Amanhecer na Lagoa – Cabo Frio/RJ – 2016.

Antônio José Christovão

Luiz Antônio Nogueira da Guia.

Encontro musical no dia de São Jorge na Praia do Siqueira

Nesta terça-feira (23), feriado de São Jorge, músicos cabofrienses promovem um encontro musical na Praia do Siqueira.
O artista, e produtor Azul Puro Azul é produtor do evento, e uma das atrações, que conta com um time de primeira de músicos.
A ideia é comemorar o dia de São Jorge, e elevar o astral com boa música.
O evento acontecerá entre 17h e 23h e contará com vários músicos, como Azul Puro Azul, Diego Matos, Ulisses Rabelo, Vitalino, André Amaral, Carlos Queimado, e a DJ Nana Clara. No repertório música brasileira; samba, sambarock, forró, música ancestrais, e umas pitadas de músicas autorais. Além dos músicos confirmados, palco também estará aberto para quem quiser apresentar com sua arte.
O evento é gratuito e colaborativo , e acontecerá no Quiosque da Bel, na Praia do Siqueira, em Cabo Frio.

A base se desmancha no ar

O grupo político que vive em torno da Prefeitura, que forma a base do governo no legislativo, mostra alguma combatividade, porque tem uma série de benesses inerentes ao apoio que dá. O grupo, entretanto, não é coeso política e ideologicamente e caso a prefeita não consiga deslanchar no campo eleitoral é bem provável, que se desmanche completamente e tome o rumo daquele que liderar o processo.

Base de ocasião

Fica claro para todos que participam da vida política de Cabo Frio, que a base da prefeita Magdala Furtado (PL) é de ocasião, fazendo com que o poder do legislativo cresça e pressione o executivo municipal. O peso da base no legislativo, sob o controle de Roberto de Jesus, é cada vez maior em função da fragilidade do governo, expondo fissuras, que tendem a se agravar durante a eleição.

O Decano

O decano da Câmara, vereador Luis Geraldo (Republicanos) é o grande nome da campanha do deputado Serginho Azevedo (PL), no legislativo. Luis Geraldo tem um eleitorado sólido e busca o sexto mandato consecutivo, superando o lendário vereador Acyr Rocha. Luis Geraldo tem grande presença no eleitorado do centro da cidade, particularmente entre as famílias tradicionais de Cabo Frio, conservadoras, mas não extremistas.

Levantando voo?

Rafael Peçanha, candidato da Federação PSOL/REDE, teve muito trabalho para se desvencilhar das complicações inerentes a sua filiação e candidatura a Prefeito pelo PT, ou melhor, a Federação Brasil da Esperança. Até o momento sua campanha ou pré-campanha ainda não deixou de taxiar para levantar voo e crescer em direção ao eleitorado que poderia ser do ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB).

A necessidade de romper a bolha

A candidatura do professor Rafael Peçanha precisa romper a bolha do eleitorado PSOL/REDE, isto é, mais a esquerda, para ter uma votação expressiva e ganhar o eleitorado moderado. Fundamental para atingir o eleitor da coligação MDB/PDT, que a princípio terá como candidata Kamilla Mendes, esposa do ex-prefeito Marquinho Mendes. A pergunta é: como ampliar o eleitorado PSOL/REDE e ao mesmo tempo satisfazer o discurso dos seus militantes.

A Polarização

Alguns acreditam que em função da fragilidade da candidatura a reeleição da prefeita Magdala Furtado (PV) existe a possibilidade do professor Rafael Peçanha se tornar o nome a polarizar com o candidato do PL, o deputado Serginho Azevedo. É uma tarefa complicada, porque o professor teria que moldar o discurso e partir para o debate com a proposta de ser o mais amplo possível. Faz parte do processo.

Consolidar e ampliar o discurso

Embora exista parte pequena do eleitorado de Serginho Azevedo na faixa da extrema direita, o maior grupo tem perfil conservador, moderado e muito preocupado com o declínio da qualidade de vida no município. Isso significa que o candidato do PL também tem que cristalizar pontos do discurso em torno das questões municipais, procurando consolidar e ampliar suas bases eleitorais.

