Luiz Antônio Nogueira da Guia.
“Enxugando gelo”?
Hoje pela manhã, na Câmara Municipal, vai acontecer a partir das 10 horas a reunião do Conselho Comunitário de Segurança. Essas reuniões se repetem sem que a política de segurança pública seja efetivamente alterada, trazendo reais benefícios para a sociedade organizada e população em geral. A sensação é de “enxugar gelo”, sem nenhuma solução que tenha efeitos ao menos razoáveis para a sociedade.
O modelo não funciona
Todo mundo sabe que o atual modelo de segurança pública adotado nacionalmente não resolve absolutamente nada, em Cabo Frio não seria diferente. A maioria pobre da população é penalizada, a violência a cada dia cresce, envolvendo até mesmo os membros das corporações de segurança, que são agentes e vítimas ao mesmo tempo. Chega de rambos!
Rambos?
A política de exaltação dos “rambos”, com aquelas fotos manjadas de homens segurando armamento pesado, acompanhando drogas apreendidas pela equipe, realmente não funciona. Todos os dias é a mesma coisa, sem que a segurança pública tenha uma elevação de patamar e a população perceba e aprove.
Entendimento necessário
A sociedade cabofriense espera que o grupo indicado pelo prefeito eleito Serginho Azevedo (PL) e o governo da prefeita derrotada, Magdala Furtado (PV) estejam se entendendo. Afinal, ao assumir em 1º de janeiro o novo prefeito deve poder iniciar sua administração com dados precisos para que, de imediato, possa tomar as medidas que o município tanto precisa.
Sobre a verticalização
O engenheiro Juarez Lopes escreveu o seguinte texto e publicou nas redes sociais da Internet, que o Blog aqui reproduz.
“Quando o Movimento Cabo Frio Sustentável se coloca contra a verticalização e consequente aumento da densidade habitacional por m2, a gente não está contra o crescimento, a construção civil ou a geração de empregos. A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte, já dizia um poeta por aí.
Uma das nossas preocupações é com o aumento da demanda por energia elétrica. Vc troca uma residência unifamiliar com 5 pessoas (????) com consumo médio de 150 kwh por habitante/mês, por uma edificação com 60 pessoas, 12 vezes mais habitantes, se não houver locação por temporada. Essa mudança de padrão precisa gerar investimento na rede pública para que não ocorram acidentes e/ou apagões. Assim se dá com lixo, a água, o esgoto, a mobilidade urbana, o trânsito…
Precisamos discutir isso com mais maturidade. Será possível?
Com a palavra a Câmara Municipal!“
Participação
É preciso que a alteração na Lei do Uso do Solo, por sua importância e gravidade, no presente e futuro do município, seja discutida com bastante cuidado pelas diferentes partes interessadas. Depois de aprovada não adianta “chorar o leite derramado”. É preciso que a sociedade organizada participe.
Por que tanta pressa? 1
A pergunta que o Blog gostaria de fazer é a seguinte: uma Câmara de Vereadores em fim de mandato, com parte dos vereadores não reeleitos, tem legitimidade para votar e decidir por toda a sociedade uma Lei de tamanha importância para a vida de Cabo Frio? Não dá para esperar mais um pouco?
Por que tanta pressa? 2
Que tal esperar os novos vereadores assumirem, no início do próximo ano e de cabeça fresca e confortavelmente sentados nas poltronas do Plenário Oswaldo Rodrigues, refletirem e debaterem a nova Lei? É óbvio que é muito mais plausível e democrático, permitindo que o debate seja feito com mais cuidado e o que é ainda mais importante, com maior representatividade.
Circulo de Leitura
O Círculo de Leitura da Sophia Editora completou dois anos. Foram dezenas de autores lidos, muitos encontros regados a café, bolo e reflexões. Na semana passada, viagem a Petrópolis, com paradas no Hotel Quitandinha e na Livraria Funambule, marcou as comemorações do aniversário. No Dia do Livro, 29, foi feita homenagem a todas os integrantes do nosso círculo de leitura.