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 LAGOA DE ARARUAMA – DESAFIO POLÍTICO E CONFLITOS AMBIENTAIS – 10

O texto abaixo foi compilado do livro de FABIÁN ATACÓZ (ORG) RIO DE JANEIRO 2000. Ele está inserido no trabalho de final de curso do Programa de Formação Profissional em CIÊNCIAS AMBIENTEAIS do Instituto de Biologia & Escola Politécnica/UFRJ, sob o título “DIAGNOSE DA LAGUNA DE ARARUAMA – RJ À GUISA DE VISTORIA AD PERPETUAM REI MEMORIAM”

Luiz Fernando Vieira – Oceanólogo, Professor e Ambientalista

Edson Bedim de Azeredo – Advogado, Especialista em Direito Ambiental e Ambientalista

DESAFIO POLÍTICO PARA UM FUTURO MELHOR

Há muito tempo, questão ambiental deixou de ser problema só dos governos em suas políticas públicas e passou a ser parte da vida de cada cidadão. O fato é que, para termos hoje um ambiente sadio e equilibrado, não basta só termos órgãos oficiais bem equipados e atuantes. É claro que isto é importante, mas o trato da gestão do meio-ambiente tem que permear toda a sociedade e ser reflexo da atitude responsável de cada um.

A política mundial, e agora a nacional, passam a dar importância quando adotam a água (corpos hídricos) como referencial de qualidade ambiental, além de considerá-la um bem finito e de valor econômico, diante da triste previsão de que poderá haver conflitos no futuro pela falta de água potável no planeta.

Neste contexto, dentro do Estado do Rio de Janeiro, a Região dos Lagos e a bacia do Rio São João são exemplos de gestão integrada dos recursos hídricos, pois criou o Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias Hidrográficas da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira. (Consórcio Ambiental Lagos São João – CALSJ). O CALSJ reúne o poder municipal, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, empresas privadas e ONG’s, trabalhando juntos na busca das soluções e alternativas sustentáveis.

A Lagoa de Araruama é o exemplo de claro de como este modelo de gestão pode trazer resultados, pois só agora estamos tratando de forma ampla e pratica de problemas como a redução de carga orgânica na Lagoa e de melhor circulação das águas em seu interior.

A força política deste Consórcio certamente será, como já começa a ser, fator preponderante para não só a captação de recursos em projetos de recuperação ambiental, mas para uma descentralização das decisões deste setor, com participação e responsabilidade para todos os segmentos de nossa sociedade, gerando enfim, um compromisso da verdadeira sustentabilidade do meio-ambiente.

Luiz Firmino M. Pereira foi Secretário Executivo do Consórcio Ambiental Lagos São João.

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