Luiz Antônio Nogueira da Guia.
A composição do secretariado
A composição política do novo governo, a princípio, contempla todos os setores e nomes que participaram da campanha e ajudaram a construir e fortalecer a candidatura do então deputado Serginho Azevedo (PL). Parte do secretariado é formado por políticos locais e outra pela chamada área técnica.
Coragem & Ponderação
O prefeito eleito tem grande experiência no Legislativo, afinal ninguém é líder do governo na Assembleia Legislativa (ALERJ) por acaso, mas vai precisar ser “cascudo” para enfrentar algumas questões sérias inerentes ao Executivo. Questões que se não forem analisadas com muita coragem, mas também com sensatez, podem fazer com que um projeto dê com os “burros n’água”.
Habilidade será fundamental
O prefeito eleito tem reiteradamente observado que pretende mudar a concepção de governo, que deve ser centrado no desenvolvimento econômico, utilizando a ferramenta tecnológica. O prefeito terá que exercer toda a sua habilidade para não fazer concessões no seu projeto de organização e reorganização do município.
A Oportunidade!
Cabo Frio tem a grande oportunidade para mudar radicalmente sua política de turismo, se é que tem alguma. É hora de fomentar nova política pública capaz de colocar o Turismo como mola propulsora do desenvolvimento da cidade, mas pra isso vai ter que destravar inúmeros obstáculos, com o apoio irrestrito do prefeito e de sua equipe. Caso contrário, nada feito!
Choque de ordem
O choque de ordem pode ser feito com rigidez sem truculência e ao mesmo tempo freando a goela de políticos ansiosos por cargos, benesses e toda sorte de privilégios para si mesmos e cabos eleitorais. O atendimento dessas demandas terá que ser examinada com muito cuidado e seletividade, sem o qual o projeto do novo governo, naufraga.
Ação certeira
A Praia do Forte, a Praça da Cidadania, a orla do Canal do Itajuru e as praças do município aguardam ação certeira das autoridades, revisando antigos privilégios e entregando a população espaços públicos que foram tomados indevidamente. Em regra, por decisões da chamada politicagem barata, que entregou a alguns o espaço, que deveria ser de todos.
“Quem pode, pode. Quem não pode, se sacode” 1
O velho e manjado ditado popular dá bem a medida da reação de boa parte da população cabofriense em função da invasão da cidade na chamada “Alta Temporada”. É o chamado “turismo de massa”, que tantos problemas geram em diferentes lugares do Brasil e do planeta: o primeiro deles é a inevitável destruição dos equipamentos urbanos, comprados com dinheiro público e destruído por vândalos.
“Quem pode, pode. Quem não pode, se sacode” 2
Os inconvenientes são tantos que a fração da sociedade que pode se manda pra serra ou aproveita e época para viajar para outros cantos do Brasil e do mundo. Quem não pode, se encolhe, se esconde e fica por aqui mesmo segurando o tsunami, que se abate, sem controle, sobre o município.