Se os órgãos culturais não entenderem que essa é a hora da cultura , ninguém mais entenderá, por tal, sempre valerá a pena lembrar .
Nós, da arte e cultura de base urbana e periférica, somos os únicos trabalhadores que não pedimos os cinquenta por cento antes para produzirmos nossa ação . A fazemos ás custas de muitos sacrifícios, por angústia criativa, por tradição e por prazerosa necessidade artística que só o processo criativo nos dará.
No final, nem sabemos se vamos ter algum retorno significativo de venda ou de público, mesmo assim não paramos de produzir, senão morreremos de inanição criativa. Então, o apoio publico é mais do que necessário. Não que deva ser para nos acomodar, mas para que não paremos de produzir.
Lembrando que, o fomento surgiu da agricultura , no qual o pequeno agricultor ao querer iniciar sua produção ou perdê-la por alguma intempérie , pegava um auxílio com exigências mínimas a fundo perdido para produzi-la ou reativá-la.
Até as grandes empresas e cooperativas agrícolas sugaram e sugam destes benefícios públicos e como somos um país capitalista ganharam o benefício desde a metade do século passado. Agora por ninharias é a nossa vez !
A nossa conquista está sendo lenta, porque também existe quem odeie a nossa função e a democracia ás vezes os permite estarem no poder, mas chegará o dia em que tudo estará tão consolidado que será impossível descontruí-la.
Com a PNAB (Programa de Fomento Cultural) com a sua lei própria, sendo agora perene nossa conquista estará sendo demarcada, cabendo aos nossos abnegados gestores municipais alocarem, pelo menos, o mesmo valor que recebem da União, em seus programas próprios.
Sendo assim, tudo estará posto para grandes conquistas culturais após uma ampla busca ativa para sairmos do sempre mesmo rol de contemplados.
Aí, a minha tarefa de velho militante cultural em puro voluntarismo se dará por parcialmente cumprida…
José Facury
Conselheiro Nacional de Cultura
Balbúrida PoÉtica 6
Artur Gomes e José Facury
Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos
Poetas convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso
Roda de Samba com Clarêncio Rodrigues e Digo da Conceição
Dia 17 maio – 20h
Usina4 – Casa das Artes
Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ
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