Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Justiça: colocando ordem na casa
A prefeita Magdala Furtado (PV) teve mais uma de suas ações bloqueadas pela Justiça. Afinal, a terceirização da merenda escolar em fim de mandato, depois de uma fragorosa derrota eleitoral, não dá para aceitar. Cabo Frio não é um “fundo de quintal”, que possa absorver tudo, inclusive políticos sem respeito pela história da cidade.
Bom-senso
O bom-senso manda que prefeito derrotado tem que se abster de qualquer ação espetaculosa, inclusive mudar o direcionamento das políticas públicas. Deve manter a administração funcionando, fazer apenas o dever de casa e entregar tudo direitinho ao vencedor, que a partir de 1º de janeiro de 2025 será o novo síndico escolhido pela população.
Nomeações retroativas
Bom-senso não parece uma expressão que tenha calado fundo na administração de Magdala Furtado (PV), que parece preocupada em punir o povo cabofriense, que optou por sua não recondução ao cargo de prefeita. O obeso Diário Oficial ainda encontra espaço para nomeações com efeito retroativo, inclusive até maio.
“Brincadeira”
É uma “brincadeira” digamos assim com o Erário Público e com a nova administração que assume em 1º de janeiro de 2025, com uma dívida que ultrapassa o bilhão de reais. Parece que toda a austeridade financeira implantada pelo prefeito José Bonifácio (PDT) retroagiu com a ascensão de Magdala Furtado (PV) ao cargo de prefeita.
A transição começou
Ao menos fica claro que a transição político/administrativa começou, mesmo que parcial e gradativamente. Começam a vir a tona os primeiros números e a realidade de um governo lamentável, sob qualquer ponto de vista que se examine. Tudo leva a crer que o próximo prefeito vai encontrar um cenário patético em uma Cabo Frio, que precisa muito do poder público.
Articulação política
O prefeito eleito, Serginho Azevedo (PL) vai ter que fazer valer seu prestígio como líder do governo, na Assembleia Legislativa (ALERJ) e sua ligação com o governo do Estado para superar os primeiros meses da administração. O novo prefeito vai ter que conseguir muita articulação política com os três poderes e o TCE/RJ.
O apoio da Câmara
Com um orçamento da ordem de 1 bilhão e 500 milhões de reais e uma dívida que supera 1 bilhão e duzentos milhões vai ser preciso muita qualidade técnica e força política para superar os desafios de um município carente em quase tudo, especialmente organização. O governo vai precisar muito do apoio de sua base na Câmara de Vereadores, neste cenário tão desafiador.
Conversa fiada ou afiada?
O prefeito eleito continua com cobertura publicitária do cotidiano, o que não impede a multidão de boatos que só cresce na cidade. Há quem aponte que o novo secretário de educação vai ser o vereador Alfredo Gonçalves (Republicanos), abrindo caminho para a 2ª suplente Alessandra Codeço, que assumiria a Câmara, cabendo ao 1º suplente, o Bispo Flávio Moreira, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) a secretaria de Assistência Social. Até aqui é só conversa fiada ou afiada?
Quem sabe?
Outros informes, de outras fontes, afirmam que o novo prefeito vai entregar ao vereador Alfredo Gonçalves a secretaria de esportes e lazer, abrindo caminho para que o Bispo Flávio Moreira, 1º suplente do Republicanos, venha a se sentar nas macias poltronas do Plenário, que tem o nome do vereador Oswaldo Rodrigues, que, exerceu o mandato pelo PSB.
Será Rafael?
Em outros cafés e gabinetes da Câmara de Vereadores, a história é outra, com a definição da secretaria de esportes para Rafael Bernardo, filho do ex-deputado Mauro Bernardo, que não conseguiu se eleger vereador. Seria a consolidação da aliança do prefeito eleito Serginho Azevedo (PL) com o subtenente, que já exerceu o mandato na ALERJ.
Cenário
Alguém imagina algum futuro político para a prefeita Magdala Furtado (PV)? Até quando vai durar o apoio e a filiação ao PV? Alguns otimistas acreditam que até a noite de 31 de dezembro de 2024 e que depois disso, aproveitando o céu iluminado pelos fogos do Reveillon a ex-prefeita se retira da vida pública.
Tudo é possível
Como ficarão aqueles que atraídos pelo Diário Oficial e pelas artimanhas do “baronato petista” apoiaram o fracassado projeto de reeleição de Magdala e seu grupo? Que caminho político seguirão? Retornarão ao “campo progressista”, dizendo que foram enganados? Ou logo irão procurar abrigo no novo governo?
José Sette de Barros – Cineasta e Artista Plástico.