
No Brasil surreal de hoje a educação e os professores são criminalizados e comparados a traficantes nas falas de deputados obtusos e ignorantes. Isso não é diferente aqui na nossa cidade, pois alguns vereadores “odeiam” professores. E o pior, eles bradam sua ignorância para aplausos de muitos outros ignorantes e obtusos.
O principal representante deste lado da extrema ignorância no país é sem dúvida o clã Bolsonaro, capitaneado pelo escroque-mor e gerador desta “manada”, Jair Messias Bolsonaro. Aqui em Cabo Frio, são liderados pelo Dr. Serginho e seus candidatos a vereadores. Entretanto, para ser justo, reconheço que mesmo ali há algumas exceções.
Essas figuras patéticas não são apenas de extrema direita, são de extrema ignorância e extrema burrice. Este viés neofascista que estava escondido nos “esgotos da consciência” desta turba, veio à tona com a eleição de Bolsonaro em 2018. A partir daí saíram do anonimato as mais bizarras figuras, com algumas até se elegendo a cargos no executivo e nos parlamentos municipais, estaduais e federal.
Nesta geleia geral vieram também alguns políticos oportunistas atrás destes votos, mas que de uma forma ou de outra ainda conseguem manter nos espaços públicos e instituições um patamar razoável de civilidade. Com a derrocada de Bolsonaro, envolvido nas mais escabrosas “mutretas”, inclusive acusação de tentativa de golpe de estado, estes, tendem ao afastamento deste extremismo imbecilizado. Isso certamente representará o enfraquecimento desta extrema direita nas eleições municipais.
Os professores “traficam” sonhos, esperança, conhecimento, justiça social e dignidade. Lutam diariamente para educar milhões de crianças e adolescentes neste país, neste estado e neste município, muitas vezes vivenciando uma situação precária em termos de estrutura, principalmente na área pública da educação. Possuem uma fibra rara e continuarão sua tarefa pedagógica com coragem e determinação a despeito destes idiotas que teimam em não reconhecer o valor da educação e seus respectivos profissionais.
O “professor doutrinador” para estes beócios é o que ensina o aluno a pensar, que fala de direitos humanos e desigualdade social, que ensina a tolerância e o respeito a todas as opções de vida. É o professor que não pratica a “educação bancária” e que respeita todos os saberes.
Estes políticos da extrema direita não contribuem em nada com as mais diversas políticas públicas, apenas destilam seu ódio, sua burrice e a bestialidade que os caracterizam. Eles vão passar. Pode demorar um pouco, mas eles com certeza vão passar. Entretanto, que tal começarmos este processo em outubro de 2024?
Claudio Leitão é economista, professor de história e pré-candidato a vereador pelo PSOL.