A colocação do turismo de Cabo Frio em outro patamar tem sido alardeada pelas autoridades locais. É a princípio uma boa iniciativa, porque a imagem da cidade vem se deteriorando há muito tempo: barraqueiros privatizando as areias das praias, excesso de ambulantes, flanelinhas extorquindo visitantes e assim por diante.
O governo, desde o seu início vem implementando o que chama de política de reordenamento e reorganização, nas praias e nos entornos. Encontra resistência, em função de práticas arraigadas, que favorecem a ganhos de determinados grupos, que procuram enfraquecer a política seguida até aqui.
Entretanto, para colocar o “turismo em outro patamar” a reordenação não basta. Vai ser preciso repensar todo o processo que envolve pousadas, hotéis, restaurantes, eventos e restauração do patrimônio, seja ele cultural, histórico e natural, além de investir em novos atrativos.
Não é uma tarefa fácil, mas necessária.