A preocupação do eleitorado

A grande parte do eleitorado não está preocupada se o prefeito é de esquerda, centro ou de direita. A preocupação é com a profunda decadência do município. Os índices de desenvolvimento econômico e social cada vez se associam mais a áreas da Zona Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo a Baixada Fluminense, sinônimo de mais violência e menos qualidade de vida.

Questão de modelo

Não é por acaso que notórios políticos da Baixada Fluminense e proximidades ampliam sua presença por aqui na Região dos Lagos, principalmente no 2º Distrito de Tamoios, em Cabo Frio, inclusive com participação no atual governo. O modelo político da Baixada Fluminense rompe com a tradicional prática de “divergência com respeito”, que sempre vigorou no município.

Não dá mais!

Não dá mais pra aceitar que um turista ou qualquer outra pessoa seja morta a pauladas por barraqueiros em plena Praia do Forte. Não é só isso, que é inaceitável. Não dá pra silenciar diante de ambulantes e veículos de toda sorte ocupando a Praça da Cidadania e muito menos que flanelinhas administrem calçadas e asfalto como donos do pedaço. Onde está o Poder Público? Qual o papel da Câmara? Qual o papel do executivo?

Executivo & Legislativo

As críticas da mídia sempre batem forte em cima do executivo de plantão e muito pouco nos vereadores, que contribuem muito para a desordem e bagunça das praias de Cabo Frio. O executivo, quando instigado pela mídia se mexe aqui e acolá, mas o legislativo finge que não é com ele. Levanta a voz quando algum vereador vê alguns dos seus prejudicado e logo corre para pressionar o executivo para que recue. O interesse geral da sociedade que se dane.

Ângela Maria Sampaio de Souza (*)

Existe muito mais felicidade nas pequenas coisas do que a gente pode imaginar!
Alguns dias alguém me falou: só serei completamente feliz o dia que for à Paris!!!
A minha resposta foi a seguinte: acho ótimo querer conhecer e estar em lugares como Paris, mas será que você não seria feliz e sorriria se você fosse a Bahia ou fosse a uma Fazenda numa área Rural para provar as delícias gastronômicas ou mergulhar numa linda cachoeira?
Acho ótimo querer conhecer e estar em outros lugares!
A única coisa ruim é quando se vincula a felicidade a um determinado lugar, porque a tal da felicidade, na verdade, deveria estar dentro da gente, onde quer que a gente esteja.
Pare para pensar comigo: talvez você nunca vá a Paris e aí?
E se não rolar a realização do tão esperado sonho de viagem?
O que você vai fazer?
Ficar infeliz no lugar onde está ou buscar a felicidade de outras formas?
Se optou por buscar, então está mais fácil do que imagina!
Respire fundo, ponha seu melhor sorriso e permita-se ser feliz, independente de onde esteja!
Aí, você vai concluir que não precisa ir tão longe nem a outro lugar procurar o que está dentro de você, pulsando para ser vivido, porque quem se reinventa sem parar, traz dentro de si tudo o que é necessário para ser feliz de verdade!
Basta querer enxergar!!!

(*) Ângela Maria Sampaio de Souza é Professora.

22 99793-6053

Cabana do Pescador – Peró/Conchas – Sérgio Quissak.

Luiz Antônio Nogueira da Guia.

A Homenagem

A Câmara Municipal de Cabo Frio, homenageou o coletivo Flores Literárias através de Moção de Aplausos, iniciativa do vereador Thiago Vasconcelos. O coletivo surgiu por iniciativa das escritoras Andréa Rezende e Jaqueline Brum, em 2016, com a realização da 1ª Festa Literária Cabofriense. Nos últimos anos o coletivo tem contribuído intensamente para o desenvolvimento do movimento literário no município.

