mais fiel ao esquema político da prefeita Magdala Furtado, o PSB tem como presidente o ex-secretário adjunto de turismo, esporte e lazer, o professor André Carvalho, que também é candidato a vereador. Na coordenação do partido no 1º Distrito está o assessor especial de gabinete, o produtor cultural Juninho Nogueira, membro da executiva local dos socialistas.

    O PSB 2

    A chapa do PSB é bem elaborada e o partido, em outros tempos com discurso mais progressista, se adaptou ao governo de Magdala Furtado (PV). Tenta eleger três vereadores, mas a disputa eleitoral é muito dura dentro de um governo, cujo objeto de reeleição é considerado quase impossível. Caso estivesse na oposição a tarefa evidentemente seria bem mais fácil.

    Fragilidade eleitoral nas proporcionais

    Alguns candidatos governistas nas eleições proporcionais (Câmara de Vereadores) revelam discretamente, que temem que apesar dos esforços do grupo da prefeita, a campanha não levante voo. Até o momento tudo leva a crer que o único que tem força política interna para crescer eleitoralmente e garantir sua poltrona no Plenário Oswaldo Rodrigues é o vereador Roberto de Jesus.

    Alair Corrêa 1

    O ex-prefeito Alair Corrêa deu entrevista leve e bem humorada ao programa Totonho Santos, no bairro de São Cristovão. Alair fez comparações entre as diversas lideranças políticas cabofrienses e avaliou as possibilidades eleitorais de candidatos a Câmara Municipal. Todos eles ansiosos para sentar nas confortáveis poltronas do Plenário Oswaldo Rodrigues.

    Alair Corrêa 2

    Alair Corrêa no início do ano chegou a se lançar como candidato e prefeito, mas aos 82 anos, recuou e passou a fazer parte do extenso grupo político, que apoia o deputado Serginho Azevedo (PL). Atualmente, o ex-prefeito busca levar seu sobrinho Vinícius Corrêa (filho de Achiles Corrêa) de volta a Câmara Municipal, de onde foi cassado pela Justiça Eleitoral.

    Bancos X Cadeiras

    O episódio de José Datena (PSDB) dando uma cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) em meio a um debate eleitoral, lembra o embate entre Alair Corrêa e Ivo Saldanha, na Rádio Cabo Frio AM. Na ocasião, Alair Corrêa, respondendo as provocações de Ivo Saldanha acabou por jogar uma cadeira em cima do adversário. A direção da rádio chamou um carpinteiro e pregou todas as cadeiras dentro do estúdio.

    Marquinho Mendes 1

    Enquanto isso, o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) entra na campanha para manter seu espaço político, buscando se colocar como o “grande eleitor”, fundamental dentro do grupo político da prefeita, cuja experiência eleitoral é praticamente nula. Caso aconteça uma grande virada, Marquinho se colocaria como responsável.

    Marquinho Mendes 2

    O ex-prefeito conjuga a aliança com a prefeita e a campanha de sua esposa para a Câmara de Vereadores, o que é um risco, na medida em que o meio político espera que o ex-prefeito a eleja com expressiva votação. A não eleição de Kamila Mendes (MDB) representaria um baque no prestígio de Marquinho Mendes e certamente atrapalharia seus planos para o futuro.


178 respostas em “BLOG DO TOTONHO”

Tirei o domingo pra ficar “futucando” o meu arquivo profissional, e termino sempre atrás de seu Blog Totonho !
E ele, que me coloca sempre a par dessa ilógica velha e repetitiva política de Cabo Frio !
Mas, é o que temos no momento até as eleições chegarem !
Candidato a prefeitura eu já tenho em que …possivelmente devo votar ; já que o meu título ainda é daí !
Para a Câmara : deixa as águas rolarem , porque até lá, muitas águas com certeza, vao rolar !
Abraços Totonho
Tati Bueno

