Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Movimento intenso
O Café da Jack esteve movimentado na tarde de ontem. O anfitrião, o professor José Américo Trindade, mas conhecido pela alcunha de Babade recebeu o escritor Geraldo Afonso, o mais novo colunista do Blog do Totonho, Eduardo (Duca) Monteiro e Luiz Cláudio Gama, candidato a sentar nas confortáveis poltronas do Plenário Oswaldo Rodrigues, na Câmara Municipal. Quem também sentou praça no Café foi o também candidato, Cláudio Leitão.
Não deu outra
Todo o debate no Café da Jack se concentrou nas recentes pesquisas que dão larga margem de vitória para o deputado Serginho Azevedo (PL) e a incapacidade da prefeita Magdala Furtado (PV) superar grande rejeição. Há quem diga que no decorrer da campanha a prefeita vai ser alcançada e superada pelo professor Rafael Peçanha, da Federação PSOL/REDE.
Bastidores
Fontes que transitam quase diariamente no entorno do Palácio Tiradentes garantem que não cessaram os constantes arranjos para manter unido o grupo que milita junto a candidatura a reeleição. Segundo essas fontes a nomeação de Rejane Jorge, ex-secretária de educação, como assessora especial no gabinete da prefeita seria mais um exemplo desse vai-e-vem dos bastidores, que impedem a candidatura de Magdala deslanchar.
Deixa pra lá …
O coordenador geral da campanha a reeleição da prefeita é nada mais, nada menos, que o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB), que não está conseguindo organizar esforços para que Magdala, consiga se tornar candidata competitiva. Os mais gozadores lembram do intenso apoio que Marquinho Mendes (MDB) deu a Janio Mendes, em 2012, quando o pedetista foi candidato a prefeito. Deixa pra lá ….
Candidatos da base
É bastante complicada a situação eleitoral da prefeita Magdala Furtado (PV), que entrou de cabeça no projeto de reeleição, mas sem sustentação política. Os candidatos a Câmara, que realmente tem chances eleitorais, querem uma majoritária que tenha capacidade para “puxar” votos, beneficiando as nominatas dos diversos partidos, que fazem parte da base do governo.
Barata voa
Quando a candidatura majoritária atrapalha e não ajuda a “puxar” votos para a nominata acontece o fenômeno “barata voa”, com os candidatos e Câmara e cabos eleitorais escondendo o nome da majoritária, buscando voto em outras paragens. É assim que funciona em toda eleição, acabam ficando apenas os mais fieis e aqueles, que não tem condições de se desvencilhar do governo.
Qual é?
Esse mecanismo é natural, porque é uma questão de sobrevivência política. São poucos, muito poucos, aqueles que se mantém fieis quando as condições são adversas. Em geral porque identificam-se ideologicamente com a majoritária. A pergunta é: qual a identidade ideológica do grupo político que está no poder em Cabo Frio? O que defende? Quais as propostas? Qual o projeto?
Sem precisar subir em árvore
Sem precisar subir em árvore, banquinho ou até mesmo em escada, o deputado Serginho Azevedo (PL) mais uma vez ressaltou a chegada da UERJ, em Cabo Frio. O candidato citou os cursos de Ciências Ambientais, Geografia e Medicina, incluindo no pacote o Hospital Hésio Cordeiro (ex-Reitor da UERJ), que realmente reforça consideravelmente a saúde pública no município.
As inserções de Serginho
Nas últimas inserções de Serginho Azevedo, o candidato do PL, reforça a conversa do cotidiano, diretamente com o eleitor, procurando estabelecer uma relação de confiança, como duas pessoas dialogando. Não existem promessas de grandes obras ou mesmo ações espetaculosas, mas de reorganização da cidade. Essa tendência parece estar dando certo junto a opinião pública cansada das promessas grandiosas, que raramente se cumprem.
Comitê
O candidato da Federação PSOL/REDE, o professor Rafael Peçanha inaugura hoje, às 14 horas, comitê, no centro da cidade, na Rua Rui Barbosa. O candidato busca se aproximar das camadas médias urbanas tradicionais, setor que a prefeita Magdala Furtado (PV) não conseguiu capturar em sua campanha. É mais uma “unha encravada” para a comunicação social oficial ou oficiosa tentar resolver.
Sophia Editora lança “Ypiranga dos Guaranys em Cabo Frio” no Palácio das Águias, nesta sexta-feira (30/08)
Oficina presencial acontece exatamente no dia do bicentenário do primeiro indígena universitário do Brasil; obra é publicada em ebook, audioobook e livro em braille
Exatamente no dia em que se comemora o bicentenário do primeiro indígena universitário do Brasil, nesta sexta-feira (30/08), a Sophia Editora lançará o livro “Ypiranga dos Guaranys em Cabo Frio: atuação cultural, política e econômica do primeiro indígena universitário do Brasil (séc. XIX)” nos formatos ebook, audiobok e livro em braille. Será realizada uma oficina presencial no Palácio das Águias (R. Érico Coelho, 72 – Centro, Cabo Frio), a partir das 18h, com os pesquisadores Marcelo Sant’Ana Lemos e Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira. O evento está sujeito a lotação do espaço cultural. Haverá tradução em libras e transmissão ao vivo pelo YouTube da Sophia.
O projeto é uma realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do edital Diversidades em Diálogo – Lei Paulo Gustavo.
Nesta obra, os pesquisadores Marcelo Sant’Ana Lemos e Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira contextualizam como a trajetória do primeiro indígena universitário do Brasil se confunde com a história de Cabo Frio e das Baixadas Litorâneas.
Com três horas e quarenta minutos de duração, o audiobook está disponível de forma gratuita e na integra no Spotify (https://spotifyanchor-web.app.link/e/PToH4Sfa4Lb) e no YouTube (https://youtu.be/SYLorF3TrRI). O ebook também será liberado gratuitamente. Já os exemplares do livro em braille serão doados para instituições como o Instituto Benjamin Constant, Escola Arlete Rosa Castanho, Museu Histórico Nacional, setores de inclusão das Secretarias de Educação de municípios da Região dos Lagos, entre outros.
“Acompanhamos essa trajetória através de pesquisa rigorosa feita pelos autores, que nos levam também pela história de Cabo Frio, tudo isso exposto em uma linguagem clara e acessível”, assinala, no texto de apresentação, Antonio Carlos Jucá de Sampaio, professor titular de História do Brasil (UFRJ) e diretor do Instituto de História (UFRJ).
Na obra, os historiadores trazem material inédito sobre a atuação profissional de Ypiranga dos Guaranys em Cabo Frio. Entre os anos de 1840 e 1876, ele foi vereador por vários quadriênios, chegando inclusive a presidir a Câmara Municipal de Cabo Frio.
“A maravilhosa narrativa sobre a vida de José Peixoto Ypiranga dos Guaranys é um exemplo muito rico e instigante para refletirmos sobre a complexidade da condição indígena no passado histórico e na contemporaneidade”, afirma, no prefácio, João Pacheco de Oliveira, professor titular do Museu Nacional (UFRJ) e professor visitante PPGA (UFBA).