Ângela Maria Sampaio de Souza (*)
Sempre observando o mundo a minha volta e vejo muitas pessoas preocupadas em acumular títulos que hoje podem ser equivalentes aos títulos de nobreza das antigas cortes.
É a corrida do ouro dos tempos modernos!
Observo, entretanto que nem todo título é tão valioso quanto parece, e que nem todos que aspiram a nobreza estão preparados para ser.
Estamos vivendo numa era de fabricação de imagens, onde nem sempre importa o que você aprendeu e onde você cursou.
Falei cursou, porque muita gente comparece a centenas de cursos, sem estudar verdadeiramente nenhum deles, mas querendo aumentar seus títulos e virar nobre mais rapidamente.
Vale ressaltar que os verdadeiros nobres sempre existirão, diferentes dos demais.
Os nobres genuínos se preocupam em absorver conteúdos, conhecimentos sobre a vida, sobre o mundo e sobre as pessoas.
Não possuem peito coberto de medalhas nem parede cheia de diplomas, mas a alma repleta de vivências, que lhes permite transitar em vários lugares e públicos com simplicidade, elegância, gentileza e generosidade.
A verdadeira nobreza transcende títulos, pois a nobreza fabricada artificialmente sempre existiu e sempre existirá, mas nunca foi valorizada no mundo do faz de conta e muito menos no mundo real.
(*) Ângela Maria Sampaio de Souza é Professora.