Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Hostilidade
A mudança de tempo não afetou o clima na prefeitura que apesar de todos os esforços, principalmente na comunicação social, a imagem de uma prefeita reeleita não consegue colar entre a população cabofriense. Segundo alguns cabofrienses acostumados a participar de muitas eleições a hostilidade de Magdala Furtado ao então prefeito José Bonifácio dificulta a tentativa de consolidar uma aliança em torno da prefeita.
Furar a “bolha eleitoral”
A luta por uma vaga na Câmara não deve determinar mudança no perfil dos vereadores para a legislatura que se inicia em 2025. Talvez 1 ou 2 vereadores oriundos do chamado “bloco progressista” façam parte da futura composição da Câmara, mas para que isso aconteça terão que furar a “bolha eleitoral” através de maior penetração na sociedade.
Cultura eleitoral
Candidatos a reeleição e/ou que tenham boa estrutura partidária e acesso ao obeso Fundo Partidário, certamente possuem mais chances de sentar, a partir de 2025, nas poltronas do Plenário Oswaldo Rodrigues. A cultura eleitoral da população está voltada para as candidaturas majoritárias e pouco atenta a formação dos quadros na Câmara de Vereadores.
Teatro
Entre tantas exigências que esse “pobre menino rico”, que é o município de Cabo Frio, deve fazer aos candidatos tanto a prefeito, como a Câmara, está a restauração do Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb e a recuperação da Biblioteca Walter Nogueira. É inaceitável que após tantos anos o teatro continue fechado. É preciso que volte a funcionar aberto e democrático, capaz de receber todas as tribos artísticas.
Biblioteca
A Biblioteca Pública Municipal Walter Nogueira após ser nômade por muitos anos e perder boa parte do seu valioso acervo, voltou ao velho prédio. O prédio da biblioteca além de precisar de urgente reforma, sobrevive pela atuação dedicada e apaixonada de gente como Zuleika Crespo, a escritora Rose Fernandes e outros membros da Academia Cabofriense de Letras.
Encontros
O eleitorado feminino tem sido a parte da população mais trabalhada pelo deputado Serginho Azevedo (PL). São vários os encontros do candidato com setores femininos de diferentes organizações, sempre intermediados por pessoas da comunidade e lotados. Esses encontros permitem identificar demandas reprimidas, auxiliando na formatação de um programa de governo.
Representação
A campanha para a Câmara promete ser bastante acirrada, superando outras eleições. A tendência, porém é que o perfil político e ideológico não se altere substancialmente, mas se espera que os novos vereadores entendam que representam toda a sociedade e não setores específicos. Cabo Frio tem sofrido demais com a representatividade seletiva da Câmara: a Praia do Forte é o maior exemplo.
Que governo?
A divulgação que Andrezinho Bandeira, um dos articuladores do governo da prefeita Magdala Furtado (PV), estaria disposto a romper com a prefeita, levantou o sinal de atenção, no Palácio Tiradentes. Estaria começando o fenômeno “barata voa”, ou seja, a identificação por aliados que o governo não vai a lugar algum e cada um vai tratar da própria vida. O fenômeno estaria começando mais cedo. Por quê?
Acordos
Na tentativa de reeleição o grupo político da prefeita tem feito toda sorte de acordos, sem levar em conta se o município tem suporte financeiro para tanto. Há quem diga que o acordo feito com a Guarda Municipal não se sustenta na realidade do erário público municipal. De alguma maneira tudo está sendo empurrado com a barriga, imaginando que algum milagre aconteça.
Sem sustentação política
O fenômeno “barata voa”, aconteceu com bastante intensidade no governo do médico Adriano Moreno, que se revelou grande fracasso político. Eleito como esperança da população foi aos poucos perdendo a credibilidade e a sustentação política. No final, grande número de auxiliares debandou, deixando o prefeito isolado em sua tentativa de reeleição.