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Crônica / Conto

DOUTRINAÇÃO MARXISTA NAS ESCOLAS

Cláudio Leitão (*)

Eu odeio a doutrinação marxista nas escolas!

Todo dia antes de começar a aula os alunos cantam a Internacional. Depois do hino, o professor tem que ler trechos do Manifesto Comunista porque eles dizem que é universal, mesmo que ele não acredite em Marx. Aliás, o professor tem até medo de falar que não acredita em Marx porque vão olhar para ele com pena e começar a citar todas as suas obras. Isso sem falar das possíveis punições.

Em datas festivas, essas que viram feriados, tipo “Nascimento de Marx” ou “Marx Ressuscitado”, os alunos e professores são obrigados a ficar em silêncio para que pessoas especiais falem sobre a revolução em nossas vidas. O slogan preferido é aquele clássico: Trabalhadores do mundo, uni-vos!

Em todas as escolas tem na parede quadros representando uma foice e um martelo mostrando a união entre os trabalhadores do campo e da cidade. Os pais adoram estes quadros. Tiram até fotos. O uniforme dos alunos é de um vermelho reluzente. Os meninos de bermuda e as meninas de saias que cobrem os joelhos. Aqueles que ainda não sabem o que são escolhem o uniforme que mais lhes agrada. Os banheiros são compartilhados.

Os professores não são obrigados a irem de vermelho. A maioria, inclusive, prefere ir de verde ou amarelo, lembrando as cores da nossa bandeira, fazendo um belo mosaico de cores na sala de aula. Já os diretores e dirigentes de turno fazem questão do vermelho. Sabe como é, hierarquia é hierarquia.

Pedagogos como Paulo Freire, Jean Piaget e Lev Vygotsky são exaltados e juntos com Lenin, Trotsky, Rosa Luxemburgo, Gramsci e Brecht, são leituras obrigatórias na escola. São os autores mais disputados na biblioteca. É lindo ver os alunos se tratando pelo termo “camarada”. Tem o Camarada Pedrinho, Camarada Joaozinho, Camarada Mariazinha, Camarada Lorrayne (este nome é sinal dos novos tempos), e por aí vai. Todos sempre dizem ao se cumprimentar: Marx te ama!

Educação sexual, diversidade e identidade de gênero são os temas transversais mais discutidos. Os pais comparecem em massa. Nestes dias a maconha e a vodca são liberados, mas só para os pais e professores. Aliás, a maioria dos professores é tudo maconheiro e adora uma balbúrdia, principalmente os de história, filosofia e sociologia.

A religião é o tema mais evitado. Recebe severas críticas dos pais. Dá muita polêmica devido a diversidade e quantidade. Se o professor insistir pode ser perseguido e até punido. Na verdade, todos tremem de medo, principalmente porque o atual ministro da educação não é um homem religioso. O presidente então, detesta o tema, lembra lá, “Brasil acima de tudo, Marx acima de todos”.

Tem até alguns marxistas que batem na porta da gente aos domingos para falar da luta de classes, fim da propriedade privada e da mais-valia. São as “Testemunhas de Marx”. E o pior, quando se liga a TV de madrugada ela está repleta de teóricos marxistas que alugam estes espaços nas emissoras para pregar aos gritos sobre Marx, Engels, e mais……….. pera aí, ……….ou será Hegel ou Feuerbach?

Ih, me confundi agora. Será que a doutrinação marxista falhou comigo?

Eu odeio a doutrinação marxista nas escolas. Haja saco com quem vive falando isso o tempo todo!!

(*) Claudio Leitão é economista e professor de história.

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