Mauro Porto (*)
A campanha sionista começou em 1897 com um congresso na Basileia promovida por Teodor Erzel, o fundador do sionismo, ou seja, criar um lar nacional para os judeus que já sofria perseguição antissemita pelos países que eram assimilados provocados pela teologia católica do “Deicidio”, ou seja, os judeus eram culpados pelo assassinato de Jesus.
A Palestina no pós primeira guerra mundial após a expulsão dos turcos otomanos ficou sob a tutela britânica, onde este tinha muitas dívidas com o barão de Rotchild, judeu bilionário e de tradicional família de banqueiros, que aproveitando a oportunidade fez campanha junto ao governo britânico pra permitir que a Palestina fosse o lar dos judeus do mundo, conseguiu assim a chamada “declaração Bafour”, do ministro para assuntos estrangeiros, Sir. Bafour, foi uma porta de entrada para a criação do novo Estado em território tutelado pela Inglaterra, tudo isso a revelia da população palestina original da terra.
Com o holocausto judeu na 2a guerra mundial, o lobby sionista conseguiu fácil a partilha da Palestina em dois Estados.
Todavia, milhares de palestinos fugiram para os países vizinhos, outros se submeteram a nova ordem com a fundação de Israel em 1948, vivendo como cidadãos de 2a classe.
Outros milhares foram enviados para o enclave de Gaza, 2 milhões de pessoas vivendo numa prisão ao céu aberto num território da dimensão do município de cabo Frio.
(*) Advogado & Professor de Filosofia.