Luiz Antônio Nogueira da Guia.
As opções de Leo Mendes
Ao aceitar ser companheiro de chapa da prefeita Magdala Furtado (PV), o vereador Leo Mendes se livrou de uma provável derrota na frágil nominata organizada pelo MDB, em Cabo Frio controlado por seu padrinho político, Marquinho Mendes. A opção não parece ter dado certo, porque a campanha a reeleição da prefeita, até o momento, não saiu do lugar, isto é, suas chances de chegar ao Palácio Tiradentes são muito pequenas, irrisórias mesmo.
Problemaço!
Se tudo permanecer como está Leo Mendes terminará 2024, sem mandato e com a única perspectiva política de permanecer na órbita de influência do ex-prefeito Marquinho Mendes. E com mais um problema caso o ex-prefeito consiga eleger sua esposa Kamylla Mendes para a Câmara Municipal: o espaço político para voltar ao Legislativo em 2028 estará ocupado. Não é um problema! É um problemaço!
Jesus: maior articulação!
Entre os diversos candidatos a Câmara, que pertencem ao esquema político e eleitoral do governo municipal, aquele que parece mais propenso a se reeleger é o vereador Roberto de Jesus. Foi o único que conseguiu armar um esquema político próprio dentro do governo, inclusive tem em mãos a poderosa secretaria de governo, ocupada pela esposa do vereador, o que lhe dá grande influência e capacidade de articulação.
Oposição?
O vereador pode se reeleger, até com certa facilidade, mas não se espere dele a formação de um bloco de oposição: não é de sua natureza esse tipo de política. Isso só acontecerá caso a articulação política do próximo governo o empurre para a oposição. Não deve ser essa a proposta do novo esquema de forças políticas, que deve chegar ao poder a partir da eleição, em 6 de outubro.
Céu de Brigadeiro
As nuvens da política são absolutamente sensíveis e seus humores podem se modificar diante de uma grande tempestade, com trovões e raios em profusão, mas não muda sem um grande acontecimento. O céu de Cabo Frio assemelha-se ao “Céu de Brigadeiro”, do velho udenista, o Brigadeiro Eduardo Gomes e se nuvens existem não devem trazer grande incomodo ao grupo político que pretende a hegemonia a partir de 6 de outubro.
Legislativo: governo & oposição
Por outro lado, o Legislativo não aparenta que vá mudar o seu perfil conservador e de subordinação política ao Poder Executivo, desde que razoavelmente atendido em suas reivindicações. De um modo geral a bancada governista dá mais trabalho ao prefeito que a oposição. Pelas conversas nas esquinas, enquetes da vida, pesquisas, sejam elas formais e informais, a oposição não será suficientemente expressiva nos próximos quatro anos.
“Barata voa” antecipada?
Quantos vereadores deve eleger o esquema político da prefeita Magdala Furtado (PV)? Segundo fontes locais não é essa a pergunta a ser feita. A pergunta correta é: quantos permanecerão com Magdala após ela perder a eleição em 6 de outubro? Conseguirá ela montar um esquema de oposição ao governo, que se instalar em 1º de janeiro do próximo ano? Alguns acreditam que o “barata voa” acontece na 2ª metade de setembro. “Barata voa” antecipada?
A Divisão entre os Progressistas
Os partidos que em geral são chamados progressistas: PDT, MDB, PT, PC do B, PV, PSOL, REDE e UP estão divididos em três grupos: o PDT e a Frente Brasil da Esperança se juntaram no apoio a Magdala Furtado. A Federação PSOL/REDE lançou a prefeitura o professor Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) e a Unidade Popular (UP) apresentou a candidatura do jovem Vinícius Seguraço, estudante e motorista de aplicativo.
Vale Conferir!
O chamado “Bloco Conservador”, formado por um número expressivo de partidos e apoiado pelo governo do estado, não se dividiu e lançou o deputado Serginho Azevedo (PL), líder do governo na Assembleia Legislativa (ALERJ) como candidato a prefeito. O “bloco” conta com grande quantidade de cabos eleitorais e candidatos a Câmara e até esse estágio da campanha parece uma união sólida. Se ganhar a eleição, vale conferir.
7 de Setembro
A campanha do professor Rafael Peçanha (Federação PSOL/REDE) realizou caminhada com panfletagem no sábado, feriado de 7 de setembro, no centro comercial de Cabo Frio. Evidente que o número de pessoas nas ruas e no comércio foi bem reduzido. Quem fez esse planejamento, certamente não conhece Cabo Frio.
