
As dissenções
As dissenções que ocorrem no governo de Serginho Azevedo (PL) até o momento não atingiram a Câmara, ao menos publicamente. Parte da Câmara é formada por suplentes, que assumiram o mandato quando os titulares foram chamados para ocupar secretarias. Isso, evidentemente, segura a insatisfação, porque nenhum deles quer abandonar o Plenário Oswaldo Rodrigues.

Pois é …
O Plenário Oswaldo Rodrigues e suas fabulosas poltronas não são os únicos motivos para aplacar possíveis insatisfações entre os vereadores. Os vereadores, conforme sua importância política e eleitoral, tem um número de cargos na administração pública. Perde-los seria desastroso para a maioria dos membros do poder Legislativo. Afinal, tem eleição dentro de 4 anos.
Apenas nuances
A maioria absoluta dos vereadores faz política com base no clientelismo. A própria formação da Câmara demonstra essa realidade. Não existe nenhuma diferença política ou ideológica marcante, apenas nuances, dentro de uma formação política bastante pragmática. A defesa de princípios ideológicos ficou de fora da Câmara, na eleição de outubro de 2024.
Patrimonialismo & Clientelismo
O patrimonialismo e o clientelismo não são privilégios do governo de Serginho Azevedo (PL) e tem se acentuado na medida em que se aprofunda o esvaziamento econômico do município. O período de ouro dos royalties do petróleo foi desperdiçado com obras de fachada e ampliação do clientelismo, quando a cidade merecia e precisava de investimentos produtivos.
Hegemonia do “Bloco Conservador”
O crescimento dos partidos que compõem o chamado “bloco conservador” foi evidente, na eleição de outubro de 2024, de tal forma que os progressistas não conseguiram fazer nenhum vereador. Não é por acaso, que ao menos publicamente o prefeito Serginho Azevedo (PL) não tem oposição no Legislativo. As dissenções que existem, até agora não repercutiram publicamente na Câmara.
Progressistas, sem bloco
Na eleição de 2024 não existiu efetivamente um “bloco progressista”, na medida em que o PV apoiou e deu a legenda para a candidatura a reeleição de Magdala Furtado e o PT se dividiu entre a prefeita e a candidatura do professor Rafael Peçanha, da Rede Sustentabilidade, aliado ao PSOL. A Unidade Popular (UP) teve candidatura própria.
Denominador comum
Não é pequeno o descontentamento de boa parte de hoteis/pousadas e prestação de serviços, na área do turismo receptivo, com as políticas públicas desenvolvidas pelo governo. Boa parte reclama de falta de debate e de medidas, que, segundo eles poderiam ser objeto de flexibilização, encontrando denominador comum entre a prefeitura e a iniciativa privada.
A recuperação do Centro
O Blog continua defendendo que o ressurgimento econômico/comercial do centro de Cabo Frio está ligado a articulação turística/cultural entre os patrimônios já catalogados na área: MART, no Convento de Nossa Senhora dos Anjos; Capela de Nossa Senhora da Guia; Matriz Histórica de Nossa Senhora da Assumpção; o Palácio das Águias e o transporte lacustre ligando o centro ao Polo de Moda Praia, na Gamboa.
Vexame
O Terminal Rodoviário Alexis Novellino continua um vexame: lá tudo é ruim. Não pode existir turismo receptivo decente com uma rodoviária, que entristece o visitante só em olhar. Até mesmo o CAT (Centro de Atendimento ao Turista), que ficava no espaço do guichê da Auto Viação Macaense, foi desativado desde o governo de Magdala Furtado (PV) e não foi reativado até os dias de hoje.
Ponto final!!!
Os centros de atendimento aos turistas foram sendo desativados ao longo dos anos. Hoje só resta um ponto, no Museu do Surf, na orla da Praia do Forte. Lá resta uma plaquinha e dois funcionários concursados, que na maior boa vontade atendem e dão as explicações necessárias ao visitante. Ponto final.
Correio Braziliense
Apesar da falta de estrutura evidente em diferentes áreas públicas e privadas, Cabo Frio continua atraindo não apenas visitantes ocasionais, mas muita gente decidida a adotar a cidade como sua, objetivando melhorar a qualidade de vida. É nessa linha a matéria do ‘Correio Braziliense”, o mais importante jornal da Capital Federal.
“Urbi et Orbi”
Como o Blog do Totonho não é monetizado, não possui equipe de reportagem e não busca “furos” ou “notícias”, mas a leitura e interpretação das mesmas, boa parte das matérias são enviadas por leitores (as) atentos ao que acontece “Urbi et Orbi”. Agradecemos a imensa colaboração de todos, sem o qual o blog não existiria.
