BLOG DO TOTONHO

  • PONTAL DE SANTO ANTÔNIO

    Pontal de Santo Antônio, foz do Rio São João, 2º Distrito de Tamoios, Cabo Frio/RJ.

    Evangelos Pagalidis

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Indecência

    Estranhos, muito estranhos os conchavos que assombram o meio político de Cabo Frio. Os seguidos salamaleques envolvendo Lindbergh Farias, Benedita da Silva e a prefeita Magdala Furtado, para quem conhece a história, beiram a indecência. Depois se queixam da crescente desmoralização da política e dos políticos.

    Federação da Desesperança

    A atual prefeita de Cabo Frio não tem e nunca teve nada a ver com os princípios e programas, que sempre nortearam os partidos que fazem parte da Federação Brasil da Esperança (PT – PC do B – PV). Os marqueteiros estão fazendo “das tripas coração” para transformar esse amontoado, sem conteúdo, em um grupo capaz de administrar a cidade.

    Os “Barões”

    As armações feitas pelos “Barões do PT” e os seus valetes dos “puxadinhos” do PC do B e PV para queimar a candidatura do professor Rafael Peçanha (PSOL) desencadearam um processo, que vai deixar o partido em situação dificílima na eleição de 2026. Afinal essas escapadelas costumam deixar cicatrizes difíceis de sarar.

    A reeleição é tudo

    As mudanças no secretariado municipal continuam acontecendo de acordo com as alianças, desenlaces, sem nenhuma preocupação com o desenvolvimento e a continuidade das políticas públicas. Agora a secretaria de obras e serviços públicos tem novo titular, Luciano Silveira, do PT substitui Carlos Augusto. Outras mudanças vão continuar acontecendo para o governo conseguir cumprir seus acordos de última hora.

    Visões diferentes

    Analistas da vida pública cabofriense, que conhecem muito bem a política local e seus sortilégios, acreditam que a prefeita e seu grupo tentam nacionalizar e ideologizar a campanha, única forma de ter sucesso no projeto de reeleição. Enquanto isso, Serginho Azevedo municipaliza o discurso, com temas muito próximos da população. São visões de mundo diferentes.

    A posição de Serginho Azevedo

    O deputado Serginho Azevedo (PL), líder do governo Cláudio Castro (PL) tem se recusado a debater questões de ordem política e se dedicado a realizações, em particular nos campos da saúde e educação. Resta saber se com o avançar da campanha conseguirá manter essa postura bem mais ao centro, procurando atingir a maior parte da população.

    A capilarização

    A capilarização é o instrumento de campanha mais importante para a Federação PSOL/REDE, que precisa estreitar e ampliar sua relação com a população. Essa conquista é fundamental para que o professor Rafael Peçanha (REDE) possa furar a “bolha”, superando o diálogo com categorias específicas e chegar a falar de fato com a massa da população.

    Memórias da Revolução dos Cravos (1974-2024)

    O Laboratório Educação e República (LER) do PROPED-UERJ, em parceria com a Fundação Casa de Rui Barbosa, em edição do ciclo de debates Encontros para Pensar.

    O que a Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974 continua a nos dizer e a nos inspirar, 50 anos depois? Qual a atualidade do legado e dos valores de Abril em Portugal, no Brasil, na Europa e no mundo?

    Na foto os participantes: Ana Luiza Grilo Balassiano, Lia Faria, sociólogo José Correia Baptista e o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa Alexandre Santini.

    Aniversário de Azul

    Azul, comemorou aniversário com encontro musical no Quiosque da Bel, na Praia do Siqueira. Azul, Diego Matos, Ulisses Rabelo, Vitalino, André Amaral, Carlos Queimado, e DJ Sid, além de participações montaram repertório com samba, sambarock, forró, música ancestrais e umas pitadas de músicas autorais. O evento aconteceu a partir das 17h e foi muito legal.

  • SPARTACUS NÃO LEU MARX

    Cláudio Leitão (*)

    Este texto foi produzido a partir de um outro texto do meu amigo, Professor de Língua Portuguesa, ativista político e ambiental, “cabra de esquerda raiz”, Edson Amaro de Souza. Versa de forma sarcástica e bem humorada sobre a luta de classes e a caracterização equivocada que a extrema direita brasileira dá ao fato. O novo texto reforça também o protesto contra essa onda discriminatória que querem imputar aos professores das escolas públicas de fazer “doutrinação ensinando marxismo e luta de classes nas escolas”, como se o marxismo fosse um grande delírio criado por um judeu ateu maluco para semear a discórdia.

    Se eles fossem honestos admitiriam que Marx não inventou a luta de classes. Ele apenas estudou e escreveu sobre ela. Spartacus e Crixus não eram “filiados ao Partido Comunista de Roma”, mas lideraram os escravos que desejavam lutar por liberdade e não aceitavam mais a cruel servidão a que eram submetidos. Avançando, no século XIV, quando a burguesia começava a colocar suas “manguinhas de fora”, Boccaccio escreveu o “Decameron”, apontando as virtudes dos burgueses e os vícios da nobreza e do clero. Entre as linhas de suas histórias de amor e safadeza se vê um projeto de poder e exploração das camadas mais pobres.

    Lutero teve sucesso em sua revolta contra a Igreja porque a burguesia viu em sua teologia dissidente a possibilidade de se contrapor ao clero e à nobreza. E na mesma época, “hereges” que radicalizaram em sua interpretação do Evangelho se revoltaram e quiseram extinguir a propriedade privada. Não eram comunistas, mas sim, anabatistas. E Engels, parceiro de Marx, escreveu sobre eles no século XIX.

    A Revolução Cubana ainda não tinha acontecido quando Zumbi dos Palmares liderou a resistência dos negros. O PSTU não participou da Revolução Francesa. O PSOL não participou da Independência dos Estados Unidos. Ambos foram movimentos contra a monarquia. Inclusive, na Revolução Francesa o povo quis radicalizar muito mais do que o PCO, PSTU e a UP já ousaram propor até hoje. A Abolição da escravidão no Brasil não foi uma gentileza da princesa Isabel. Foi, novamente, luta de classes, até com uma certa ajuda de liberais.

    A teoria da luta de classes está longe de ser uma fantasia ou uma invenção da esquerda internacional “exportada para o Brasil”. Ela existe desde que o mundo se organizou em sociedade e se iniciou os processos exploratórios de uma classe sobre outra, visando a acumulação de lucros e capital. A produção de riqueza jamais contemplou a todos os povos e classes sociais com igualdade, muito pelo contrário. Uma rápida leitura da história humana no planeta mostra isso com uma clareza indiscutível.

    Portanto companheiros, Marx nada mais fez do que alongar em milhares de páginas o que Shakespeare demonstrou no primeiro ato de “Coriolano”. Que tal a leitura de Shakespeare?

    Claudio Leitão é economista, professor de história e pré-candidato a vereador pelo PSOL.

  • DEUS POR NÓS

    Luciano Barbosa

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia.

    Na noite de ontem Valéria e eu fomos visitar o velho amigo de tantos anos, Moacir Cabral, o criador da Folha dos Lagos e do Dom Cabral, o maior bar do mundo. Conversamos sobre tudo, contamos muitas histórias e reforçamos nossos laços de fraterna convivência. Bebemos alguma coisa, dançamos, rimos bastante e fechamos a casa juntos com o proprietário. Por tudo isso ficou impossível fazer a coluna “Pequenas Doses” para essa sexta-feira, 17. Até segunda!

  • TRANSBORDANDO PALAVRAS

    Ângela Maria Sampaio de Souza (*)

    As palavras têm o poder de tocar, diferente, cada indivíduo que lê!
    Ainda que eu sempre exponha minhas percepções, ao escrever procuro falar de sentimentos comuns ao universo humano, como amor, saudades, amizades, inveja, ciúmes, paixão, espiritualidade e outros mais.
    Entretanto cada pessoa possui uma forma única de perceber o mundo.
    Então quando escrevo deixo meu coração transbordar em palavras, que tocarão de forma diferente cada coração, pois cada um traz dentro de si um sentimento ou uma interpretação.
    Assim nunca sei qual será o impacto causado pelo que escrevo e é melhor assim, para que eu não caia na tentação de escrever somente o que agradaria a esse ou àquele leitor…
    E assim continuo soltando minhas ideias no ar e deixando que sejam apanhadas com mais força por uns, por outros ou por muito poucos.
    As palavras poderão emocionar ou não os corações e solto como pipas que flutuam livremente pelos céus depois que soltamos dos carreteis de linhas que as prendiam a nós!

    (*) Ângela Maria Sampaio de Souza é Professora.

  • NÉVOA EM CABO FRIO

    Névoa bem cedo, em Cabo Frio – Luciano Barbosa

  • PEQUENAS DOSES

    Luiz Antônio Nogueira da Guia

    Cai a cúpula política do Estado? 1

    Nessa sexta-feira, 17, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) julga o pedido da Procuradoria Geral Eleitoral, do MPE/RJ, para a cassação da estrutura política do Estado do Rio de Janeiro. Nela estão incluídos o governador Cláudio Castro (PL), o vice Thiago Pampolha (MDB), o presidente da ALERJ, o deputado Rodrigo Barcellar (União Brasil). outro estadual e dois federais.

    Cai a cúpula política do Estado? 2

    O Tribunal Regional Eleitoral – TRE/RJ, vai julgar nessa sexta-feira, 17, a cassação da cúpula governamental e política do Estado por abusos no exercício do poder político e econômico, além de irregularidades observadas nas folhas de pagamento de projetos da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, no decorrer de 2022.

    O bicho que dá!

    Há quem diga que as chances da queda da cúpula do governo do Estado são mínimas, porque situação política é bem diferente da época em que Wilson Wirzel governava o Rio de Janeiro. Hoje o esquema político do governo controla a Assembleia Legislativa (ALERJ) e tem a cobertura da bancada de deputados federais. Em todo caso, é bom aguardar pra ver “o bicho que dá”.

    O PL e a nominata

    O PL, liderado pelo deputado Serginho Azevedo, anuncia nas redes sociais, que organizou uma forte nominata para a Câmara Municipal. Segundo fontes do partido a pretensão é eleger quatro vereadores. Caso consiga eleger esse número será hegemônico no legislativo com uma forte bancada para respaldar politicamente o futuro prefeito.

    Alfredo & Janio

    Alfredo Gonçalves e Janio Mendes, ambos foram presidentes da Câmara, são ex-vereadores que querem trilhar o caminho de volta ao legislativo municipal. A eleição para vereador é sem dúvida a mais difícil, principalmente numa cidade do tamanho de Cabo Frio, mas certamente, se eleitos, ambos vão contribuir para melhorar o nível do debate, mesmo em lados opostos.

    Os atores sociais, econômicos e políticos

    É absolutamente necessário que o município, que está atolado em uma séria crise há anos, volte a debater o seu futuro. Não basta o executivo decidido a intervir, recuperar e transformar. É preciso um legislativo forte, independente e organizações da sociedade civil bem articuladas, desvinculadas de partidos políticos. O debate enriquecido por esses diferentes atores sociais, econômicos e políticos só podem ajudar Cabo Frio.

    Contradições

    O governo municipal tem sido particularmente desleixado, para dizer o mínimo, com dois setores fundamentais para a cidade: educação e saúde. As manifestações dos servidores desses dois setores tem sido recebidas com arbitrariedade, desrespeito e total falta de atenção. O governo Magdala nada tem a ver com a ideologia e os programas do três partidos que formam a Federação Brasil da Esperança: PC do B, PV e PT.

    Tentando furar a “bolha”

    O candidato da Federação PSOL/REDE, Rafael Peçanha (REDE) tem começado a levantar voo, beneficiado pela inércia da coligação MDB/PDT. O professor participou das manifestações de apoio aos professores, aos funcionários da saúde e contra a espiral de violência contra o público LGBT.

    Encontros massivos

    Serginho Azevedo (PL) tem participado de encontros massivos como o realizado no 2º Distrito de Tamoios, com as mulheres, que apresentaram inúmeras reivindicações ao candidato. Serginho tem optado por falas curtas, em tom otimista e voltadas exclusivamente para os problemas locais, procurando cair mais para o centro.

  • A RELAÇÃO ENTRE O ESPÍRITO TRIBAL DAS “PANELINHAS” E A EVOLUÇÃO DE UMA SOCIEDADE

    Luciana G. Rugani (*)

    “Em nossa sociedade, infelizmente, grande parte das pessoas não são democratas na essência. A partir do momento em que se vive em tribos e, para nelas ser inserido, você precisa se abster de suas ideias, precisa se calar, se omitir, não pode se posicionar contra ou a favor de algo, então não há aí seres essencialmente democratas” – Gabriel Sousa Marques de Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte – CMBH, entrevista do dia 12/9/23, no Youtube da Rádio 98 FM.

