Ousadia
Não ouso escrever algo que não sei
Escrevo algo que vislumbro
Que sai da mente farta de ditados
Que força a descida do lago até o mar de ilusões
Não ouso escrever em local que não assento
Escrevo coisas que infestam minh’alma
Que sai da mente às vezes incongruente
Que insiste em ser agora o que um dia poderá ser
Escrevo a vontade que me toca
A arte que implica volúpia
Sem a certeza de sempre acertar
Enfim nada é em vão
Minha escrita pode agradar ou não
Nessa inteireza sossego meu coração
Hairon H. de Freitas
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