Categorias
Pequenas Doses

PEQUENAS DOSES

Retirada da lama fétida 1

Um amigo-leitor da coluna “Pequenas Doses” e antigo morador da Praia do Siqueira disse: “olha, fui lá e observei uma parte da draga ali na frente da escola, perto da morada do samba, mas não tá completa não. Dentro da lagoa não tem nada não, e ainda não chegou a balsa, nem o tubo que puxa o lodo.

Retirada da lama fétida 2

Estamos em 6 de novembro e até o momento nada da obra de retirada da lama fedorenta, fruto de uma poluição, que se alonga com os anos e prejudica a população. Na data, de 1º de novembro, pelo jeito simbólica, a lama deveria começar a ser retirada para alívio dos moradores do bairro e da sociedade cabofriense como um todo.

Solução paliativa

A retirada desse lodo, que tanto tem marcado a Praia do Siqueira, é apenas uma ação paliativa conjunta da Prefeitura de Cabo Frio, do INEA e da Prolagos: não é a solução definitiva. Essa pode vir com a construção da rede separadora, do cinturão no entorno da laguna e a entrada em funcionamento da Estação Terciária de Tratamento de Esgoto.

David Ricardo

Os comentaristas de futebol sempre lembram que tem coisas que só acontecem com o Botafogo. E eles tem razão, o “Glorioso” tem um jogador chamado David Ricardo, que, inclusive, fez o terceiro do time contra o Vasco, na noite de ontem. David Ricardo (1772/1823), economista inglês, nada mais, nada menos é um dos pais da teoria do Liberalismo Econômico, cujo nome foi parar na defesa do alvinegro carioca.

Fracasso 1

Em qualquer governo de país civilizado uma ação policial, que resulte na morte de 130 pessoas levaria a responsabilização política, administrativa e penal do governante, independente de questões políticas e ideológicas.

Panos de Bunda

No mínimo, a renúncia ou o impedimento para coroar o fracasso de uma proposta, cujo sinônimo é a morte. Caso vigorasse o sistema parlamentarista de governo, certamente o Parlamento pediria de imediato um “voto de desconfiança” e o governante seria obrigado a pegar seus “panos de bunda” e renunciar de imediato.

Fracasso 2

A cara do fracasso, o governador Cláudio Castro ainda deve a petulância de dizer que pode ser candidato a presidência da república caso o governador de São Paulo, Tarcício de Freitas não possa ou não queira empalmar a corrida presidencial. O governador Cláudio Castro é a cara da decadência do Estado do Rio.

Não se homenageia a tortura e a morte

Não se homenageia a tortura e a morte, venham de onde vier e muito menos quem as defende como instrumento de poder e aplauso. Como diz um antigo pensador cristão/católico, “Jesus não morreu em um desastre de camelo, nas ruas de Jerusalém.” Jesus foi torturado até a morte. Portanto …

Convite

A coluna convida os leitores a não abrir mão da leitura do artigo do Arcebispo de Cachoeiro do Itapemirim, Dom Luiz Fernando Lisboa:

QUANDO O CRISTÃO COMEMORA A MORTE, O EVANGELHO SE CALA 

O recente confronto policial no Rio de Janeiro, que deixou mais de cem mortos, escancarou uma ferida antiga do Brasil: a banalização da vida. Diante de tanta violência, muitos se calam. Outros, pior ainda, comemoram. Mas o discípulo de Cristo não pode aplaudir a morte de ninguém. Quando a sociedade celebra o sangue derramado, o Evangelho se cala — e com ele morre um pouco da nossa humanidade. 

A Igreja, desde os primeiros séculos, ensina que a vida humana é dom de Deus, e que ninguém tem o direito de destruir o que pertence ao Criador.2  

A indiferença diante da morte, especialmente quando celebrada, é o sintoma de uma fé adoecida e de uma espiritualidade atrofiada. 

A fé cristã não negocia a dignidade. Cada pessoa — inclusive quem errou, quem caiu, quem se perdeu — é imagem e semelhança de Deus (Gn 1,27). Toda morte é uma perda para a humanidade, não uma vitória.  

Jesus não festejou a queda dos pecadores; A fé verdadeira chora as mortes e luta para que não se repitam. 

A Igreja não se omite, mas também não se alegra com a destruição do outro. Evangelizar é defender a vida sempre — até o último sopro.3  

O Papa Leão XIV recordou recentemente que “não se pode ser contra o aborto e, ao mesmo tempo, defender a pena de morte: a coerência evangélica exige uma ética integral da vida”.4  Essa afirmação ecoa a tradição doutrinária que sempre colocou a vida humana — em qualquer estágio ou condição — como bem inviolável e absoluto. 

A justiça é necessária, mas sem misericórdia, ela se torna vingança. O Papa Francisco recorda que “nenhuma paz é duradoura quando se constrói sobre o sangue dos irmãos”5. A verdadeira justiça quer restaurar, não eliminar. Defender a vida não é proteger o crime, mas reafirmar que o mal se vence com o bem (Rm 12,21). A segurança pública precisa caminhar junto com a inclusão social, a educação, a escuta e o cuidado. 