    A frase acima foi dita pelo vereador mineiro quando ele falava, em entrevista, sobre certos conflitos gerados por dissensões em grupos políticos, porém sua fala me fez refletir no quanto o seu conteúdo é bem mais frequente do que imaginamos, não somente no âmbito político, mas também nos mais variados setores sociais, e em como isso acaba gerando uma caraterística social.
    Nunca fui adepta das tais “panelinhas”, aqueles grupos fechados, em que geralmente se ouve apenas o que se quer e se fala apenas o que o outro deseja ouvir. Sempre preferi ter minhas próprias ideias e, ao atuar conjuntamente, ter ali o objetivo comum em meio à diversidade de cada um, com respeito e entrosamento e, em certos casos, até mais que isso, com afeto e com acolhimento, aquele acolhimento simbolizado pelo abraço.
    Percebo que, nesses grupos fechados, costuma predominar uma falsa polidez, com agrados muitas vezes insinceros e pouca disposição para algo, de fato, coletivo. Vejo-os muito mais como um meio de promoção pessoal do que união de forças. Quando participamos de algo coletivo, é natural que haja pessoas com diferentes pensamentos e modo de ser, e as diferenças jamais são motivo para isolamento de uns e preferência de outros, pois são algo intrínseco ao coletivo. Creio que as tais “panelas” são fruto de algo que não chegou a amadurecer nas pessoas que a compõem. O espírito tribal seria uma forma de gerar sensação de segurança naqueles que ainda não percebem a própria insegurança, ou preferem protegê-la ao invés de vencê-la, pois, nas ditas “panelas”, estão protegidas de questionamentos, de opiniões diversas e também de situações existentes apenas em suas próprias mentes. Uma pessoa imatura, participante de um coletivo diverso, sente-se ameaçada quando questionada em público, antecipa julgamentos inexistentes e melindra-se com facilidade. Não consegue lidar com o diverso, imagina que todos os olhares serão para si e presume que pensarão isso ou aquilo e, na maioria das vezes, isso tudo não passa de insegurança pessoal e pura imaginação. Uma simples pergunta feita em público já faz com que ela se sinta julgada, quando, na verdade, não é nada disso, trata-se apenas de alguém esperando uma resposta que esclareça sua dúvida. Mas a imaturidade grita mais alto, ela pega para si como se fosse uma ofensa, preconceitua aquela pessoa que perguntou e coloca-se em posição defensiva, como se ameaçada estivesse. O imaturo, então, fecha-se em torno apenas daquelas pessoas que, ainda que não concordem com algo ou que tenham visão diferente, optam por camuflar suas diferenças com sorrisos rasos de concordância.
    Percebo muito isso em nossa sociedade, nos mais variados setores. Quando partimos de circunstâncias micro para circunstâncias macro, vemos que isso acaba resultando em uma sociedade pouco democrática, onde o debate e o esclarecimento são temidos; uma sociedade em que o outro é sempre uma ameaça e onde o olhar para si mesmo, o autoanalisar-se corajosamente para perceber onde é preciso amadurecer é ignorado. Opta-se pela reatividade e pelo fechamento em “bolhas de proteção”, a essência primária das “panelinhas”.
    Creio que quanto menos avançada é uma sociedade, mais presente é esse espírito tribal. Quanto mais avançada a sociedade, maior a presença de seres livres, capazes de conviver harmonicamente com os outros e suas diferenças. O espírito tribal é próprio de sociedades mais infantilizadas. Não é o livre pensador democrata que deve regredir aos tribais, mas sim os tribais que precisam avançar e se libertar.

    (*) Luciana G. Rugani
    Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF e
    Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA


165 respostas em “BLOG DO TOTONHO”

Bom dia, Totonho!
Ver Cabo Frio de longe por suas lente é enxergar um pouco melhor a realidade.
Agradeço pelo retorno!
Fco Póvoas

Boas falas e boas letradas. Agora é hora do saber, o melhor da informação.
Viva a volta do Blog do Totonho!
Salve, o velho Tonhão!

Minha alegria é imensa, Totonho!
Já que não posso ir à Cabo Frio, tu trazes Cabo Frio para mim através do teu blog, tão apreciado por mim desde sempre! Obrigada!

O retorno do Blog do Totonho e a certeza que teremos uma revista recheada de bom humor, poesias, contos, crônicas, provações políticas e memórias infindáveis deste aprazível recanto do país! Como senti falta dele na onda nefasta que nos abateu por quatro anos…

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