Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, afirma que a grande revolução da inteligência artificial ainda está bem distante e não deve acontecer nos próximos anos.
Durante a pesquisa, realizada entre 2021 e 2022, os pesquisadores buscaram entender como a inteligência artificial estava impactando a vida das empresas dentro da Inglaterra.
Baixos investimentos
Os achados da pesquisa foram surpreendentes: pouco mais de um terço dos empregadores já haviam feito algum investimento em tecnologia.
A maioria dos empregadores, na verdade, nem sequer se preocupa com investimentos em tecnologia para seus funcionários a curto prazo.
Menos de 10% dos empregadores investiram em formação de tecnologia para seus profissionais, e mais de 60% deles afirmam que nenhum de seus funcionários tem habilidades formalizadas no mundo digital.
E a grande pergunta que fica é: será que todos nós perderemos nossos empregos por conta da inteligência artificial? “Essas esperanças costumam ser acompanhadas de medos sobre as consequências para os empregos e até mesmo para o risco existencial”, afirmam os pesquisadores ao canal Euronews.
“Em um momento em que a IA está acelerando a digitalização, é importante ir além do exagero e ter um debate impulsionado por evidências, e não por medo e anedotas”, disse Stijn Broecke, economista sênior da OCDE
Pouca educação
“Nossas descobertas sugerem que é necessário focar em um desafio político diferente. A revolução da IA no ambiente de trabalho ainda não está acontecendo. Os formuladores de políticas públicas precisarão abordar tanto o baixo investimento do empregador em tecnologias digitais quanto o baixo investimento em habilidades digitais, se a economia do Reino Unido quiser perceber os benefícios potenciais da transformação digital”, afirmam os cientistas.
Isto é: sem investimento em inteligência artificial e sem investimento em profissionais capazes de lidar com o aprendizado de máquina (e com a tecnologia no geral), a tendência é que os países fiquem para trás.
Portanto, a transformação digital e, por exemplo, a substituição de empregados por inteligência artificial também depende que a educação das pessoas se revolucione a partir disso.
A maioria das empresas que estão investindo pesado na área de inteligência artificial são empresas da área de tecnologia da informação. O investimento, segundo os pesquisadores, é usualmente rentável e não necessariamente leva a demissões.
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