Luiz Antônio Nogueira da Guia.
Uma tarde no Suisso
Com a data limite, 6 de abril, para inscrição partidária chegando, a Confeitaria Suisso ficou ainda mais animada na quinta-feira. Vereadores, cabos eleitorais e velhos observadores da política cabofriense são figuras comuns na área e entre um café e outro debatem e fazem verdadeiro raio -x do processo eleitoral. Para os interessados, por lá acontece até mesmo enquetes, cuja veracidade vai de acordo com o gosto de cada um.
Pontualidade britânica
O professor Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) pretende promover um grande evento para a oficialização de sua filiação ao partido. O evento acontece hoje, sexta-feira, 5 de abril, às 18:50 horas, com a presença de personalidades como a ex-senadora Heloisa Helena (Rede). Entre outras coisas chama a atenção a hora do início do evento: 18:50h, isto é, uma pontualidade britânica muito rara no Brasil, particularmente quando se trata de política. A conferir!
Agora, a nominata
Com a questão da majoritária, praticamente resolvida, o professor Rafael Peçanha (Rede Sustentabilidade) será candidato pela Federação PSOL/REDE. A partir desse momento, em prazo curtíssimo, terá que se debruçar sobre as candidaturas para a eleição proporcional, ou seja, a formação da tal nominata, importantíssima para impulsionar a candidatura a Prefeitura, na medida em que os candidatos são os melhores “cabos eleitorais”
Os candidatos ao Legislativo
Entre os postulantes a prefeitura nas eleições de 6 de outubro, o deputado Serginho Azevedo (PL) é aquele que vai contar com o maior número de candidatos a sentar nas confortáveis poltronas do Plenário Oswaldo Rodrigues. Quem são os candidatos ao legislativo? Em sua maioria são “cabos eleitorais”, que sabem que não vão ganhar, mas almejam votação razoável, que lhes habilite a receber um bom cargo comissionado, mais conhecido como “portaria”.
Voto é igual a “portaria”?
Tem gente que vive disso. Sabe que não tem cacife político para se eleger, mas precisa da “portaria” na máquina pública. Alguns por uma questão de sobrevivência, outros, para se manter na classe média, com alguns privilégios a ela correspondentes, como o carro do ano ou mesmo ter os filhos no ensino privado. Basta olhar na listagem dos candidatos a Câmara Municipal, eleição após eleição, para comprovar essa triste realidade.
Municipalizando o discurso 1
Serginho Azevedo, que, segundos observadores e analistas lidera com alguma folga a corrida para a Prefeitura de Cabo Frio, não está interessado em ressaca, tsunami ou mesmo marola. Tem centrado em fazer uma vasta coleta de apoiadores e municipalizado seu discurso. De certa forma, repetindo o que José Bonifácio (PDT), fez na eleição de 2020, embora tenham origem política bem diferentes.
Municipalizando o discurso 2
A municipalização do discurso é perceptível em inúmeras cidades brasileiras preocupadas com a violência desmedida e a pouca eficiência, digamos assim da educação e saúde públicas. A população exige foco em políticas destinadas a melhorar a qualidade dos serviços ofertados direta ou indiretamente pelo poder público. Pouca gente se propõe a debater questões ideológicas e políticas, embora elas estejam no cerne de todos os problemas.
Qual o impacto?
Alguns observadores do processo eleitoral de Cabo Frio levantaram a questão da decisão do Ministério Público Eleitoral (MPE), que propôs a cassação dos mandatos do governador e seu vice, além de torná-los inelegíveis até 2030. A questão é: de que maneira essa decisão pode impactar a candidatura do deputado Serginho Azevedo, que é o líder do governo de Cláudio Castro (PL), na Assembleia Legislativa – ALERJ?