Com o falecimento do ex-prefeito José Bonifácio, assumiu a prefeitura a vice Magdala Furtado, que na época estava de relações cortadas com governo, inclusive com troca de partido. Ao assumir, dispensou praticamente todos os cargos comissionados de 1º, 2º e 3º escalões do governo anterior. Mudou completamente “a cara do governo” trazendo, inclusive para posições estratégicas, pessoas de fora da cidade, que nada conheciam da conjuntura política municipal.
Com o objetivo de reeleição iniciou um projeto de marketing pessoal tentando se tornar mais conhecida em todo o município. Esta estratégia tem se mostrado até exagerada em vários aspectos. O personalismo de grande exposição sem histórico político anterior, desalinhado das políticas públicas de governo, não costuma dar resultados positivos em termos eleitorais. Soa falso e cansa o eleitor mais atento.
Entre várias mudanças na condução da gestão, uma está muito clara para a população. A atual gestão Magdala confunde e prática de forma equivocada aquela máxima “manha política” de apropriação do público pelo privado. Zé Bonifácio não era e nunca foi um político perfeito (eles não existem), mas tinha esta linha política muito bem demarcada em seu governo. Os exemplos são muitos e não adianta ficar aqui listando-os, até porque diante dos fatos e escândalos recentes, isso já é de domínio público, vide a mal fadada “Reforma Administrativa” como um exemplo.
Todos os programas sociais, obras realizadas e inauguradas são herança do governo anterior. Nestes meses de nova gestão apenas uma coisa nova: o tal “Banco de Currículos” com o objetivo de facilitar a empregabilidade de alguns segmentos da população. É muito pouco !
As pesquisas eleitorais que tomei conhecimento neste período recente não favorecem a atual prefeita, o que significa que a estratégia não está dando certo. Não faço estas críticas apenas porque sou oposição a este governo, mas pelo que percebo nas rodas políticas, nas conversas com as pessoas nas ruas e nas instituições, como sindicatos, associação de moradores e outras entidades de classe.
Minha posição política atual é clara. Estou ao lado do companheiro Rafael Peçanha, pré-candidato a prefeito pelo PT. Coloquei também meu nome a disposição do partido para uma pré-candidatura a vereador. Nunca fiquei “em cima de muros”. Sempre me posicionei politicamente e desta vez não seria diferente. Em 2024, importante ano de eleição municipal, todos devem acompanhar os caminhos ou descaminhos deste atual governo e ficar atento as propostas dos demais postulantes para tomarmos a melhor decisão sobre a cidade que queremos, não só para nós, mas também para nossos filhos e netos.
Claudio Leitão é economista e professor de história.