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Editorial

É necessário furar as bolhas

Alguns intelectuais contemporâneos acreditam que vivemos na época das “bolhas”, com cada grupo social, político, cultural e religioso, vivendo uma realidade própria onde a intercomunicação é praticamente impossível.

Dentro desse parâmetro, conseguir sensibilizar o outro em direção a outras vivências e experiências, enxergando novas práticas e saberes terá o propósito de reumanizar e trazer novas luzes para a chamada Civilização, caso contrário retrocederíamos ao medievalismo ou até a barbárie.

É imperioso não esquecer que o Humanismo, a Renascença, o Racionalismo e o Iluminismo permitiram, desde os séculos XIV e XV, que o homem olhasse para dentro de si mesmo e se enxergasse no outro, como indivíduo pleno de si e como ser social, ou seja, coletivo.

Quebrar este isolamento intelectual e humano, ampliando os limites da convivência, tornando-a possível e imprescindível, transformou-se em ação revolucionária e possibilita crer na possibilidade de uma sociedade mais justa e generosa.

Não é por acaso que Francisco é a voz que os ventos carregam por todo o planeta.

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