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Pequenas Doses

DISTORÇÃO PARTIDÁRIA

Luiz Antônio Nogueira da Guia.

Distorção

Os partidos que formam a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B) e também o PSB estão ocupados por políticos que nada tem a ver com a história, as propostas e obviamente as ideologias dessas legendas. Essa distorção acontece em Cabo Frio após a Federação Brasil da Esperança ter sido tomada pelo esquema político da prefeitura, com a anuência do PT estadual e nacional.

A Trajetória

A prefeita Magdala Furtado, agora no PV, esteve no Podemos e no PL, e lá estaria se a sigla não estivesse ocupada pelo deputado Serginho Azevedo, que reúne consigo cerca de 13 partidos, inclusive o Republicanos, também tentado pela prefeita. E assim acabou por ancorar no PV, através do seu presidente nacional José Luiz Senna, com o apoio de medalhões do PT, contrariando decisão unânime do Diretório Municipal, que escolheu o nome do professor Rafael Peçanha.

Qual o roteiro?

Muita gente em Cabo Frio indaga quanto tempo Magdala vai permanecer no PV e a frente da Federação Brasil da Esperança. Por seu roteiro político/ideológico, certamente o tempo que resta do seu mandato tampão como prefeita do município. Depois disso, de alguma forma vai se acomodar em outra legenda, que lhe proporcione mais conforto e dificilmente será no espectro progressista, que tanta pancada leva aqui por essas bandas da Região dos Lagos.

Nota de Repúdio

O deputado petista Lindbergh Farias ficou muito mal com o PT de Cabo Frio. O partido fez uma dura nota de repúdio condenando a atitude do deputado ao apoiar a entrada da prefeita de Cabo Frio no PV, isto é, dentro da Federação Brasil da Esperança. Lindbergh havia estado em Cabo Frio e declarado apoio a Rafael Peçanha. Depois dessa, vai ser bem complicado o deputado arrumar votos por aqui.

Rafael: filiação na Rede

O professor e ex-vereador Rafael Peçanha não vai disputar o controle da Frente Brasil da Esperança com o esquema político da prefeitura. Tudo leva a crer que Rafael e companheiros vão se filiar a Rede Sustentabilidade, que está em Federação com o PSOL. O professor mantém sua candidatura ao Palácio Tiradentes, sede do governo municipal. Segundo fontes ligadas ao candidato a formalização da filiação deve se dar no início de abril, nos dias 8 ou 5.

A disputa pela Câmara

A disputa pelas 17 vagas na Câmara de Vereadores tende ser a mais difícil das últimas eleições. Não por acaso, afinal alguns candidatos pertencem a elite da política cabofriense, com grande número de contatos na chamada opinião pública. Nomes como Alfredo Gonçalves, Carlos Victor Mendes, Emanoel Fernandes, Janio Mendes, Luis Geraldo, Milton Alencar Júnior não vão querer ser surpreendidos pela derrota eleitoral.

Eleições proporcionais e majoritárias

A eleição para a Câmara é tão importante quanto a majoritária para prefeito, embora a população dê mais atenção a disputa pela “caneta cheia de tinta”, no executivo. Sem ter base na Câmara nenhum prefeito governa. É por isso, que os candidatos a prefeito gastam tempo e recursos na formação das “nominatas” das eleições proporcionais. Os candidatos a Câmara primeiro funcionam como “cabos eleitorais” e depois como sustentáculo para o governo.

E as contas?

Muitos atores da política cabofrienses revelam discretamente que temem o estado em que vão encontrar as finanças da prefeitura, após o “furacão” chamado Magdala. Arrumar as contas da bagunça dos que o antecederam era a especialidade de José Bonifácio (PDT), sempre preocupado com o futuro do município, sacrificava sua gestão para permitir que o município pudesse planejar olhando para o futuro. Resta saber se o próximo prefeito vai ter olhar semelhante para o povo de Cabo Frio.

A Era do Desperdício

O próximo prefeito de Cabo Frio, independente do partido, vai ter muita dor de cabeça e precisar de muita competência para administrar o município. Nos governos de Alair Corrêa e Marquinho Mendes a cidade teve recursos de um sultanato do petróleo, época na qual os poços da Bacia de Campos jorravam o chamado “ouro negro” em grande quantidade. Agora, com os “poços maduros” ou esgotados, a prefeitura tem o erário bastante combalido e com despesas crescentes. Como resolver?

A Exposição “Wilson TITO Mendes” foi contemplada pelo edital Circulação Cultural, na categoria Obra Acadêmica e estará acontecendo no município de São Pedro D’Aldeia.

A Exposição apresenta a trajetória política de um cidadão comprometido com a democracia, que sofreu as consequências arbitrárias da Ditadura Militar, como prisões durante o Golpe e cassação de direitos políticos.

A proposta da mesma é fazer uma releitura desse episódio trágico do país, integrando a história regional, através da biografia política de Wilson Mendes, trazendo para a retomada da memória, a forma como Mendes e tantos outros foram repelidos de sua cidadania naquele contexto, tendo por objetivo suscitar na sociedade essa consciência histórica, bem como alertá-la para que não seja novamente ameaçada pelas ideologias autoritárias.

Ditadura nunca mais!

Junia Rocha, pesquisadora e curadora da Exposição, é formada em Letras e História, Pós-Graduada em Leitura e Produção de Textos pela UFF e professora aposentada da Rede Estadual.

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