Em setembro do ano passado, fiz um texto onde eu dizia o quanto é gratificante ver o fruto positivo de algum trabalho nosso. E eu disse isso porque, na época, eu havia descoberto que um poema do meu livro “Mar de Palavras” teria sido utilizado como parte de um roteiro de estudo de 31 páginas, elaborado para os alunos do 4º ano da unidade municipal de ensino “UME – Professor João Papa Sobrinho”, da Prefeitura de Santos, no Estado de São Paulo. Este roteiro trazia duas vezes, como leitura de fruição, um poema que fiz sobre o mar.
Eu fiquei muito feliz, pois é realmente muito gratificante saber que um conteúdo elaborado por mim foi utilizado para um fim tão nobre como o de educar.
Ao relatar esse fato para um amigo, ele então destacou como seria bacana se o poder público de nossa cidade implementasse um projeto de utilização de textos de autores locais nas atividades educacionais e extra-classe. Eu de pronto concordei e pensei: uma parceria Educação-Cultura, talvez por meio da elaboração de um edital periódico (talvez anual) de seleção pública dos autores locais de forma a possibilitar um rodízio entre os selecionados. Estabelece-se uma quantidade de autores por ano, faz-se a seleção e, no próximo ano, outros nomes, e por aí vai, garantindo possibilidade de participação aberta para todos, valorizando o autor local e incentivando a leitura e escrita no processo educacional.
Detalhes, pormenores e peculiaridades do projeto seriam estabelecidos, mas fica aí a sugestão, a ideia geral, para quem sabe um dia, ser colocada em prática pelo poder público.
Seria uma forma de incentivar e divulgar os autores locais, quase sempre desconhecidos em nossa cidade.
Abaixo seguem partes do roteiro, sendo a primeira página com o cabeçalho e descrição do roteiro e as duas outras páginas onde consta a atividade com o meu poema:
