Leandra Ferreira Bento (*)
Esses dias me deparei com uma advertência. ” Não levem seus filhos para assistirem ao filme : A Arca de Noé. E em tópicos faziam várias observações quanto ao conteúdo ” demoníaco” e desvirtuante de várias passagens do filme. Não vou me estender aqui reproduzindo nos detalhes a inflamada crítica ao comportamento corrupto do Leão, ao questionamento de uma das personagens por não incluírem casais LGBTQI +… Para estar na arca… Caros amigos…eu não vi ainda o filme. Mas… o que pude concluir…de uma “resenha” tão…detalhada, é que o filme com uma inspiração maravilhosa, trouxe aos olhos temas contemporâneos a luz, para novamente nos oportunizar juntos de nossos filhos, discutir. E junto com poemas de Vinícius e música, arranjos de Toquinho. Essas músicas permearam minha infância e revivi cada uma delas com minha filha, que hoje, já possui 20 anos.
E o que seria de nós sem a arte, sem a música? O tempo passou … Mas “A casa, O Pato… O Peru… A Galinha da Angola”, ficaram eternizadas na memória coletiva da minha geração e de muitas mais. O roteiro…pelo que entendi… Busca personificar as ações humanas por meio das ações das personagens animais: a corrupção, o preconceito, o neoliberalismo… E isso é genial. No fim da censura, relatam como o Noé é tratado como um lunático pelos animais que estão na arca. Mas não foi exatamente assim que os seres humanos da época o trataram? Então…como disse um amigo, vamos ver o filme, galera.
(*) Leandra Ferreira Bento é Professora.