Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Diferença na receptividade
A diferença de postura e receptividade entre as candidaturas de Serginho/Miguel e Magdala/Leo, na caminhada pelo Jardim Esperança reflete parte na realidade do bairro, que sofre com o Hospital Otime dos Santos. De um lado Serginho/Miguel caminhando com o senador Romário, enquanto Magdala não levou nenhuma figura expressiva da política fluminense.
O marco inicial
Marco inicial das caminhadas e comícios de Magdala Furtado (PV) o evento realizado no 2º Distrito de Tamoios foi aquém da expectativa dos estrategistas da campanha, que se empenharam para “bombar” o espetáculo, mas não conseguiram. O número de pessoas foi pequeno e a presença do ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) não atraiu admiradores e cabos eleitorais para engrossar o apoio a Magdala.
Os caminhos de Leo Mendes
O vereador Leo Mendes tentou se reeleger pelo leque de opções partidárias, que o governo Magdala Furtado (PV) oferecia. Não deu certo, porque a distribuição das vagas nos partidos não lhe coube adequadamente. Acabou por ser a opção que Marquinho Mendes (MDB) tinha para compor, de maneira satisfatória, a chapa com a prefeita.
Miguel Alencar X Leo Mendes
Não há dúvida que o presidente da Câmara, Miguel Alencar (União Brasil) tem uma representatividade política e eleitoral maior que a do vereador Leo Mendes (MDB). Ao companheiro de chapa, no projeto de reeleição da prefeita, falta tempo maior no legislativo municipal, com a capacidade de estabelecer alianças internas e externas, que propiciassem condições mais concretas para o desenvolvimento da campanha ao Palácio Tiradentes.
As consequências da decisão
Ao fechar aliança mais duradoura com o ex-prefeito Marquinho Mendes, líder local do MDB, a decisão de Leo Mendes (MDB) poderá modificar o curso de sua nascente história política. Caso sua chapa vença a eleição Leo Mendes se tornará um nome para disputar a majoritária. No entanto, se Serginho Azevedo ganhar a eleição, Leo Mendes ficará sem mandato durante quatro longos anos.
O futuro!
Para quem quer vivenciar a política e fazer dela o seu trajeto para a vida, o mandato popular é imprescindível, sem o qual o brilho político vai se apagando como uma estrela cadente. Portanto, assumir como vice de Magdala numa disputa eleitoral acirrada e difícil como essa de 2024, é uma manobra arriscada, que pode comprometer o seu futuro político em função da derrota eleitoral.
Rafael: comitê no centro
O professor Rafael Peçanha (Federação PSOL/REDE) está abrindo comitê de campanha no centro da cidade, trabalhando a “classe média” local, mas também a periferia: a caminhada no bairro Tangará foi cancelada, mas na comunidade da Boca do Mato foi mantida a reunião com apoiadores e diversos candidatos a Câmara Municipal.
Tudo como antes
Entra dia, sai dia e a Rua José Bento Ribeiro, no trecho entre a Praça Porto Rocha e a Rua José Waltz Filho, continua uma bagunça, justamente atrás do mercado Grand Marché (antigo Econômico).O horário para carga e descarga inexiste ou se existe ninguém respeita. Em frente ao mercado sempre aparece a PM ou a Guarda Municipal (GM), mas na José Bento Ribeiro, nada, nem “viva alma” como dizia meu avô. Nada muda?
Enfrentar a desorganização urbana
O próximo prefeito (a), se quiser governar com apoio empresarial e das camadas médias terá que enfrentar a desorganização urbana, no município. Em todas as partes e setores a desordem parece Lei, porque ninguém respeita nada, até porque o grupo político que está no poder fez da desordem o seu mote político/eleitoral. Esse modelo, evidentemente não serve a Cabo Frio e sim para aqueles que se servem de Cabo Frio.
Qual o futuro?
A ocupação desordenada, sem regras, tem consequências na qualidade de vida da população. Nenhuma sociedade vive impunemente sem regras, sem respeito. Assim, aumentam os conflitos, a pobreza e por que não dizer, a miséria. Até mesmo em nosso cartão postal, a Praia do Forte (Praia da Barra) a desordem salta aos olhos, a começar pelos flanelinhas, que chegam a ameaçar moradores e turistas. Qual o futuro de uma cidade assim?