Há algumas dezenas de anos a riqueza de uma região ou de um país era definido pelo valor do seu PIB (Produto Interno Bruto). Com o passar do tempo a riqueza do PIB, por si só, deixou de ser o único elemento utilizado para avaliar a qualidade de vida de um povo, de uma cidade.
Hoje, importante estar atento ao grau de satisfação da população em seu cotidiano, no qual não entra apenas a qualidade de recursos existentes naquele grupo ou localidade, mas itens afinados ao seu dia a dia como segurança, qualidade do ar, regularidade do trânsito, logradouros públicos limpos, arborizados e agradáveis de serem frequentados.
Por não perceberem essas transformações que foram se desenvolvendo numa sociedade cada vez mais urbana, muitos administradores perderam a passada e se dissociaram das comunidades que habitam. Assim, foram perdendo espaço político, revelando a incapacidade de estar ligado nas transformações, cada vez mais rápidas, no mundo contemporâneo.
As manifestações culturais são exemplos naturais dessas mudanças. Basta percebe-las, por exemplo, na música onde os jovens da periferia encontraram os meios para se fazerem ouvir, protestando contra a violência e exigindo maior participação das comunidades nas decisões urbanas.
Não é tão difícil, basta ter vontade política para ouvir.