Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Encorpando a candidatura
As dificuldades jurídicas/políticas do ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) em oficializar sua candidatura a prefeito de Cabo Frio acabaram por encorpar a candidatura de Rafael Peçanha (Federação PSOL/REDE). Muita gente que participou da equipe de Marquinho e esteve também no governo de José Bonifácio (PDT) não ficou confortável com Magdala e migrou para a candidatura do professor Rafael.
Sinais políticos
O lançamento do Projeto “Se Cabo Frio fosse nossa”, no Hotel Malibu, na orla da Praia do Forte, reuniu alguns notórios apoiadores do ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) agora respaldando a candidatura do professor Rafael Peçanha (REDE) É claro que dificilmente estariam no evento caso o ex-prefeito pudesse sair candidato.
“Grande Eleitor”
Por outro lado, Marquinho Mendes (MDB) trabalha para crescer na sua importância eleitoral, tornando-se o “grande eleitor” do município e ao mesmo tempo prepara o futuro de sua carreira política. Não é por acaso que o ex-prefeito se uniu a prefeita Magdala Furtado (PV), que busca a reeleição. É uma jogada arriscada, porque se o projeto de reeleição não der certo, e está encontrando muitos obstáculos, o retorno de Marquinho como protagonista ficará mais complicado.
Alair Corrêa
O ex-prefeito Alair Corrêa, que nos áureos tempos dos royalties do petróleo se uniu a Marquinho Mendes e depois brigou feio, optou mais uma vez pelo apoio ao deputado Serginho Azevedo (PL), repetindo 2020. Alair, entretanto, tem se mantido fora dos holofotes da mídia cabofriense, trabalhando nos bastidores não mais como protagonista e sim como coadjuvante político.
Incompetência
Os áureos tempos dos royalties do petróleo foram uma formidável oportunidade de desenvolvimento econômico e justiça social que os prefeitos Alair Corrêa e Marquinho Mendes jogaram fora. Os problemas do município se agravaram, com o inchaço descontrolado da população e lamentavelmente ao contrário de Macaé, Saquarema e Maricá os gestores não criaram um Fundo Soberano para investimentos posteriores.
A Recuperação!
Cabo Frio precisa com urgência de um governo, que recupere as finanças do município e sua capacidade de investimento. O trabalho foi iniciado pelo prefeito José Bonifácio (PDT) e interrompido com sua morte. Não é possível continuar a tolerar o estado de degradação da cidade, que a cada ano fica mais parecida com cidades da Baixada Fluminense e outras da Zona Metropolitana do Rio de Janeiro.
A Campanha!
A recuperação da economia do município deve ser um dos temas principais da campanha eleitoral ou pelo menos deveria ser. Não é possível que os candidatos mais uma vez percam a oportunidade de apresentar seus programas e debate-los com os adversários e a sociedade. Chega de acusações, na maioria das vezes levianas, que são esquecidas no dia seguinte a eleição. Cabo Frio pede passagem.
Diminuição dos royalties
A crise de Cabo Frio não começou ontem e se agravou quando os royalties do petróleo tiveram considerável retração, fruto do esgotamento de muitos poços da Bacia de Campos. O poder público perdeu sua capacidade de investimentos, contribuindo para o aprofundamento da degradação do equipamento urbano, cuja deterioração é percebida em todos os bairros e mais acentuadamente na periferia.