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Pequenas Doses

PEQUENAS DOSES

Luiz Antônio Nogueira da Guia.

O evento de Rafael

Rafael Peçanha saiu do PT, se filiou a Rede Sustentabilidade da ministra Marina Silva e da ex-senadora Heloisa Helena. O evento, na noite de sexta-feira, 5, celebrou a filiação e ao mesmo tempo promoveu o lançamento da candidatura do professor a Prefeitura de Cabo Frio pela Federação PSOL/REDE. A opção política e eleitoral de Rafael se deu quando medalhões do PT, do PV e do PC do B aliados a prefeita Magdala Furtado (agora no PV) inviabilizaram sua candidatura pela Frente Brasil da Esperança.

Toda sorte de arranjos

O fim de semana foi marcado por toda sorte de arranjos para a formação das famosas “nominatas”. Alguns com sérios confrontos políticos e outros hilários, como a presença do vereador Átila Motta, no PC do B, que um dia foi liderado por João Amazonas e sofreu violenta repressão na Guerrilha do Araguaia. O mesmo se pode dizer do vereador Roberto de Jesus, afinal, no PRTB ou PV? Será um duro negociador ou ambientalista de coração e com grande tradição na luta ecológica em Cabo Frio?

Janio Mendes

O ex-deputado Janio Mendes, presidente do PDT de Cabo Frio, passou os últimos dias em negociações políticas, no sentido de fortalecer a “nominata” dos trabalhistas para a Câmara Municipal. Na majoritária, o PDT está ligado a candidatura da esposa do ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB), a Kamilla, também no velho MDB, partido que um dia foi liderado por Ulisses Guimarães e Tancredo Neves e hoje está nas mãos da Família Reis, em Duque de Caxias.

Magdala, apesar de …

Apesar de ter a “caneta cheia de tinta” de um mandato tampão, que lhe caiu no colo com o falecimento do prefeito José Bonifácio (PDT), a prefeita Magdala Furtado encontrou enorme dificuldade para compor um pequeno grupo de partidos para a eleição de 6 de outubro. Com exceção do PSB, que está no governo desde a época de José Bonifácio, os partidos da Federação Brasil da Esperança, só agora estão chegando num parto extremamente complicado e difícil.

Falta de autoridade política

A falta de autoridade política da prefeita Magdala Furtado (agora no PV) atrapalhou bastante o seu próprio projeto político, que começou errado ao hostilizar o prefeito José Bonifácio (PDT) e seu grupo. A falta de continuidade, com a grande rotatividade dos secretários impediu o desenvolvimento de políticas públicas coerentes, prejudicadas ainda mais pela intervenção constante de vereadores de sua base, que pouco entendem do assunto.

Reeleição: sonho distante

O governo em seu mandato-tampão se resume a apenas um projeto: a tentativa desesperada de reeleição da prefeita e de alguns vereadores da base. Acontece que a perspectiva de renovação do mandato é mínima e na medida em que a campanha eleitoral avançar e a reeleição se tornar um sonho distante, a base de vereadores , certamente vai se desmanchar, tornando a situação da prefeita semelhante a de Adriano Moreno.

Esticando a corda

Enquanto Magdala Furtado se enrolou com o PT, PV e PC do B para criar uma “nominata”, minimamente competitiva para disputar a reeleição, o deputado Serginho Azevedo (PL) conta com bem mais de 10 partidos (perdi a conta). O deputado vai ter o maior tempo no horário eleitoral gratuito e um exército de candidatos a Câmara Municipal, contribuindo para a divulgação da majoritária. Complicado vai ser acomodar essa gente toda: vai ter que esticar a corda.

Municipalização do discurso

O deputado Serginho Azevedo (PL) também tem dedicado boa parte do seu tempo a formatação de alianças, reforçando o discurso municipalista, voltado para os problemas internos do município. Dessa forma não abandona, mas restringe a nacionalização do discurso, que o empurraria para a extrema direita. O deputado voltou a linha do seu discurso para atender as necessidades mais prementes da população, buscando a eficiência da máquina pública.

Pois é!

Além das “nominatas” formais existem as informais, ou seja, candidatos que estão em certa legenda ou federação, mas que por interesses próprios apoiam candidatos a majoritária de outro “departamento”, digamos assim. São bastantes comuns essas “traições” típicas das eleições liberais/burguesas, dentro do chamado Estado Democrático de Direito. Por isso que ao povo parece que nada muda. Pois é!

No apito final!

Quem surpreendeu foi o vereador Davi Souza, que foi líder do governo José Bonifácio e abandonou o PDT, presidido por Janio Mendes. O vereador, que busca a reeleição se transferiu de “armas e bagagens” para o “Bloco Conservador”, dentro do PP. O vereador passou então a integrar o bloco de apoio ao deputado Serginho Azevedo (PL). É uma mudança de rota considerável e realizada quase no apito final da Justiça Eleitoral.

sophiaeditora.com.br

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