A exigência de remodelação do ordenamento urbano tem sido alvo de debate por diferentes setores da sociedade organizada ou não, e de categorias empresariais, que buscam preservar seus espaços e evidentemente seus lucros.
Por muitos anos a cidade de Cabo Frio vem sendo bagunçada, sem qualquer controle real por parte dos organismos públicos municipais, embalados pelo velho discurso que repete o mantra, que nos fins de semana, feriadões e na alta temporada a esbórnia é inevitável.
Os bairros mais atingidos são a Vila Nova, o Braga e o Algodoal, todos na orla do cartão postal de Cabo Frio, a Praia do Forte, a preferida dos visitantes. Na esteira da desordem, engarrafamentos quilométricos, equipamentos urbanos destruídos, ocupação de calçadas, comércio ilegal de mercadorias e exacerbação de atos de violência.
Não se eleva a atividade turística a outro patamar em meio a essa barafunda. É preciso remodelar. Reorganizar, mesmo que no processo de reorganização o lucro de alguns sofra retração temporária e aqueles que não queiram se adaptar acabem optando por deixar o mercado.
É a imagem da cidade como destino turístico que está em jogo.
