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DIAS ATUAIS NAS REDES SOCIAIS

É impressionante a quantidade de pessoas que tem se comportado nas redes sociais de forma mentirosa, desrespeitosa e agressiva, usando palavras e expressões chulas tanto em suas páginas pessoais como nas páginas alheias quando entram para comentar qualquer assunto, seja política, economia, filosofia ou até postagens de cunho pessoal.

Muitas fazem isso de forma proposital, pois são “cabos eleitorais pagos”, nos casos de postagens políticas, isso para desgastar e denegrir a imagem de possíveis concorrentes a seus pretensos candidatos. Outros o fazem por ingenuidade ou desconhecimento dos assuntos e temas tratados. Expressam neste momento a raiva e a decepção com o quadro político de forma descontextualizada e generalizada.

Este comportamento está ficando tão sério que quando você interpela estas pessoas e procura esclarecer fatos ou questiona a veracidade do que estão propagando, elas partem para a agressão gratuita sem nenhuma capacidade argumentativa.  Não fosse este um comportamento de massa perigoso, poderíamos nos abster nas conversas. Acontece que quando estes grupos de pessoas começam a agir como verdadeiras hordas é preciso atenção.

O que é um argumento?

De forma simples e resumida, um argumento, por definição, implica em uma ou mais premissas que conduzem necessariamente a uma conclusão. Questão simples de lógica. Adjetivação vazia, exposição primitiva de conclusão ou simplesmente chamar alguém de algo de forma grosseira e chula não é argumento. É apenas revelador da falta de conhecimento do tema, desrespeito e agressão barata sem nenhum sentido.

Esse é o meu entendimento.

Precisamos levar diariamente “nos bolsos e na mente” muita informação e paciência. Será preciso muita disposição para o trabalho de restituição de um campo de reflexão, diálogo e aprendizagem onde possamos dar uma contribuição para uma sociedade de forma mais harmoniosa. O bolsonarismo que se tornou algo enraizado em nossa sociedade é responsável por muitos destes episódios.

Entretanto, é perceptível que a cada dia isso se torna mais difícil, mas não podemos desistir. Pessimismo da razão, mas otimismo da vontade. O grande filósofo francês de origem argelina, Albert Camus, já dizia desde o século passado: “Não temos nada a perder, exceto tudo”.

Vamos refletir, reagir e mudar isso. Ainda dá tempo !!

Claudio Leitão é economista e professor de história.

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