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O SILÊNCIO!

Triste perceber o silêncio de uma sociedade, como se ficar em silêncio impedisse o correr mundo das notícias.
A cidade tem convivido com episódios recorrentes de violência na praia e não percebemos movimentos e atitudes contra isso. O caso recente não foi um caso isolado. Tem sido frequente o ataque de barraqueiros despreparados (bandidos mesmo) em cima de clientes que contestam algo na conta. Qq um que frequenta a praia com constância sabe disso. Muitos casos não chegam à finalização trágica como a que aconteceu, porém a intimidação tem sido frequente. E não vemos nenhuma atitude por parte de agentes políticos, e também não percebemos movimento por parte de cidadãos “aparentemente” ativos em movimento sociais. O acontecido merecia amplo repúdio por partes de associações das mais diversas e também por parte de cidadãos comuns, que sabem muito bem se reunir em festas de carnaval, porém mostram-se extremamente individualistas nos momentos em que, de fato, a união deveria prevalecer e fazer a diferença em uma sociedade.
Inaceitável que a lei da força e a barbárie siga prevalecendo em nossa sociedade, inaceitável essa acomodação perante fatos tão graves. Espero que a família do rapaz, vítima desse caso recente, tenha ao menos recebido o apoio psicológico e financeiro por parte do poder público. Será que até isso significa querer demais?

Luciana G. Rugani
Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF e
Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA.

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4 respostas em “O SILÊNCIO!”

Luciana, primeiro , Assombros, agora o Silencio ,que conotações, mas, o Silencio, me assombrou! Que coisa, como se permite violencia em uma hora de recreio! O repúdio deve ser geral,não podemos nos omitir por atos de selvageria por parte de figuras que exploram as pessoas! Grande abraço , estou com vc e não abro!!

É urgente a reorganização nas praias. Esse tema não pode mais ser tratado de forma eleitoreira, como se Cabo Frio ainda fosse aquela cidade pequena do interior. Lembro que o prefeito José Bonifácio nos ensinou essa verdade quando administrou. Em várias ocasiões, tentou reorganizar espaços na cidade, sem se importar se desagradava a alguns. Ele nos fez ver que aquele tempo passou, e que a complexidade da sociedade não comporta mais o estilo eleitoreiro de lidar com a coisa pública.
É preciso que esse assunto seja estudado a fundo e que a questão seja reorganizada. Não adianta apenas limitar a quantidade de mesas, cadeiras e guarda-sois colocada pelos barraqueiros, pois isso é facilmente burlado com colocação de excedente de cor e tamanho diferenciados, como se pertencessem a particulares. É preciso um trabalho estratégico de fiscalização, além de melhor preparo e treinamento para os trabalhadores da praia, afinal de contas, trata-se de um trabalho digno, relevante para a cidade, e que, justamente por isso, os bons profissionais não devem ser penalizados, e ainda, neste ramo de trabalho, não podem permanecer aqueles que não têm preparo para lidar educadamente e respeitosamente com o público.

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