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OS CORAÇÕES SÃO COMO CASAS

Se os corações são como casas, as pessoas que recebem permissão para entrar são como hóspedes e visitantes.
Tem gente que tem coração tipo quitinete: só cabe um visitante de cada vez e tem que esperar que lhe digam para sentar.
Outros têm coração tipo apartamento de solteiro: não é grande mas sempre cabe mais um para passar uns dias.
Existem também aqueles superespaçosos, que poderiam acomodar muitos hóspedes, mas estão sempre vazios, porque as portas e as janelas vivem sempre fechadas.
Por fim, há os corações felizes, que independente do tamanho, estão sempre de portas abertas para receber amigos, tem cheiro de café com bolinho e música.
Há sempre uma toalha de banho e um lugar reservado para alguém quando chega de surpresa.
Esses são os corações que transmitem aconchego, onde se ouve som de conversas variadas.
Em meu coração feliz, confesso que talvez uns poucos não tenham o privilégio de passar da porta, não por mim, mas por não sentirem muito à vontade.
Prefiro que esse pequeno número um dia entenda que a maioria dos que passam pela porta principal é recebida com muita alegria.
Arrisco até dizer que meu coração é tão espaçoso como um duplex, do qual alguns têm a chave e ocupam lugar cativo na varanda com vista para o mar.
Só sairão realmente no último pôr do sol e se dependesse de mim nunca mais.
Assim aqueles que desejarem estar juntos no meu coração, a porta estará aberta com cafezinho quentinho com bolinho com direito a ouvir uma música!

Ângela Maria Sampaio de Souza é Professora.

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