Espaço de debates

Construída com muito esforço e inteligência a Sophia Editora está formando um espaço de debate de literatura, política, filosofia e qualquer outro tema que atraia a atenção dos leitores. A editora, localizada na Rua Major Bellegard, no centro de Cabo Frio, além de publicar muita produção local e regional promove encontros dos autores com seus leitores e admiradores. Na noite de ontem, terça-feira, o autor da vez foi o professor Paulo Cotias, que acabou de lançar “12 lições contra o neofascismo“.

Controle político

Não há dúvida que o vereador Roberto de Jesus (PRTB) é a principal figura política do governo municipal, além de ser o líder da base no legislativo, deixou sua esposa na secretaria de governo, mantendo o controle das relações do executivo com a Câmara. Esse controle quase que absoluto tem provocado vários atritos com outros vereadores da base que também pretendem a reeleição.

Questão de nível

Acostumados com debates políticos muitas vezes ácidos, algumas fontes da política cabofriense revelam, com o merecido cuidado, que poucas vezes em toda a vivência política presenciaram cenas tão complicadas, digamos assim, como as reuniões do secretariado do atual governo municipal. A cada dia entra um secretário diferente, o que anula qualquer continuidade de política pública.

Dificuldades

Tudo leva a crer que a prefeita vai ter muita dificuldade para ter “nominatas” capazes de enfrentar as oposições. Segundo alguns analistas, se conseguir eleger dois vereadores para a próxima legislatura pode “levantar a mão para o céu”. Como o número de possíveis eleitos deve ser pequeno os conflitos internos tendem a se acirrar, cada candidato buscando sua própria salvação.

Milagre?

Na medida em que a campanha eleitoral avançar deve ser bastante difícil para um governo desgastado como o de Magdala manter sua base sólida e coerente, apoiando a reeleição da prefeita. Afinal, todos os movimentos políticos levam a crer que só um milagre vai dar a prefeita mais um mandato. Alguns mais radicais acreditam que a atual administração vai repetir a performance eleitoral do então prefeito Adriano Moreno quando buscou a reeleição.

A articulação política

Tradicionalmente a Câmara sempre foi o local para grandes articulações políticas. O Legislativo, entretanto, vem perdendo esse espaço, na medida em que cada vez mais tem se subordinado nas relações com a Prefeitura. Seria muito interessante que para a próxima legislatura a eleição premiasse aqueles que fazem da política uma discussão ampla das diretrizes e políticas municipais e não apenas uma troca de favores e interesses imediatos.

Luciana G. Rugani (*)

Com certeza, dentre todos os textos que escrevi até hoje, este artigo é o primeiro cujo título veio antecipadamente à minha mente. Em tudo que escrevo, o título costuma ser a última coisa a que me dedico. Mas não há afirmação que ilustre, tão perfeitamente, a necessidade atual de afirmarmos e reafirmarmos o óbvio, como a afirmação de que a Terra é redonda.
A começar pelos próprios adeptos do negacionismo, que, com suas teorias, negam que a Terra seja redonda, negam viagens espaciais, negam benefícios das vacinas, entre outras coisas, a impressão que tenho é que essas teorias malucas acabaram pondo fim ao bom senso e destruindo quaisquer limites éticos. Nos dias atuais, vemos a defesa do que antes era indefensável, a tão chamada “cara de pau” hoje é natural e escancarada. Hoje, apesar da existência de inúmeros registros nas redes sociais, sejam vídeos, falas, textos, há aqueles que simplesmente negam que disseram algo, mesmo com tantas provas ao contrário. Simplesmente negam! Espalham inverdades nas redes sociais, as famosas “fakenews”, e depois, quando lhes são exigidas as provas, simplesmente negam que disseram ou que divulgaram as notícias falsas. Vemos congressistas defendendo condutas e situações que, até pouco tempo, não teriam tamanha ousadia para defendê-las, pois a defesa seria inaceitável pela grande maioria da população. Hoje é preciso afirmar e reafirmar, por exemplo, que o uso das instituições do Estado para fins particulares é algo proibido pelo nosso ordenamento jurídico, pois grande parte da sociedade passou a considerar essa conduta como algo normal! Explodem escândalos de uso do poder público por políticos para fins pessoais e, ainda assim, eles são aplaudidos e endeusados como se fossem personalidades ilibadas! Para parte de nossa sociedade, o negacionismo tornou-se modo de vida, e essas pessoas passaram a negar os limites éticos. Antes, havia a certeza quase unânime de que a difamação era uma conduta negativa, contraindicada, e que poderia gerar transtornos e punições. Hoje, os negacionistas da ética deturpam conceitos e usam a liberdade de expressão como justificativa da liberdade para ofender. Em nome da tal liberdade egóica que tanto defendem, tudo se torna permitido. Para eles, é permitido destruir, destruir o outro, destruir a natureza. Negam limites como se o mundo tivesse que aceitá-los como são e ser como eles. Negam tanto, que perdem a capacidade de entender com clareza os limites necessários para uma vida em sociedade, onde a liberdade, para existir verdadeiramente, necessita de respeito, de ética e de empatia. Apegam-se a conceitos rasos, perdem a capacidade de interpretação sistemática dos conceitos legais e constitucionais e passam a defender, de maneira estapafúrdia, atitudes que, antes, o senso comum as repudiaria e nem as colocaria em discussão.
Sim, a Terra é redonda! Essa frase resume todas aquelas que, apesar de sentirmos até certa preguiça de repeti-las, por constituírem princípios basilares ou valores incontroversos, precisamos, mais do que nunca, afirmá-las, reafirmá-las e repeti-las.

