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REFLETINDO SOBRE A RADICALIZAÇÃO

A disputa política sempre criou inimizades, principalmente entre os protagonistas que buscam o poder. Sentimentos antagônicos, denúncias, brigas, calúnias, mentiras, coleções de Fake news são comuns no meio político, infelizmente, nos últimos anos esses lamentáveis comportamentos atingiram grande parte do povo brasileiro.

A disputa política nos Municípios, Estados e, consequentemente, no Brasil, tem gerado lamentáveis desavenças entre amigos, colegas de trabalho, empregados e patrões. Estamos numa fábrica que destrói reputações, que faz germinar discórdias e intolerâncias nas famílias, rompimento entre instituições e seus líderes.

Esse comportamento é antigo, mas foi consolidado nas eleições de 2018 e tem com apoio da imprensa nacional, se fortalecido nos últimos anos.

Parece que estamos diante de uma partida de futebol. Esquerda e direita guerreiam em função do que eles acham melhor, fazem aflorar a intolerância, o narcisismo exarcebado, o preconceito com quem pensa diferente.
A ordem é cancelar quem pensa e age diferente, não importa a razão, cancelar é preciso.

O Maracanã está lotado, estamos diante de um Fla x Flu. Não usem vermelho e preto, não ousem vestir-se de tricolor.
A bandeira nacional é da direita. Vermelho? Só esquerdista usa.

Transformamos a política nacional numa partida de futebol. Tentamos fazer de nossas opiniões verdades absolutas e continuamos, irresponsavelmente, a impor regras sobre o que de fato não conhecemos.

Somos manipulados pela imprensa direitista, enganados pela mídia de esquerda, em enredos, onde a opinião publicada transforma-se , num estalar de dedo, em opinião pública.

Temos expertise sobre o conflito Israel x Palestina, sabemos exatamente o que é o Hamas, já escolhemos nosso lado, defendemos de punhos serrados nosso ponto de vista que é de direita ou esquerda, sem identificar outros fundamentais valores e conceitos.

Certa vez, Assis Chateaubriand que foi entre as décadas de 1940 e 1960, um dos homens públicos mais influentes do Brasil, dono de uma poderosa rede de comunicação, resolveu contratar um jornalista. Na entrevista, Chatô, como era conhecido, pediu ao profissional que fizesse um artigo sobre Jesus. Imediatamente o jornalista perguntou:
— A favor ou contra, doutor?
—- Não precisa, está contratado!
Respondeu, Chatô.

Com raríssimas exceções, é assim que tem funcionado os meios de comunicação no Brasil. Vez por outra estão nas mãos de banqueiros, dos poderosos empresários ou de políticos inescrupulosos que não suportam conviver com o divergente.

Tem sido assim, infelizmente, isso vai perdurar por muito tempo, é o desejo do sistema.
Que Deus nos dê discernimento para enxergar o óbvio e, principalmente , o querem nos esconder.

Mirinho Braga

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