Octávio Perelló
CABO FRIO E O PAC…
Cabo Frio teve cinco propostas contempladas pelo Programa de Aceleração do Crescimento. Das cinco propostas, três serão financiadas pelo governo federal, por ação da Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Captação de Recursos, e duas através do governo estadual. Segundo o secretário Alan Silva, o município será beneficiado com a construção de duas escolas em tempo integral, um ônibus escolar, o projeto de restauração do Convento Nossa Senhora dos Anjos e a implantação de um CEU da Cultura no bairro Unamar, em Tamoios.
VERBA DESTINADA…
O município receberá R$ 3 milhões através de emenda parlamentar do deputado federal Gutemberg Reis (MDB) e R$ 1,2 milhões será a contrapartida da Prefeitura, referente à verba não utilizada na queima de fogos no último Réveillon.
PEREGRINAÇÃO PROATIVA
Alan Siva, que tem sido incansável nas articulações com Brasília, adianta que o governo municipal também está trabalhando para captar recursos para as obras do Ginásio Poliesportivo Alfredo Barreto, uma reivindicação antiga da comunidade esportiva e da população em geral.
MORADORES DE RUA…
Mesmo sem apontar estatísticas, é visível o aumento do número de moradores de rua em Cabo Frio, notadamente no grande centro da cidade, onde praças e calçadas com marquises são atrativos para quem vive nessa condição. Além disso, conta ainda a caridade de alguns restaurantes, que ao final do dia distribuem refeições.
CAUSAS E SOLUÇÕES…
Moradores de diversos bairros da cidade se dizem muito preicupados com a situação. Os questionamentos que fazem é no sentido de entender as causas do problema e saber se há solução.
ESFORÇOS CONJUNTOS…
A questão é complexa, pois a rigor é um problema municipal, porém com causas em falhas também dos governos estadual e federal. Para o senso comum parece ser necessário o esforço conjunto das três esferas. Mas cabe ao município planejar ações e propor corresponsabilidades.
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO…
De imediato os governos precisam fazer o levantamento do contingente de pessoas em situação de rua, quantificar quem é do município, onde estão suas famílias, o que pode ser reconstituído desses laços, quais as razões que os levaram à condição atual, assim como entender a origem dos que vêm de outros municípios e estabelecer conexões com as instituições dessas localidades.
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO II…
O problema incomoda a muita gente e ninguém sabe ao certo o que pode ser feito. Um interlocutor da coluna indagou se é possível que as instituições de apoio os acolham, cuidem, mas estimulem habilidades profissionais que possam ser aplicadas em trabalhos para a municipalidade, como jardinagem, limpeza urbana, reparos de calçadas e outros serviços, mediante auxílio social.
O QUE HÁ PODE MELHORAR…
Há casos de pessoas atendidas pelo CRAS com resultados muito positivos. O que parece ocorrer é o de sempre em quase todas as áreas: demanda crescente, além da capacidade de atendimento. Portanto, urge entender as causas da crescente demanda e buscar parcerias para ampliar os programas e efetivar cada vez mais as suas ações.
Octavio Perelló é jornalista e produtor de conteúdo.