A paz nasce da justiça, mas só floresce com a misericórdia. A misericórdia não é fraqueza, mas força moral e espiritual capaz de desarmar os corações. Como ensina  São João Paulo II: “A justiça sozinha não basta; é preciso que o amor se torne mais forte que o pecado.”6 

Vivemos uma cultura que confunde justiça com vingança e ordem com violência. Nas redes sociais, as tragédias viram torcida; o sofrimento alheio, espetáculo. Evangelizar hoje é mudar essa lógica. Torna-se cada vez mais necessário evangelizar a cultura dominante para que aconteça a revolução da compaixão. A cada a dia somos chamados, como Igreja, a formar corações compassivos, que saibam sentir antes de julgar, cuidar antes de condenar.  

A prevenção — na saúde, na educação, na segurança — é a nova revolução cristã: a revolução de quem cuida antes que o mal aconteça, de quem estende a mão antes que o outro caia.  Como já alertava Leão XIII, “a sociedade se desintegra quando o amor deixa de ser a medida das relações humanas”7. Evangelizar, portanto, é reintroduzir o amor como critério social e espiritual. 

Ser cristão é acreditar que a vida tem sempre a última palavra. Diante da violência e do ódio, o Evangelho nos convida à conversão do olhar: a trocar a indiferença pela solidariedade, a vingança pela compaixão, a comemoração da morte pela promoção da vida. Em Mateus 5,9 lemos: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.”  

 Em tempos de morte e celebração do ódio, o cristão é chamado a ser voz de ternura. Quando o mundo aplaude a destruição, o Evangelho nos envia a reconstruir. Essa é a verdadeira revolução da fé: cuidar da vida, sempre. Como nos alertou o Papa Francisco: “Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro que morreu foi você mesmo.”8

(*) Arcebispo de Cachoeiro de Itapemirim – ES

(**) Site da CNBB.

Referências 

JOÃO PAULO II, Papa. Evangelium Vitae. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 1995. §53. 

CONCÍLIO VATICANO II. Gaudium et Spes. Vaticano, 1965. §27 

LEÃO XIV, Papa. Discurso aos Representantes das Igrejas e Religiões sobre a Ética da Vida. Vaticano, 22 jun. 2025. In: AP News, “Pope Leo XIV says pro-life means rejecting death penalty too”, 23 jun. 2025. Disponível em: https://apnews.com/article/0359c6953303524e5d2387d61e53f474 

FRANCISCO, Papa. Mensagem para o Dia Mundial da Paz. Vaticano, 1 jan. 2020. 

JOÃO PAULO II, Papa. Dives in Misericordia. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 1980. §12. 

LEÃO XIII, Papa. Rerum Novarum. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 1891. §23. 

FRANCISCO, Papa. Homilia na Missa em Santa Marta. Vaticano, 19 abr. 2016. 

Trajetória de Tânia Arrabal

Foi uma semana complicada pra mim…algumas surpresas indesejadas e notícia ruim.

Mas faz parte. É a gira da vida! É o movimento de estar respirando…

Recebi 3 prêmios em 2025: 2 solos e 1 coletivo. Dando assim o impulso pra continuar o que busquei e continuo a buscar nessa vida. Das 3 premiações essa ilustrada pelas fotos foi a conquista maior . Pois foi um desafio chegar até aqui. Sofri preconceito por ser mulher no meio de bonequeiros…e isso de fato me fez mexer com muita coisa e eu amo ser desafiada. Mas provar pra mim mesma que eu seria capaz é o desafio maior e eu consegui! Não suporto ser comparada com esse ou aquele. Eu SOU EU. E posso fazer o que quiser.

Tenho 4 pessoas para agradecer….

Em primeiro lugar,o meu filho Ravi Arrabal Heluy por me provocar mesmo sem ter a intenção, a me tornar uma mãe de bonecos.

Em segundo lugar, a minha amiga Silvana Lima por ter acreditado no meu potencial e tornar possível o “meu lugar ao sol”

Em terceiro,os parceiros de sempre :José Facury Heluy (amor e mestre das palavras) e Clarencio Rodrigues (mestre dos bonecos).

É um time! Amo cada um de vocês! E venho à público agradecer.

Nesse edital Trajetórias Artísticas,Culturais e Tradicionais de Cabo Frio, onde fui reconhecida como MESTRA reflete todo um trabalho construído nesses 45 anos de vida artística.

O coração está em festa, sereno, recheado de gratidão.

Viva a cultura,que é comemorada nacionalmente no dia de hoje.

Esse certificado vai entrar para somar no currículo de forma muito especial.

Agradeço ao secretário de cultura Carlos Ernesto e a supervisora de editais Josephane Da Silva Lima

Compartilhe este Post com seus amigos:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *