Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Rose Fernandes, opção pela Literatura
Rose Fernandes lendo para a professora Yone Nogueira a dedicatória do livro “Cabo Frio: Polo Colonizador do Brasil”.
Após a publicação de “Cabo Frio: Polo Colonizador do Brasil”, em 2012, Rose Fernandes lançou dois anos depois “Teixeira e Sousa: Ensaio Biográfico” e após quatro anos duas novas obras, “Um Novo Olhar sobre Teixeira e Sousa” e “Cabo Frio e a Pesca da Baleia na Ponta dos Búzios (Séc. XVIII e XIX)”. Rose não parou por aí e em 2020 publicou “Joelma Fidalgo: a Menina da Caixa de Sapato” e a seguir “Búzios. Da Armação à Emancipação” (2022), “História da Matriz Histórica” (2023), “Aldeia de São Pedro: Ponto de defesa do litoral do Cabo Frio (2024).
Escritora e pesquisadora Rose Fernandes é apaixonada pela obra de Teixeira e Sousa, o primeiro romancista brasileiro e publicou sete obras do escritor cabo-friense: O Filho do Pescador, Tardes de um Pintor, A Providência, A Independência do Brasil, Os Três Dias de Um Noivado, Gonzaga ou a Confederação de Tiradentes e Maria ou a menina roubada.
Um trabalho de fôlego que exige muita dedicação, talento e mais atenção da prefeitura e da sociedade cabofriense.
Rose Fernandes fez questão de citar o trabalho exercido por Zuleika Crespo e pela Academia Cabo-friense de Letras em defesa dos livros e da Biblioteca Pública Municipal Walter Nogueira.
Magdala X Sepe Lagos
A direção do Sepe Lagos definitivamente bateu de frente com a prefeita Magdala Furtado (PV), que desde o início de sua gestão não fez nenhuma concessão aos professores da rede pública. A tendência é a relação se deteriorar ainda mais, porque toda a estrutura política do governo está voltada para o projeto de reeleição. Como a militância vai se comportar diante de tanta indiferença?
O que será, será
Outro dia dois professores debatiam em um café no centro da cidade quantos vereadores o “bloco progressista” elegeria em 6 de outubro. O mais velho disse que acreditava apenas na eleição do ex-deputado Janio Mendes (PDT). Do outro lado da mesa o recém-aposentado respondeu: Janio Mendes (PDT), Lucas Muller (PSOL) e Cláudio Leitão (PSOL). Acrescentou: a mais votada será a Chantal Ferraz (UP), mas o partido não fará legenda. Cerrem as cortinas!
Os “medalhões” do Republicanos
Alexandra Codeço, Alfredo Gonçalves e Luis Geraldo são os “medalhões” do Republicanos. O partido deve fazer de duas a três cadeiras em 6 de outubro, provavelmente duas. A briga promete ser acirrada: Alfredo é ex-presidente da Câmara, Alexandra busca o terceiro mandato e Luis Geraldo é o decano, que promete ultrapassar o lendário Acyr Rocha em número de mandatos no legislativo municipal.
Os Projetos
Serginho Azevedo, do PL, toca o projeto “A vida vai melhorar” por onde passa em Cabo Frio. Rafael Peçanha após assumir a candidatura pela Federação PSOL/REDE optou pelo projeto “Se Cabo Frio fosse nossa”. Por incrível que possa parecer quem até agora não apresentou qualquer projeto ou algo semelhante foi a prefeita Magdala Furtado.
O que esperar?
Raul Bello bateu recorde negativo de permanência como titular da secretaria municipal de meio ambiente, o que dá exatamente a medida da importância que o grupo político da prefeita dá a pasta ocupada pelo seu próprio partido, o PV. O que se pode esperar do mandato de Magdala Furtado nesse ano eleitoral?
Dois candidatos e uma possibilidade
A princípio são dois candidatos, que iniciaram suas “pré-campanhas”, Rafael Peçanha (REDE) e Serginho Azevedo (PL) e um possível terceiro postulante que pode ser o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) ou apoiado por ele. É claro que essa terceira candidatura, se confirmada, nasceria com bastante atraso em relação as outras, embora venha sendo prometida há algum tempo.
Como furar a bolha
Como a candidatura de Rafael Peçanha pode levantar voo? Furando a bolha, que enclausura a esquerda em Cabo Frio. Como furar a bolha? Ampliando o discurso e criando fatos políticos, que atraiam setores da sociedade para sua candidatura. Afinal, Cabo Frio é uma cidade de porte médio e tem problemas de cidade grande. É uma mistura bastante complexa e que dá muita dor de cabeça.
Ampliando para o centro
A candidatura de Serginho Azevedo está postada desde 2020, quando perdeu a eleição para José Bonifácio (PDT). Em 2022, reeleito deputado com mais de 100 mil votos, teve a candidatura consolidada com a reeleição de Cláudio Castro (PL) e a liderança do governo na ALERJ. Continua conservador, mas ampliou seu discurso para o centro, capturando majoritariamente a sociedade.