(*) Luciana G. Rugani
Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF e Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA

Tati Bueno (*)

Hoje no meio do oceano, antes do jantar, num navio cargueiro, que nos levava pra Montreal, o comandante lia um livro de aventuras marítimas com a TV ligada e nela passava um documentário antigo sobre a inauguração de Brasília !
Não resisti, e comecei a rir resolvendo a contar um episódio que se passou comigo, exatamente naquele momento da inauguração da capital do país.
E foi assim!
Eu trabalhava no Departamento de Comunicação da Rede Ferroviária Federal, quando fui escalada para receber o Presidente da República
em nome da Presidência da REFESA, no stand das metas JK!
Eu deveria esperar o Presidente exatamente na porta do stand, e assim que ele chegasse, deveria cumprimentá-lo formalmente, e em seguida, ligaria uma chave de alta potência, que acionaria uma máquina ferroviária, de grande potência !
Logo que estivesse tudo funcionando perfeitamente, após os cumprimentos socialmente protocolares, eu deveria apenas dizer:
“Presidente isto é a Rede” Nada mais!
Tudo minuciosamente ensaiado, exaustivamente, com um engenheiro francês especialista em ferrovias, quando: lá vem JK todo feliz no meio de uma pequena multidão!
Eu me levanto nervosa: era muito jovem e nunca tinha visto um “presidente de verdade” na minha vida, e tremendo muito, tentei ligar a bendita chave, que surpreendentemente não obedeceu ao meu comando, e aconteceu também naquele exato momento o maior acidente ferroviário do mundo.
A maquininha não apitou, não puxou vagões que se engavetaram provocando um curto circuito no sistema elétrico, explodindo a imensa maquete ferroviária.
Assustada e chorando com as TVs e rádios viradas pro presidente e para mim, explodi num acesso de frustração e raiva :
– “Que merda hein, presidente? “
Juscelino soltou uma sonora gargalhada me abraçando e respondeu:
– É a Rede minha filha! É a Rede!
As notícias voaram e, a diretoria da RFFSA tomou conhecimento do fato, e eu fui sumariamente demitida !
Uma semana mais tarde, fui readmitida num cargo maior e melhor: ordem do presidente quando me ouviu reclamando que ia perder o emprego.
Depois JK sofreu no exílio, o país entrou numa recessão insustentável e nunca mais pareceu um presidente igual a ele.
Só porcarias como os presidente do Senado, Congresso, STF e tudo igualzinho o que eu disse da Rede Ferroviária Federal, para o meu presidente e ele confirmou… porque essas coisas, com certeza, só acontecem comigo.

(*) Jornalista.