
Vácuo político
A atual arrumação política sugere que a esquerda dificilmente terá um candidato próprio a uma cadeira na Assembleia Legislativa. De um modo geral, as principais lideranças políticas cabofrienses, no campo da esquerda, tem compromissos com candidaturas oriundas da capital. O que torna praticamente impossível uma candidatura local.
Adeus Moscouzinha!
Sem uma classe operária sindicalizada, organizada e atuante através de lideranças influentes, a “Moscouzinha” do final dos anos cinquenta e início da década de sessenta, não mais existe. O regime ditatorial instalado a partir de 1964 foi decisivo para o enfraquecimento das principais lideranças sindicais e políticas, através de represão permanente.
Decadência
Cabo Frio, sem a Álcalis e a indústria salineira, hoje tem a economia alicerçada no setor de serviços, que as elites ao longo dos anos não soube cuidar, gerando imenso desgaste ao ativo ambiental e ao patrimônio histórico. A economia decadente gera o imenso número de ressentidos, com uma sociedade bastante conservadora, até mesmo reacionária.

Unicórnio
Analistas políticos dizem que até hoje não conseguiram encontrar aquilo que a grande mídia corporativa assegura existir: a direita civilizada. Segundo esses cientistas políticos de esquerda, seria algo semelhante ao lendário unicórnio, cavalo com um longo chifre em espiral no centro da testa. Por aqui são mais comuns os de dois chifres, digamos assim.
Mandato coletivo?
Segundo algumas fontes oriundas do pensamento de esquerda, no município, a saída seria apostar em “federações formais ou informais” para disputar a próxima eleição para a Câmara Municipal, ou seja, 2028. Há quem sugira exatamente a experiência do chamado “mandato coletivo”, que exige muita maturidade política.
Campo progressista
O denominado “campo progressista”, em Cabo Frio e Região dos Lagos, difere da esquerda por conta das experiências, discursos e práticas e muitas vezes, quando no poder, difere pouco do “campo conservador”. Mesmo assim tem chances eleitorais bem maiores que a “esquerda clássica”, digamos assim.
Incógnita eleitoral
O 2º Distrito de Tamoios é uma incógnita para as eleições proporcionais, deputados federais e estaduais, em outubro de 2026. O 2º Distrito, principalmente as áreas de ocupação recente, despeja seus votos em candidatos da Baixada Fluminense, fortes na região. É de “cair o queixo” como diria minha mãe. Pouco tem a ver com os interesses de Cabo Frio.
Área de influência”
Ser uma área de influência política da Baixada Fluminense não é um privilégio, mas efeito de uma “colonização”, ou seria “ocupação”, sem qualquer estrutura e organização. Com o tempo tudo vai se ajustando, legalizando e criando uma cultura específica do local, mas enquanto isso …. o caminho é longo.
Questão de tom
A utilização de um tom mais agressivo e bastante ironia tem marcado as últimas aparições do prefeito Serginho Azevedo (PL), nas redes sociais, mandando recado das realizações do seu governo. É bastante compreensível a reação do prefeito, em função do momento que está vivendo, mas a moderação pode custar um pouco, mas impede erros, que podem ser evitados.
Palmeiras
A orla da enseada das Palmeiras está merecendo do governo municipal a mesma atenção da Praia do Siqueira. A orla se tornou área de entretenimento de grande parte da população de Cabo Frio. Ali são realizados casamentos, festas de aniversário, especialmente de crianças, piqueniques. É preciso mais atenção com o bairro.


