Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Calçadas, para que te quero
Circular no centro de Cabo Frio pelas calçadas é um exercício de cuidado e paciência, com altos e baixos, depressões e buracos, para a alegria das clínicas e médicos da área de ortopedia, alguns, inclusive foram prefeitos: Marquinho Mendes e Adriano Moreno. O desrespeito é total: as mesas ocupam toda a calçada e o cidadão que passe pelo meio da rua, com o risco de ser atropelado.
No meio da rua
No bairro da Passagem (centro gastronômico?) certos bares e restaurantes, em flagrante desrespeito as normas, ocupam as calçadas e até mesmo a metade da rua, sob o olhar complacente das autoridades municipais, que de autoridade mesmo não tem nada ou se tem não a exercem. Uma bagunça ou seria uma vergonha? O leitor e/ou eleitor pode escolher ao seu bel prazer.
Reorganização
Não há dúvida que Cabo Frio precisa, com urgência, de um choque de ordem. O problema é que esse projeto é anunciado durante a campanha e todo mundo diz que quer, mas na hora de realizar, a gritaria contra faz com que o novo gestor desista da empreitada. O pior é que a oposição ao reordenamento e reorganização parte de empresários e vereadores, que falam em reorganizar, mas no quintal do outro.
Cientistas políticos?
Foi tempo que analistas eram, verdadeiramente, cientistas políticos capazes de mensurar cada respiro dos candidatos e dos grupos que o apoiavam com precisas e preciosas avaliações. Agora, não! O diagnóstico não é sem pé, nem cabeça. É uma centopeia, tal a quantidade de doideiras e absurdos que surgem a todo instante.
Quadro eleitoral
O quadro eleitoral da majoritária em Cabo Frio não tem sofrido alterações, que possam ser dignas de nota, mas é sempre bom ficar atento, porque como dizem os experientes observadores do céu, as nuvens podem mudar de formato, ao sabor do vento, de uma hora para outra. Até aqui as campanhas de Magdala Furtado (PV) e Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) não encontraram a pista livre e desimpedida para decolar.
Propostas diferentes
Os outros dois candidatos, o engenheiro Fernando Luís Cardoso (NOVO) e o estudante e motorista de aplicativo, Vinícius Seguraço (UP) parecem apenas compor o quadro eleitoral democrático. Ambos estão colocados em campos políticos e ideológicos diametralmente opostos, embora o município ainda não tenha tido a oportunidade de um grande debate para ouvir a todos.
Faz falta
A prefeita Magdala Furtado (PV) tem tido pouco a dizer na sua campanha eleitoral, além da dancinha com o seu vice, o vereador Léo Mendes (MDB). Embora tenha o título de coordenador político da campanha o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) não parece muito habituado ao “cargo”. Afinal, o ex-prefeito não tem mais ao seu lado a habilidade e inteligência de Roberto Pillar.
Do outro lado do rio
Enquanto isso, “do outro lado do rio”, o deputado Serginho Azevedo (PL) vai se equilibrando em meio a sua extensa e diversa aliança e até o momento não sofre defecções tão típicas do projeto de reeleição da prefeita. As diferentes “coordenações” tem a amarrá-las o próprio candidato que dá mostras de não abrir espaço para qualquer forma de dissenção.
Antes Moscouzinha …
O envelhecimento da população, o crescimento do setor de serviços, os efeitos das políticas neoliberais e o abandono dos trabalhadores pelas legendas socialdemocratas são apontadas como causas do crescimento do conservadorismo na sociedade. Em Cabo Frio, que antes de 1964 foi apelidada de “Moscouzinha”, o efeito é bastante evidente.
Refinaria
O jornalista e escritor, Rodrigo Cabral, filho do fundador da Folha dos Lagos, Moacir Cabral, marcou para outubro, 25, o lançamento do seu primeiro livro, “Refinaria”. Será no Espaço Cultural da Sophia Editora, na rua Major Bellegard, centro de Cabo Frio. Rodrigo Cabral tem ampliado consideravelmente o espaço editorial, em Cabo Frio e Região dos Lagos.