Recado : Eita preguiça …
Iniciei ontem um texto pra o seu blog Totonho, mas quando terminei, relendo achei muito ruim !
Porque, com essa turma daí, tenho que tentar, pelo menos,subir alguns degraus pra chegar perto …
Mas vou tentar me reorganizar, emocionalmente, quando esse processo judicial terminar para que eu possa, voltar e matar a saudade grande de minha casa ai no Portinho .
Parece que não: mas confesso : só penso nessa volta e estou realmente vivenciando, momentos de grandes ansiedades, com essa volta tão desejada, programada e, não realizada !
Quero a minha casa de volta, quero regar o meu jardim, distribuir bananas e mangas pros vizinhos e, derrubar
principalmente, aquele muro enorme e sem sentido que construíram lá !
Quero vê o pessoal passando sorrindo, quero deitar na rede
com um livro qualquer nas mãos , receber amigos, limpar a piscina , ouvir música e achar ai a vida maravilhosa …
Abraços Totonho e desculpe pelo desabafo …
Tati

Boa noite. O PT há muito tempo não tem identidade aqui nesta cidade, infelizmente essa ”direção” não tem e não teve compromisso com a cidade e o partido, então esses ”novos atores” na coligação não muda em nada o atual momento. E o Lindbergh nunca foi ajudado como deveria e merecia por essa ”direção”, nunca vi uma grande movimentação aqui em torno do seu nome. Sou PT há muito tempo, então…….

Com a queda de temperatura associada às chuvas que chegaram intensas, os animos e os fisiologismos, alteram totalmente, o humano! Como sempre, a Ana Maria, nos trouxe a lembranca do nosso dia a dia,be tem mais agora, a ausencia de nossas autoridades com respeito a falta de luz, em diversos municipios do Estado.

Boa noite Totonho, concordo com tudo o que você falou sobre o PT nessas linhas , porém discordo totalmente quando você falou que o pré candidato do PT fortaleceu o partido, o qual chegou de paraquedas e sem nenhuma identidade, não só dividiu, mas também criou debandada geral, ainda mais apoiado por um presidente local que até agora não disse a que veio. Infelizmente , não sei dizer se aqui ele é um natimorto , ou um zumbi. No caso o partido. E a Mag, não está nem para a cidade , pois não a conhece, não tem o umbigo aqui. Uma lástima……..

Não é um comentario, mas,apreender o que o Totonho, trouxe a baila, o que a Rugani se reportou, antes, muito bom recordar as cronicas de Paulo Mendes Campos e o José Carlos de Oliveira, oque.muito nos enriquece! Semana, expressiva, ao recordar a figura de Teixeia de Souza, parabens para os amigos e conterraneos , !

Boa noite meu caro amigo de pré adolescência e daí pra frente,rrrrrsss, Otávio Perelló, muito bom ler suas linhas escritas nesta blog , boa escrita, sucinta, informativa. Fico feliz por você estar aqui. Abraços.

Bom dia. Só uma pergunta para ”esclarecimentos mais claros”, o PT de Cabo Frio pode enquadrar os outros partidos ? Com qual moral? Não move as ”massas” da cidade, não tem liderança popular, não aglutina a militância e nem faz o coração petista ”ferver”. Só dividiram a militância nos últimos seis anos…….estão querendo o que? há, é o horário político…..

Noto, no seu blog, Totonho, que nada muda em Cabo Frio, a amizade e honras, com uma familia (Bolsonaro )e um lider religioso inexpressivo, ativo pq lhe rende dividendos, fora o aspecto de Lula, viver no seu paraiso! Estamos, a caminho de uma derrocada,não só federal, mas, tambem estadual e municipal. Lembrar, que os Bolsonaros, nunca fizeram na vida e estão ricos, maior exemplo, atual, é o Jair Renan, que nunca acordou e tem um bom capital! E tem mais, não entendo como o Juninho quer se juntar a essa gentalha! Abraços na Rugani e em vc.

Finalmente , conseguir ver a revelação da foto de Evangelos Pagalidis ,a falésia. Com toda a minha idade, não a conhecia, mas, tem a mesma aparencia da falesia do Morro branco, no nordeste!

Hoje o seu blog está imbatível : intercalar velhas matérias políticas, com uma crônica de Rubem Braga musicada pelos dedos mágicos desse violonista : é realmente tudo que precisamos no momento
O resto é lixo !
Tati Bueno

Infelizmente, o PT tem um vice presidente, o Quaqua,que não merece nenhum credito! É capaz ate de aderir ao Serginho! Cuidado?

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